Editorial

Autores

  • Antonio Augusto Martins Serviço de Anestesiologia do CHUC

DOI:

https://doi.org/10.25751/rspa.3540

Resumo

Caros colegas,

 

A necessidade de participação ativa dos anestesiologistas em projetos fundamentais para a nossa especialidade pode e deve traduzir-se em propostas concretas. Neste sentido, publicamos neste número da Revista, em artigo de opinião, o texto ”A Anestesiologia e a Medicina Intensiva / Secção da Medicina Intensiva da SPA – fundamentos para a sua criação”. As origens ou causas do relativo “distanciamento” da especialidade por esta área são do conhecimento de todos. A proposta em causa – a criação da Secção da Medicina Intensiva da SPA – pode constituir um passo importante para o congregar de vontades e expressão da Anestesiologia nesta competência tal como está definida pela União Europeia dos Médicos Especialistas / Secção de Anestesiologia.

 

A multidisciplinariedade é um conceito integrante da vivência hospitalar. A sua prática diária visa proporcionar o mais elevado nível de cuidados a prestar ao doente. Um dos aspetos mais relevantes, em paralelo com os aspetos clínicos, é sublinhado na introdução do artigo de revisão “Profilaxia do tromboembolismo venoso no doente cirúrgico”.

Salienta-se, aqui, o conceito de responsabilidade multidisciplinar (não só clínica, mas com potenciais implicações médico-legais) que o Programa “Cirurgia Segura, Salva Vidas” vem reforçar.

Neste âmbito de responsabilidade partilhada e, na qual o tema da profilaxia do tromboembolismo venoso está incluída na “Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica e o Índice de Apgar Cirúrgico”, a recente Norma da Direção-geral da Saúde (nº 02/2013 de 12/02/2013) torna esta check-list um procedimento “obrigatório em todos os blocos operatórios do Serviço Nacional de Saúde e das entidades com ele contratadas, sendo considerado o padrão mínimo de qualidade clinica.” 1

Esta norma vem referida no Diário da República, 2ª série – Nº 38 – 22 de fevereiro de 2013, por Despacho nº 2905 que reforça o carácter obrigatório da referida norma, através de sistemas informáticos, e responsabiliza o diretor do Bloco Operatório na aplicação do programa. 2

 

Na secção de casos clínicos abordam-se duas situações distintas:

- Uma patologia rara, o Angioedema Hereditário, entidade de transmissão autossómica hereditária dominante. O episódio de crise na sua apresentação clínica mais grave envolve o edema das estruturas da via aérea com uma elevada taxa de mortalidade. São abordados aspetos relevantes de terapêuticas, atualmente, disponíveis que permitem abordar esta patologia com alguma segurança.

- Um edema pulmonar de pressão negativa, entidade clínica de baixa frequência que ocorreu no pós-operatório imediato em doente jovem e sem patologia associada.

 

Na continuidade das Histórias da História da Anestesiologia Portuguesa relata-se a implementação da Consulta da Dor no Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil – Lisboa e no que representou de importância para a abordagem específica da terapêutica da dor, em particular da crónica.

 

E, por fim, duas notas finais:

Uma nota de apreensão pela suspensão da publicação em papel da Revista do CAR. Um veículo de comunicação com uma história importante na divulgação da Anestesia Regional (e não só) em língua portuguesa e, que por razões que o seu editor enquadra em editorial, vai deixar de nos acompanhar na sua versão impressa. Esperamos que tal situação seja transitória e de curta duração.

 

O Congresso Nacional da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia de 15 a 17 de Março – 2013 realiza-se em Cascais sob o tema do “Doente Crítico”. Um tema abrangente e transversal para a nossa especialidade.

A conjuntura económica adversa em que vivemos produz constrangimentos de toda a ordem pelo que o esforço solicitado, neste aspeto, será de uma dimensão maior.

Apela-se à participação dos anestesiologistas para o maior evento anual da Sociedade e de grande importância para todos.

 

Os meus melhores cumprimentos,

 

António Augusto Martins

 

Bibliografia

1. Direção Geral de Saúde. Normas e orientações.Disponível em www.dgs.pt/?cr=23652

2. Diário da República. Disponível em dre.pt/pdf2sdip/2013/02/038000000/0718007180.pdf

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Como Citar

Martins, A. A. (2014). Editorial. Revista Da Sociedade Portuguesa De Anestesiologia, 22(1), 6. https://doi.org/10.25751/rspa.3540

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