A Ascensão e Queda da Pressão Venosa Central como Parâmetro de Monitorização: Uma Análise Fisiológica dos Fatores Implicados

Autores

  • Daniel Rodrigues Alves Interno de Anestesiologia no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental Mestrado em Tecnologia de Diagnóstico e Intervenção Cardiovascular, Ramo de Especialização em Ultrassonografia Cardiovascular
  • Ronald Silva Interno de Anestesiologia no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental
  • Cláudia Carvalho Assistente Hospitalar de Anestesiologia no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental
  • António Pais Martins Chefe de Serviço de Anestesiologia no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental

DOI:

https://doi.org/10.25751/rspa.7114

Palavras-chave:

Monitorização Intraoperatória, Pressão Venosa Central, Reprodutibilidade dos Resultados

Resumo

Introdução: A pressão venosa central (PVC) é utilizada há décadas para guiar a fluidoterapia em pacientes graves. Contudo, há muito que se vêm acumulando estudos e meta-análises que cada vez mais colocam em causa a sua real utilidade. No presente artigo procurámos verificar a validade dos postulados fisiológicos que levaram à sua implementação clínica.

 

Material e Métodos: Foi feita uma revisão (não sistemática) da literatura para definir o verdadeiro significado fisiológico da PVC. Para tal efectuámos uma pesquisa na PubMed utilizando as expressões ”central venous pressure” e ”fluid therapy”, seguindo-se a utilização de uma estratégia em árvore para incluir algumas das referências presentes nos artigos mais relevantes.

 

Resultados: Diferentes artigos e meta-análises demonstram que a PVC não é um bom marcador de pré-carga, não conseguindo prever a resposta do indivíduo a um bólus de fluidos. Os pressupostos fisiológicos em que assenta não têm em linha de conta alterações cardiovasculares dinâmicas que ocorrem no organismo como um todo.

 

Discussão e Conclusão: A evidência acumulada na literatura mostra não só que não devemos confiar na PVC como guia para fluidoterapia, mas também que a sua utilização parte de pressupostos fisiológicos que não se encontram totalmente correctos. Contudo, verificamos que esta ainda é recomendada nalgumas guidelines internacionais, sendo previsível que só se consigam mudar hábitos instituídos quando estiverem devidamente difundidas alternativas a este método que sejam válidas, baratas e globalmente disponíveis, nomeadamente as dependentes da utilização de índices dinâmicos de pré-carga.

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Publicado

2017-01-17

Como Citar

Rodrigues Alves, D., Silva, R., Carvalho, C., & Pais Martins, A. (2017). A Ascensão e Queda da Pressão Venosa Central como Parâmetro de Monitorização: Uma Análise Fisiológica dos Fatores Implicados. Revista Da Sociedade Portuguesa De Anestesiologia, 25(4), 117–123. https://doi.org/10.25751/rspa.7114

Edição

Secção

Artigo de Revisão Narrativa

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