A comunidade face aos poderes: resistência e reflexividade social
DOI:
https://doi.org/10.34640/universidademadeira2016ribeiroPalavras-chave:
comunidade, território, resistência, reflexividade social, produção cinematográficaResumo
Tomamos como referência 3 filmes em que os povos reagem contra os poderes instituídos resistindo durante décadas, erguendo e solidificando processo de construção de comunidade e de cultura local. O primeiro filme Tous au Larzac! (2011) de Christian Rouaud, documenta a história contemporânea de agricultores que lutam durante mais de uma década (1971-81) pela posse da terra e contra a expropriação resultante da decisão do Ministério da Defesa francês de expandir a base militar da região de Larzac, no sul França e o processo de construção de uma comunidade em torno da luta e resistência. O segundo filme, Finding our way (2011), de Giovanni Attili and Leonie Sandercock, acompanhado por um poderoso dispositivo hipermediático de incontornável valor pedagógico e de reflexividade social, conta a história de um povo espoliado de seu território e dos conflitos ainda não resolvidos dos povos indígenas com a indústria e os governos canadiano na Colúmbia Britânica. O terceiro filme, Boe Ero Kurireu - A Grande Tradição Bororo (2007) de Paulinho Ecerae Kadojeba propõe-se registar a cultura bororo a partir da sua própria cultura. [...]
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