Anais de História de Além-Mar
https://revistas.rcaap.pt/aham
<div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>Os <em>Anais de História de Além-Mar</em> (AHAM) são uma revista científica de periodicidade anual, publicada pelo <a href="https://cham.fcsh.unl.pt/home.php">CHAM - Centro de Humanidades</a>, uma unidade de investigação inter-universitária vinculada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa (NOVA FCSH) e à Universidade dos Açores (UAc), referenciada e indexada em bases de dados internacionais.</p> <p>Os AHAM têm por objectivo principal a divulgação de trabalhos académicos originais e relevantes sobre a expansão portuguesa, desde as primeiras «grandes navegações» (século XV) até ao final do «Império Ultramarino» (século XX), no seu enquadramento histórico, contemplando a comparação com fenómenos paralelos e as articulações entre as histórias e as sociedades dos espaços envolvidos.</p> </div> </div>CHAMpt-PTAnais de História de Além-Mar0874-9671<p>Esta licença permite a utilização, distribuição, adaptação e reprodução sem restrições em qualquer meio, desde que a obra original seja devidamente citada.</p>Do miasma ao contágio
https://revistas.rcaap.pt/aham/article/view/33022
<p>A constatação de que parte significativa de uma população é simultaneamente afetada pela doença é antiga. No entanto, a caracterização desse fenómeno variou ao longo do tempo, nomeadamente no quadro médico. Hipócrates, cuja influência na medicina europeia foi marcante até finais do século XVIII, descreveu, sob a designação de epidemias, situações diversas de endemia, que atribuiu à “constituição” peculiar do lugar afetado num dado momento. Mas não abordou especificamente o fenómeno da transmissão de uma doença através do contacto de pessoas saudáveis com pessoas infetadas por uma doença. Daí que a primeira descrição de uma epidemia, da autoria do historiador Tucídides, não encontre paralelo na literatura médica do seu tempo, mas não deixou de suscitar o esforço retrospetivo de médicos relevantes, nomeadamente Galeno, para explicar o fenómeno da transmissão. A teoria do contágio é relativamente recente, devendo-se a Girolamo Fracastoro, no século XVI. Este médico e humanista recebe a palavra contágio da tradição intelectual latina e dá-lhe o estatuto de um conceito central da ciência e da prática médicas.</p>Adelino Cardoso
Direitos de Autor (c) 2021 Adelino Cardoso
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2021-12-012021-12-0122193110.57759/aham2021.33022Doença e epidemias no mundo urbano tardo-medieval: o exemplo da cidade e região de Coimbra
https://revistas.rcaap.pt/aham/article/view/33033
<p>Este estudo tem por objetivo dar a conhecer o modo como o Homem medieval enfrentou os desafios que se colocavam à sua saúde e bem-estar na cidade e região de Coimbra, nos finais da Idade Média. Começamos por descrever alguns dos tratamentos e cuidados dispensados aos doentes no meio urbano e social onde estavam integrados, focando nos depois na assistência prestada aos enfermos nos hospitais de Coimbra e de Montemor-o-Velho. Por fim, centraremos a nossa atenção nas medidas de controlo de doenças contagiosas, como a lepra, e de surtos de peste, adotadas pelos poderes civis.</p>Ana Rita Rocha
Direitos de Autor (c) 2021 Ana Rita Rocha
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2021-12-012021-12-0122335710.57759/aham2021.33033Chronology, routes, and conditions for the spread of the plague in Portugal during the Black Death
https://revistas.rcaap.pt/aham/article/view/33028
<p>Apesar de ao longo das últimas décadas termos assistido a avanços importantes no estudo da epidemiologia histórica, em particular sobre a peste, o impacto e as consequências da Peste Negra em Portugal são largamente desconhecidas. Este artigo propõe uma cronologia de introdução e propagação da epidemia em território português, através de uma tentativa inédita de reconstituição das vias e da cronologia de infeção das diversas regiões do reino. Embora as referências documentais diretas sejam escassas, fornecem informação suficiente para que se estabeleça um esboço, destinado a ser melhorado, corrigido ou desmentido pelo avanço futuro da investigação sobre o tema.</p>André Filipe Oliveira da Silva
Direitos de Autor (c) 2021 André Filipe Oliveira da Silva
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2021-12-012021-12-0122598310.57759/aham2021.33028Medidas contra a propagação da peste a partir do porto de Lisboa: Os Regimentos de 1693 do Senado da Câmara de Lisboa
https://revistas.rcaap.pt/aham/article/view/33034
<p>Neste artigo apresentam-se várias medidas tomadas em Lisboa para evitar o contágio pela peste, a partir dos navios que chegavam ao seu porto. Será analisada alguma da legislação que foi sendo promulgada, a partir do século XV, especialmente para controlar, do ponto de vista sanitário, os viajantes que chegavam e para garantir o isolamento daqueles que constituíam potencial ameaça. Merecerão uma atenção especial dois regimentos redigidos em finais de Seiscentos, nos quais se regula, de forma detalhada, a forma de realizar esse controlo.</p>António Costa Canas
Direitos de Autor (c) 2021 António Costa Canas
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2021-12-012021-12-01228510510.57759/aham2021.33034Epidemias, medicalización y evolución hospitalaria: Bases para una historia de las culturas de la salud y de la enfermedad
https://revistas.rcaap.pt/aham/article/view/33060
<p>Este artigo tem um duplo objetivo. Por um lado, analisa as diferentes etapas da medicalização acontecidas na Europa desde o final da Idade Média. Por outro lado, abordam-se as mudanças vivenciadas no significado e desenvolvimento dos hospitais ao longo da história e o papel social que vêm desempenhando. Ambos os processos são examinados a partir de uma perspectiva <em>longue durée</em>, enfatizando as condições históricas que os determinaram. Entre eles, destacam-se aquelas relacionadas com as grandes epidemias como a Peste Negra.</p>Josep Barceló-PratsEduardo Bueno Vergara
Direitos de Autor (c) 2021 Josep Barceló-Prats, Eduardo Bueno Vergara
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2021-12-012021-12-012210713510.57759/aham2021.33060Política de Saúde, Política de Morte: A Peste e a Realeza em Portugal (Séculos XIV-XVI)
https://revistas.rcaap.pt/aham/article/view/33037
<p>As sociedades pré-capitalistas foram atingidas por diversas epidemias, destacando-se os ciclos epidêmicos frequentes de peste desde a eclosão da grande epidemia de 1348, promovendo súbitas e sistemáticas elevações das taxas de mortalidade, provocando destruição, medo e caos social. Em Portugal, houve ao menos uma epidemia a cada década ao longo do período. A doença era um fator de desestabilização e desordem social que suscitou da realeza a promoção do embate por meio de ações variadas. Ensaiamos, neste artigo, a proposição de que a política de saúde pública forjada pelo estado continha em si uma expressão intrínseca daquilo que Achille Mbembe caracterizou como «necropolítica».</p>Mário Jorge da Motta Bastos
Direitos de Autor (c) 2021 Mário Jorge da Motta Bastos
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2021-12-012021-12-012213715510.57759/aham2021.33037Nota de Abertura
https://revistas.rcaap.pt/aham/article/view/32988
João de Figueirôa-Rêgo
Direitos de Autor (c) 2021 João de Figueirôa-Rêgo
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2023-10-242023-10-242210.57759/aham2021.32988Castán Lanaspa, Guillermo. 2020. La construcción de la idea de la Peste Negra (1348-1350) como catástrofe demográfica en la historiografía española
https://revistas.rcaap.pt/aham/article/view/33038
Fernando Serrano Larráyoz
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2021-12-012021-12-012215916110.57759/aham2021.33038Epidemias em contexto histórico: do contágio à mitigação
https://revistas.rcaap.pt/aham/article/view/33021
Edite Martis AlbertoJoana Balsa de Pinho
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2021-12-012021-12-012291710.57759/aham2021.33021