https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/issue/feedAnálise Social2025-01-02T19:13:03+00:00Sofia Aboimsofia.aboim@ics.ulisboa.ptOpen Journal Systems<p>Fundada em 1963, a<em> Análise Social</em> é uma edição trimestral do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Trata-se da mais antiga revista multidisciplinar de ciências sociais em Portugal, publicando artigos originais que resultem de investigação empírica qualitativa ou quantitativa ou de reflexões teóricas inovadoras no domínio das ciências sociais. Ponto de encontro entre diversas disciplinas, metodologias e abordagens científico-sociais, a <em>Análise Social</em> aceita contribuições (mas não se limita a) das áreas da Sociologia • Ciência Política • História • Antropologia • Psicologia Social • Geografia.</p> <p> </p>https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/39081Emoções, Política e Mobilizações Coletivas2024-11-20T12:52:58+00:00Sayonara Lealsayoleal@gmail.comMayra Goulartmayragoulart@gmail.comFilipe Campellofilipebcampello@gmail.com<p>.</p>2024-11-29T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Análise Socialhttps://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/37685Control social, represión y otras violencias sobre las mujeres en las dictaduras ibéricas (1933-1975), de M. D. Ramos Palomo, E. Barranquero Texeira e V. J. Ortega Muñoz (eds.)2024-09-19T18:44:25+01:00Beatriz Fernández de Castrobeatriz.fernandezdecastro@uca.es2024-11-29T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Análise Socialhttps://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/39772Guerra e queijo2025-01-02T19:13:03+00:00Harry Westh.g.west@exeter.ac.uk<p>Os estudos sobre a relação entre a guerra e a alimentação têm enfatizado os efeitos da alimentação na guerra, os quais podem certamente ser profundos. No entanto, estas perspetivas simplificam, com frequência, a dinâmica entre a guerra e a alimentação, sugerindo, por exemplo, que esta é um fator que pode e deve ser gerido pelos líderes em tempo de guerra, para se obterem os efeitos desejados. Com base na visão de Tolstói sobre a guerra enquanto soma de uma multiplicidade de unidades infinitesimais de atividade, sugiro que a relação entre a guerra e a alimentação é consideravelmente mais complexa. Em tempo de guerra, os intervenientes são movidos por uma miríade de motivos e a guerra não é o seu único propósito. Nestes contextos, os próprios alimentos podem ser o foco de algumas ações e podem ser tão profundamente moldados pela guerra, como a guerra o é pelos alimentos. Neste artigo, faz-se uma análise histórica comparativa de um género alimentar, o queijo, para analisar a complexa relação entre os alimentos e a guerra.</p>2024-12-30T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Análise Socialhttps://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/39403Pensar a juventude enquanto sujeito político: liminaridade e agência política2024-12-04T22:38:15+00:00Ricardo Camposricardocampos@fcsh.unl.pt<p>A literatura em torno da articulação entre juventude e política oscila frequentemente entre visões pessimistas, que apontam para a pouca participação e desinteresse demonstrados pelos jovens ou, pelo contrário, visões mais otimistas, que destacam o vigor de formas de participação mais difusas e extrainstitucionais. Na verdade, pelo facto de estarmos perante uma categoria socioetária vasta e heterogénea, marcada por condições socioculturais muito distintas, certamente que ambas as visões retratam realidades juvenis. Não são, por isso, perspetivas absolutamente antagónicas. Neste artigo, procuramos debater as questões da articulação entre juventude e política a partir de uma conceção do jovem enquanto sujeito político, marcado por uma condição de liminaridade (e subalternidade).</p>2024-12-04T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/39175Fascismo e ciências sociais: um panorama da fronteira de investigação nas últimas décadas2024-11-25T10:51:24+00:00Sérgio Bragasssbraga@gmail.comMartinho Martins Botelhomartinho.botelho@yahoo.com.br<p>O objetivo deste artigo é fazer um mapeamento bibliográfico das principais abordagens ao fascismo nas ciências sociais contemporâneas. Como metodologia, utilizamos a análise bibliométrica sobre o tema “fascismo” na produção científica recente das ciências sociais. Recolhemos textos na base de dados de revistas académicas Scopus, num total de 1971 artigos para o período de 2006-2021, envolvendo 158 autores. Os artigos foram examinados através de uma análise bibliométrica (coocorrência de palavras e acoplamento bibliográfico). Como principais resultados, além do mapeamento da literatura de maior impacto sobre o assunto, encontramos cinco agendas de pesquisa na fronteira contemporânea de investigação.</p>2024-12-04T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Análise Socialhttps://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/39771Eleições durante o pico da covid-19: os efeitos da perceção de risco e do desempenho do governo2025-01-02T18:55:46+00:00Ana Maria Belchiorana.belchior@iscte-iul.ptTiago Brástiago_bras@iscte-iul.ptNuno Martinsnmsou1@iscte.pt<p>As eleições presidenciais portuguesas de 2021 decorreram durante o pico da crise pandémica da covid-19. Previa-se uma reduzida afluência às urnas por causa do contexto epidemiológico inédito e porque o titular do cargo era visto, antecipadamente, como vencedor indiscutível das eleições. Se, por um lado, a afluência às urnas não foi tão dramaticamente baixa como se previa, por outro, Marcelo Rebelo de Sousa foi reeleito, sem surpresa, por uma larga margem. Dado o ambiente excecional em que estas eleições decorreram, a questão que colocamos é a seguinte: em que medida é que a crise pandémica afetou a afluência às urnas e o resultado das eleições? Argumentamos que terá afetado negativamente a afluência às urnas (devido ao receio dos eleitores de serem infetados) e que terá contribuído positivamente para a reeleição do titular do cargo (devido às avaliações positivas do seu desempenho face à crise). A nossa análise baseia-se num inquérito representativo dos eleitores portugueses, realizado logo após as eleições.</p>2024-12-30T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Análise Socialhttps://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/39425 Fumo sem fogo: determinações subjetivas, contraterrorismo e semiose2024-12-05T22:47:29+00:00 Daniel Seabra Lopesdanielslopes@iseg.ulisboa.pt<p>Este ensaio reflete sobre o policiamento contraterrorismo em Portugal, prestando atenção à sua vertente preventiva, que atua por antecipação, visando neutralizar as ameaças antes de estas se concretizarem. Neste âmbito, assume especial importância a vigilância dos posicionamentos pessoais que desafiam os limites aceitáveis da identidade e da cidadania e que, precisamente por isso, são apelidados de “radicais”. Assente numa pesquisa empírica realizada junto de uma unidade policial contraterrorismo, o ensaio propõe-se apreciar esta vertente da investigação criminal como um trabalho de natureza semiótica, marcado por interpretações e inferências falíveis, tecidas em torno de sinais e funções da pessoalidade. <br>Trata-se de uma dimensão do policiamento que se combina com uma cultura securitária de dimensão europeia que se tem <br>vindo a consolidar ao longo dos últimos vinte anos, apesar da considerável insignificância das ocorrências registadas.</p>2024-12-05T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Análise Socialhttps://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/39594Mobilização de emoções e judicialização do protesto. A emergência climática e a luta contra a inação governamental2024-12-16T23:53:46+00:00Christophe Traïnichristophe.traïni@sciencespo-aix.fr<p>Este artigo examina a forma como a mobilização de emoções pode ser plenamente integrada no repertório de<br>contendas. Para isso, a análise deve estar atenta à forma como o apelo às emoções, longe de se limitar a ações impulsivas e<br>disruptivas, faz parte do conhecimento tático acumulado pelas organizações dos movimentos sociais. Um inquérito relativo<br>a um dos primeiros processos judiciais franceses sobre alterações climáticas destaca a complementaridade existente entre<br>as emoções e a formalização de conhecimentos especializados quando se trata de pressionar as autoridades, reunindo um<br>grande número de apoiantes e recorrendo à lei.</p>2024-12-17T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Análise Socialhttps://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/39083Emoções, anjos e demónios das mobilizações sociais2024-11-20T13:23:08+00:00Louis Quérélouis.quere@orange.fr<p>Como poderemos dar às emoções o seu devido lugar na política e nas mobilizações sociais? E como poderemos evitar que as formas da sua expressão se tornem destrutivas dos costumes democráticos? Responder a estas perguntas requer apreender os diferentes aspetos do papel das emoções na política e na ação coletiva. Será, então, uma questão de compreender de onde vem a habitual subestimação deste papel. É o tratamento das paixões e, mais amplamente, da sensibilidade oposta à razão, pela filosofia ocidental e pela psicologia moderna, que está em questão. O apelo à razão para domesticar as paixões perde todo o sentido assim que deixamos de dotar a primeira de um estatuto transcendente e de um poder específico. Seria mais promissor substituir a dominação pela cooperação, como recomendaram os pragmatistas americanos William James e John Dewey.</p>2024-11-29T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Análise Socialhttps://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/39048Os propagandistas do ódio: o bolsonarismo-raiz em ação2024-11-19T16:14:02+00:00Débora Messenbergdeboramess@unb.brBruno Camargosbruno.camargos23@gmail.com<p>Este artigo visa elucidar os significados e os padrões recorrentes da agitação bolsonaristaraiz ao longo das eleições gerais de 2018, assim como os afetos políticos mobilizados na sua vitoriosa propaganda política. Empreendeu-se ao levantamento das postagens emitidas por 31 dos principais formadores de opinião e influenciadores digitais bolsonaristas nas suas páginas oficiais do Facebook e nos seus canais de YouTube, durante o período autorizado para propaganda eleitoral. O inventário das ideias-força, que se repetiram e sustentaram os seus discursos políticos no decurso de tempo em foco, configurou os seguintes campos semânticos: o antipetismo, o conservadorismo moral, a exaltação do líder, o punitivismo e o neoliberalismo. A propaganda eleitoral bolsonarista-raiz, enquanto técnica de psicologia de massas, avivou afetos centrais para a mobilização política – o ódio, o medo, o ressentimento e a idolatria –, os quais foram intensamente explorados pelos seus agitadores como resultado da combinação entre meios racionais e fins irracionais.</p>2024-11-29T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Análise Socialhttps://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/38927Da experiência da destruição: considerações a partir da cena brasileira contemporânea2024-11-14T09:56:17+00:00Renato Lessarenatolessa5@gmail.com<p>Embora referindo-se analiticamente à cena política brasileira contemporânea, este ensaio defende as vantagens imaginativas da metáfora da destruição, em geral, para a observação de processos políticos extremos. Ao fazê-lo, toma como premissa o limite analítico das categorias estritamente políticas, que compõem o imaginário usual da democracia, tomada como experiência schumpeteriana e institucional. A perspetiva da destruição política reconfigura os fundamentos da sociabilidade. Este ensaio destaca como elementos cruciais de tal processo as dimensões da vida e da linguagem. Trata-se de tomar a linguagem da destruição, aqui definida como palavra podre, como léxico de uma subjetividade inédita, não tanto pelos valores pelos quais propugna, mas pela intensidade, ostensão oficial e passagem ao ato que a acompanham. A personificação de tal modo de conduta configurou o Homo Bolsonarus, sugerido neste ensaio como modelo de agência humana, plenamente adaptado à obra da destruição.</p>2024-11-29T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Análise Socialhttps://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/38580Análise de literatura nas ciências sociais: potencialidades e processos2024-10-28T10:34:07+00:00Magda Nicomagda.nico@iscte-iul.ptAna Caetanoana.caetano@iscte-iul.ptDiana Carvalhodiana_carvalho@iscte-iul.ptAnabela Pereiraanabela_c_pereira@iscte-iul.ptMaria Maria Gilvania Valdivino Silvamaria.gilvania@iscte-iul.ptHelena Carvalhohelena.carvalho@iscte-iul.pt<p>As revisões sistemáticas, meta-análises e análises bibliométricas de literatura são pouco comuns e (re)conhecidas nas ciências sociais. Partindo de exemplos de dois projetos de investigação sociológica, refletimos sobre as potencialidades de conhecer o campo desta forma mais sistemática e inclusiva da literatura, capaz de incluir centros e periferias temáticas e metodológicas, e protagonistas e atores secundários. Os procedimentos nos projetos são apresentados como exemplos destes ganhos analíticos. Tencionamos contribuir para uma disseminação do know-how destas análises, bem como para um crescente reconhecimento das vantagens de as ciências sociais conduzirem este olhar panorâmico, extensivo e crítico às publicações.</p>2024-11-29T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Análise Socialhttps://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/39426 Abordagem exploratória sequencial de métodos mistos na investigação sobre justiça transicional: uma nota metodológica a partir de Portugal2024-12-05T23:30:53+00:00Sofia Serra-Silvasofia.silva@ics.ulisboa.ptFilipa Raimundofilipa.alves.raimundo@iscte-iul.pt<p>Os académicos e interessados em justiça transicional (jt) reconhecem cada vez mais a impor tância de estudar as atitudes das vítimas face a políticas de reparação, retribuição e homenagem. Contudo, a recolha de dados sobre atitudes em relação à jt entre vítimas de repressão enfrenta desafios, sobretudo após regimes de longa duração. Estas populações são frequentemente instáveis, difíceis de identificar e carecem de dados sociodemográficos atualizados, que diminuem ao longo do tempo. Nesta nota metodológica, refletimos sobre os desafios de estudar indivíduos politica mente ativos durante o Estado Novo (1933-1974) e propomos um desenho de investigação (<em>mixed-methods</em>) que se apoia em organizações da sociedade civil, grupos de discussão e inquéritos <em>online</em>. Esta abordagem oferece perspetivas para futuras investigações de natureza retrospetiva.</p>2024-12-05T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Análise Socialhttps://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/39404Passados que não Passam. Entre Vozes Silenciadas e Novas Narrativas2024-12-04T23:02:33+00:00Daniel Florence Giesbrechtdaniel.giesbrecht@uc.ptPatrícia Ferraz de Matospatricia_matos@ics.ulisboa.ptLilia Moritz Schwarczlilia.ms@uol.com.br<p>ENTREVISTA COM LILIA MORITZ SCHWARCZ</p>2024-12-04T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Análise Social