Análise Social https://revistas.rcaap.pt/analisesocial <p>Fundada em 1963, a<em> Análise Social</em> é uma edição trimestral do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Trata-se da mais antiga revista multidisciplinar de ciências sociais em Portugal, publicando artigos originais que resultem de investigação empírica qualitativa ou quantitativa ou de reflexões teóricas inovadoras no domínio das ciências sociais. Ponto de encontro entre diversas disciplinas, metodologias e abordagens científico-sociais, a <em>Análise Social</em> aceita contribuições (mas não se limita a) das áreas da Sociologia • Ciência Política • História • Antropologia • Psicologia Social • Geografia.</p> <p> </p> Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa pt-PT Análise Social 0003-2573 Muito barulho por nada? A pandemia de covid-19 e a propagação do discurso populista em Portugal https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/35595 <p>A pandemia da Covid-19 e os seus impactos socioeconómicos geraram receios de que, nas sociedades atingidas pela crise, pudesse irromper uma espécie de populismo alimentado pela pandemia. Através de uma análise de conteúdo de debates parlamentares sobre temas caros aos populistas, explorámos o impacto da Covid-19 na incidência da retórica populista em Portugal em diferentes momentos da pandemia e por parte de diferentes partidos políticos. Os nossos resultados indicam que, apesar de um aumento do centrismo nas pessoas durante a primeira vaga da Covid-19, a pandemia diminuiu globalmente a prevalência da retórica populista, sugerindo que a adoção de quadros populistas pelos partidos durante uma crise pode estar dependente da natureza dessa crise.</p> João Moniz Tiago Brás José Santana Pereira Ana Maria Belchior Direitos de Autor (c) 2024 2024-04-22 2024-04-22 59 251 e22112 e22112 10.31447/2022112 Chamar as coisas pelos nomes: o conceito de populismo na imprensa portuguesa https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/35619 <p>A crescente preponderância do populismo na política levanta questões sobre a sua definição e sobre a sua utilização. Com base na análise qualitativa e quantitativa de textos, este artigo aborda a forma como se retrata o populismo na imprensa portuguesa, as suas associações e discrepâncias com o discurso académico. Ao longo de um período de dez anos (2012-2021), analisam-se dois meios de comunicação social para avaliar a presença do populismo na imprensa antes da entrada do Chega no parlamento. O populismo é frequentemente associado a figuras internacionais, em artigos de opinião, sob um tom negativo, e tipicamente associado a um posicionamento ideológico. A nebulosidade e a imprecisão conceptual do populismo extravasam os corredores da academia, embora os meios de comunicação social estejam significativamente alinhados com as definições académicas.</p> João Gaio e Silva André Marinha Direitos de Autor (c) 2024 Análise Social 2024-04-24 2024-04-24 59 251 e22117 e22117 10.31447/2022117 Entre o desinteresse e a participação. Fatores diferenciais dos abstencionistas e dos eleitores populistas em Portugal https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/35620 <p>Este artigo analisa a relação entre o aumento do apoio aos partidos populistas e o aumento das taxas de abstenção nas democracias europeias. Estudos empíricos têm demonstrado que os partidos populistas estão a ganhar força entre os eleitores, enquanto as taxas de abstenção também estão a aumentar, particularmente entre os abstencionistas “temporários” que se abstêm de votar devido a fatores situacionais. Para aprofundar esta questão, recorremos a um inquérito original realizado em 2020 a uma amostra representativa da população portuguesa. Os resultados sugerem que existem semelhanças entre o voto em partidos populistas de direita radical e a abstenção, particularmente em termos de atitudes de “protesto”, que os distinguem dos apoiantes de partidos não populistas. Adicionalmente, o estudo indica que ambos os fenómenos são influenciados por fatores de curto prazo relacionados com o lado da oferta da política e que os abstencionistas são mais propensos a pertencer a estratos socioeconómicos mais baixos e a exibir níveis mais baixos de interesse político.</p> Carolina Plaza-Colodro Marco Lisi Direitos de Autor (c) 2024 2024-04-24 2024-04-24 59 251 e22119 e22119 10.31447/2022119