Análise Social
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<p>Fundada em 1963, a<em> Análise Social</em> é uma edição trimestral do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Trata-se da mais antiga revista multidisciplinar de ciências sociais em Portugal, publicando artigos originais que resultem de investigação empírica qualitativa ou quantitativa ou de reflexões teóricas inovadoras no domínio das ciências sociais. Ponto de encontro entre diversas disciplinas, metodologias e abordagens científico-sociais, a <em>Análise Social</em> aceita contribuições (mas não se limita a) das áreas da Sociologia • Ciência Política • História • Antropologia • Psicologia Social • Geografia.</p> <p> </p>Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboapt-PTAnálise Social0003-2573Língua de herança e identidade: perspetivas da diáspora açoriana-americana em Nova Inglaterra
https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/41022
<p>Este artigo chama a atenção para a invisibilidade sociolinguística dos jovens que aprendem Português Europeu como língua de herança na Nova Inglaterra. Através de uma análise exploratória, etnográfica e sociolinguística, destacamos o descompasso entre as políticas de ensino de língua portuguesa e as experiências linguísticas da diáspora açoriana-americana no Massachusetts, afetando não apenas o sucesso académico desses alunos, como também a sua própria identidade etnolinguística. Analisamos criticamente como a ideologia de língua padrão, monolíngue e monocultural, tem impacto nas políticas de ensino do português, questionando a própria noção de “língua portuguesa de herança” que esconde a sua intrínseca diversidade interna.</p>Giuseppe FormatoGraça Índias Cordeiro
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2025-03-272025-03-2760255e2305e230510.31447/202305Representações sociais sobre a agricultura de jovens em idade escolar no Norte de Portugal: estudo-piloto com jovens em escolas de diferentes contextos
https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/40865
<p>Este artigo está focado na análise das representações sociais sobre a agricultura em jovens em idade escolar, na tentativa de aceder às suas perceções, imagens e significados, ao modo como as construíram e as comunicam e às eventuais implicações dessas perceções. Para tal, procedeu-se à constituição de grupos focais, tendo os dados sido analisados pelo software de análise de conteúdo max qda plus 2020. Os resultados refletem a dinâmica de pensamento sobre a agricultura bem como o universo semântico dos jovens sobre esta atividade, sugerindo uma influência do contexto socioeconómico e geográfico na construção das representações sociais sobre a mesma. Por outro lado, os resultados apontam, na maioria dos casos, para um contacto muito superficial e desfocado com este objeto.</p> <p> </p> <p> </p> <p> </p>Ana Rute Pimenta CardosoCarlos FonsecaArtur Cristóvão
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2025-03-192025-03-1960255e2304e230410.31447/202304Para uma história enredada do cinema: os Filmogramas de Silvino Santos e Agesilau de Araújo (1927-1929)
https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/34611
<p>Este artigo discute as práticas cinematográficas de cariz familiar e doméstico de inícios do século xx à luz da colecção Filmogramas (1927-1929), atribuída ao cinegrafista luso-brasileiro Silvino Santos (1886-1970). Os filmes desta série oferecem um registo da passagem por Lisboa da família de Agesilau de Araújo (1888-1976), radicada em Manaus. Com base em visionamentos realizados nas cinematecas Portuguesa e Brasileira, recorro a métodos de análise fílmica, entrevistas e pesquisa de arquivo para examinar o lugar que estas imagens – e as práticas sociais a elas associadas – ocuparam quer no percurso profissional de Santos quer no seio da família Araújo.</p>Sofia Sampaio
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2025-03-172025-03-1760255e34611e3461110.31447/34611Democratizar a Política Agrícola Comum em Portugal: o caso da Coligação Cívica Participar no PEPAC
https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/30832
<p>A Política Agrícola Comum (pac) representa um terço do orçamento da União Europeia. Para Portugal, totaliza um envelope financeiro de 10 mil milhões de euros para o período de 2021-2027. Apesar de esta ser uma soma considerável de recursos, o debate sobre a pac nunca suscitou grande interesse por parte da generalidade das pessoas. Ao longo das últimas décadas, a discussão sobre a aplicação dos fundos da pac tem sido monopolizada pelas associações de agricultores, que são ao mesmo tempo os seus beneficiários mais diretos. Em Portugal, a criação da Coligação Cívica Participar no pepac representa a primeira experiência relevante no alargamento da discussão da política agrícola em Portugal. O presente artigo, com base nesta experiência inédita em Portugal vivida pelos autores, caracteriza o atual processo de construção e aplicação da pac em Portugal, critica os limites estreitos da sua participação cívica e aponta para um conjunto de recomendações visando um maior envolvimento da sociedade numa política pública com fortes implicações no domínio económico, social e ambiental.</p>Miguel ViegasCatarina GriloSara PiresFrancisco Cordovil
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2025-03-272025-03-2760255e2376e237610.31447/2376Instituições e ação coletiva: construção e explicação de uma tipologia empírica das empresas sociais em Portugal
https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/40911
<p>Tendo presente o crescente interesse científico e político sobre as<br>empresas sociais, e a escassez de (re)conhecimento em Portugal, apresenta-se uma tipologia empírica de empresas sociais. Adota-se uma perspetiva institucionalista histórica e sociológica, identificando e explicando cinco modelos em relação com contextos institucionais, onde se destaca a construção, desenvolvimento e retração do Estado-Providência. A construção e a explicação desta tipologia assentam numa análise multinível dos principais quadros institucionais, a nível nacional, e num estudo de caso múltiplo de características organizacionais, trajetórias e discursos de empresas sociais. Contribui-se para a compreensão de inovações organizacionais emergentes da economia social e do sector lucrativo.</p> <p><br><br></p>Sílvia Ferreira
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2025-03-212025-03-2160255e2302e230210.31447/202302.Crises, trabalho e desproteção social: Brasil e Portugal diante da armadilha neoliberal
https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/40782
<p>Nas últimas décadas, atravessadas por duas crises globais distintas, a revolução neoliberal levou por todo o mundo a erosão dos direitos laborais, concentração de rendimentos e desproteção social, gerando desigualdade e pobreza. Buscando contribuir criticamente para a reflexão sobre a articulação entre neoliberalismo, trabalho e proteção social, este artigo foca-se nos casos brasileiro e português. Procura-se demonstrar que a países muito distintos foram recomendadas políticas económicas semelhantes, com impactos sociais e sobre o trabalho amplamente negativos. Nas duas crises, e em ambos os contextos nacionais, argumenta-se que quanto mais distantes das políticas neoliberais, tanto mais eficazes foram as respostas governamentais.</p> <p> </p> <p> </p>Tiago OliveiraJorge Caleiras
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2025-03-172025-03-1760255e2238e223810.31447/202238A Independência do Brasil como revolução liberal e nacional
https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/31392
<p>O artigo trata da Independência do Brasil como uma Revolução liberal. A Independência é entendida como revolucionária porque, além de pôr fim à dependência dos habitantes do Brasil em relação a Portugal, promoveu a substituição do absolutismo monárquico e o estatuto jurídico da sociedade estamental por uma monarquia constitucional e representativa. A dificuldade em se identificado a Independência como Revolução liberal se deve ao liberalismo brasileiro não ter sido considerado “verdadeiramente liberal” por não ter dado cabo do autoritarismo, do escravismo, do clientelismo e do patrimonialismo. O artigo também trata da Independência brasileira em sua dupla dimensão revolucionária, a liberal e a nacional.</p> <p> </p>Christian Edward Cyril Lynch
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2025-03-212025-03-2160255e31392e3139210.31447/31392Continuemos a aprender: vantagens da idade na ciência
https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/41039
<p>O sucesso e o fracasso são inevitáveis em qualquer carreira de investigação, mas o que a torna verdadeiramente fascinante são as oportunidades ilimitadas de aprendizagem. No entanto, o idadismo no meio académico é tão relevante como em qualquer outro domínio. As conceções erróneas sobre a produtividade científica e a forte concorrência pelos recursos conduzem frequentemente à discriminação em função da idade. Embora a deterioração física possa ocorrer com a idade, não conduz necessariamente a um declínio cognitivo. De facto, há provas que sugerem que algumas funções melhoram com a idade em indivíduos saudáveis. Ao excluir os idosos de profissões que não exigem trabalho físico, como é o caso da investigação, a sociedade perde os benefícios dos seus conhecimentos e experiência. Este facto tem impacto no avanço do conhecimento, na coesão social e na justiça. Este artigo adota uma perspetiva integradora sobre as implicações do envelhecimento num ambiente de investigação e fornece exemplos de políticas que promovem um meio académico mais inclusivo.</p>Mário Barbosa
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2025-03-282025-03-286025510.31447/202358