Análise Social
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<p>Fundada em 1963, a<em> Análise Social</em> é uma edição trimestral do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Trata-se da mais antiga revista multidisciplinar de ciências sociais em Portugal, publicando artigos originais que resultem de investigação empírica qualitativa ou quantitativa ou de reflexões teóricas inovadoras no domínio das ciências sociais. Ponto de encontro entre diversas disciplinas, metodologias e abordagens científico-sociais, a <em>Análise Social</em> aceita contribuições (mas não se limita a) das áreas da Sociologia • Ciência Política • História • Antropologia • Psicologia Social • Geografia.</p> <p> </p>pt-PTsofia.aboim@ics.ulisboa.pt (Sofia Aboim)analise.social@ics.ulisboa.pt (Marta Castelo Branco)Qui, 10 Abr 2025 09:09:20 +0100OJS 3.2.1.2http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss60O Brasil no jornal fascista português Revolução
https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/41274
<p>Este artigo analisa o modo como os acontecimentos políticos ocorridos no Brasil após a revolução de 1930, que alçou Vargas ao poder, foram interpretados pelo jornal fascista português Revolução. A ascensão de Salazar em Portugal e a de Vargas no Brasil criaram expectativas em torno de uma fascização da política nos dois países, mediante a criação de partidos e/ou de facções extremistas de direita, na sua busca pelo poder. À distância, uma vez que o jornal não tinha correspondentes no Brasil, o nacional-sindicalismo em Portugal tentava compreender o que se passava e de alguma forma interferir no rumo dos acontecimentos. Através das muitas referências sobre o Brasil encontradas em quase dois anos de existência do jornal, foi possível perceber que a conjuntura política brasileira era difícil de perceber para os fascistas portugueses. Com o passar do tempo, perceberam as aproximações entre Vargas e os liberais e acabaram por se unir a grupos dissidentes do varguismo, e que igualmente não possuíam vínculos com o fascismo.</p>Cláudia Ribeiro Viscardi
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https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/41274Qui, 10 Abr 2025 00:00:00 +0100Regresso ao campo (1940-1950). Repensar o espaço rural através da sociologia urbana de Lefebvre
https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/41898
<p>O objetivo deste artigo é redescobrir a contribuição desconhecida de Henri Lefebvre para o debate sobre a questão rural no século passado e estabelecer uma ligação com os seus estudos urbanos mais célebres. O debate anglófono em sociologia rural ainda não abordou este tema, havendo apenas uma discussão sistemática parcial sobre os estudos rurais de Lefebvre. A originalidade deste artigo reside na discussão e reconstrução da contribuição de Lefebvre para o debate sobre a questão rural em França. Defende a tese de que a compreensão do período intelectual de reflexão de Lefebvre sobre o espaço rural (décadas de 1940-1950) é crucial para a compreensão dos seus estudos subsequentes sobre o espaço urbano e a produção do espaço. Consequentemente, sublinho a importância de revisitar os primeiros estudos rurais de Lefebvre como ponto de partida para compreender as suas reflexões urbanas. Este artigo tem como objetivo explicar a forma como os estudos urbanos são uma progressão vital que emerge das investigações sociais conduzidas em estudos rurais. A transformação radical da natureza e do universo camponês provocada pelo capitalismo levará Lefebvre a aprofundar o problema da época da questão urbana.</p>Francesco Biagi
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https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/41898Ter, 03 Jun 2025 00:00:00 +0100Práticas de literacia no norte de Moçambique: manuscritos “baneanes”, “mujojos” e “mouros” nos séculos xviii e xix
https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/32755
<p>A escrita de uma História de África, iniciada na décadade de 1950, privilegiou o uso de fontes orais, em detrimento de documentos escritos, para a análise do passado africano. Recentemente, trabalhos de investigação têm apontado para a importância dos entrelaçamentos entre o oral e o escrito nas sociedades africanas, chamando a atenção para a presença de diferentes formas de literacia em contextos pré-coloniais, coloniais e pós-coloniais. O presente artigo explora práticas de literacia no Norte de Moçambique, analisando a forma como a escrita circulou e foi usada por sujeitos identificáveis ou identificados como “baneanes” e “mouros”, “mujojos”, entre 1750 e 1830.</p>Matheus Pereira
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https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/32755Sex, 11 Abr 2025 00:00:00 +0100