CO-3 SIMULAÇÃO EM PEDIATRIA – O PERCURSO ATÉ À SIMULAÇÃO IN SITU

Autores

  • Carolina Ferreira Gonçalves Hospital Dr. Nélio Mendonça, SESARAM EPE
  • Dino Fernandes Hospital Dr. Nélio Mendonça, SESARAM EPE
  • Carmo Camacho Hospital Dr. Nélio Mendonça, SESARAM EPE
  • Andreia Barros Hospital Dr. Nélio Mendonça, SESARAM EPE
  • Regina Rodrigues Hospital Dr. Nélio Mendonça, SESARAM EPE

Palavras-chave:

Simulação

Resumo

Introdução e Objetivos:

A simulação in situ, integrada no ambiente clínico de cada serviço, potencia o realismo de cada cenário de reanimação. Os autores têm como objectivo descrever o percurso da simulação clínica em Pediatria no Centro de Simulação Clínica (CSC), com recurso a manequins e simuladores de alta fidelidade, iniciado em 2017 no próprio local do Centro e posteriormente a 2019, efectuado in situ, em diferentes áreas da emergência pediátrica.

Materiais e Métodos:

Estudo descritivo, retrospectivo.

Resultados e Discussão:

Foram elaborados no CSC desde 2017, sete cursos de Simulação em Pediatria, com recurso a manequins e simuladores de alta fidelidade, cada um de 10h de duração, destinados a Pediatras, Internos de Pediatria e Enfermeiros empenhados em diferentes áreas pediátricas. Os objectivos desses cursos foram a simulação das situações de emergência mais comuns em Pediatria e treino da abordagem sistematizada do doente pediátrico crítico. A avaliação do curso pelos formandos foi positiva (inquéritos anónimos no final do curso). Nos pontos a melhorar, foi repetidamente enunciado a falta de realismo do treino efectuado, por equipas de formandos com elementos de diferentes serviços. Em 2019 e 2021, foram elaborados treinos de simulação in situ, com recurso a gravação de vídeo, na sala de Emergência do Serviço de Urgência e na Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos e Neonatais. A metodologia e logística dos cenários de simulação foram redesenhadas, dado que os locais de emergência pediátrica onde foram efectuados têm funcionamento contínuo. Além do ganho significativo de realismo, foram identificadas, durante o debriefing, várias práticas a melhorar: activação da equipa de emergência pediátrica pelo sinal sonoro do Serviço de Urgência, necessidade de verificação cruzada na preparação de medicação, melhoria de comunicação em ansa fechada, entre outros.

Conclusão:

Consideramos que a evolução da simulação em Pediatria para o treino in situ, na nossa realidade, teve impacto favorável na prática diária, com ganhos importantes na melhoria de prestação de cuidados e objectivamente na segurança do doente. Por estes motivos, entendemos que os futuros cursos deverão incluir pelo menos um cenário de simulação in situ. A sua programação exige uma articulação cuidada com os Serviços, respeitando os recursos humanos e físicos, no seu funcionamento habitual.

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Referências

Patterson, M et al; In Situ Simulation: Challenges and Results; Advances in Patient Safety: New Directions and Alternative Approaches (Vol. 3: Performance and Tools). Agency for Healthcare Research and Quality (US); 2008.

Rosen MA et al; In situ simulation in continuing education for the health care professions: A systematic review, Journal of Continuing Education in the Health Professions 2012,32:243-254

Publicado

2023-01-04

Como Citar

Ferreira Gonçalves, C., Fernandes, D. ., Camacho, C., Barros, A., & Rodrigues, R. (2023). CO-3 SIMULAÇÃO EM PEDIATRIA – O PERCURSO ATÉ À SIMULAÇÃO IN SITU. Revista Da Sociedade Portuguesa De Anestesiologia, 31(3). Obtido de https://revistas.rcaap.pt/anestesiologia/article/view/27390