P-5 SIMULAÇÃO NA FORMAÇÃO DE ENFERMEIROS DE UMA EQUIPA DE EMERGÊNCIA MÉDICA INTRA-HOSPITALAR, EM CONTEXTO DE BRADICARDIA EXTREMA
DOI:
https://doi.org/10.25751/rspa.27410Palavras-chave:
SimulaçãoResumo
Introdução e Objetivos: A formação contínua e o desenvolvimento profissional dos enfermeiros são fatores essenciais para atingir e manter uma prática de cuidados baseada na evidência, e mais qualidade nos cuidados (1).
A Equipa de Emergência Médica Intra-Hospitalar (EEMI) tem a responsabilidade profissional de aprofundar e manter atualizados os seus conhecimentos e as suas competências no atendimento à pessoa em situação crítica.
A prática simulada ao reproduzir em ambiente controlado, situações reais que permitem o desenvolvimento de competências e capacidades técnicas e não técnicas é identificada como uma estratégia privilegiada de formação em cuidados de saúde (2).
Traçou-se como objetivo deste estudo, verificar os contributos da prática simulada nos ganhos percebidos e na satisfação dos enfermeiros da EEMI, num Serviço de Urgência Básico (SUB), em contexto de bradicardia extrema (BE).
Materiais e Métodos: Trata-se de estudo quase-experimental, antes/após, de grupo único, com oito enfermeiros, em equipas de dois elementos.
Para a colheita de dados utilizou-se Grelha de Observação de Competências Técnicas em Bradicardia Extrema (GOCBE), criada e validada neste estudo; grelha de observação de Competências Não Técnicas Baseada em Ações; a EGPSA e a ESECS, validadas para a população portuguesa. As competências das equipas foram avaliadas pela atuação em cenários simulados de BE, em dois momentos de observação, com intervalo de15 dias, entremeados com uma formação teórico-prática.
Resultados e Discussão: Observou-se um aumento da média global da GOCBE no grupo 3 e 4, do 1º para o 2º momento (M=1,32; M=1,51 e M=1,25 M=1,61). O grupo 2 manteve e o grupo 1 diminuiu de média (M=1,44; M=1,04).
Nas competências não técnicas, verificou-se um aumento das médias, do 1º para o 2º momento, em todos os grupos, sendo o maior, na competência “Comunicação” (M=0,58; M=0,89).
Relativamente aos ganhos percebidos, melhoraram, do 1º momento para o 2º momento, com diferenças estatisticamente significativas. Na satisfação com a prática clínica simulada, os enfermeiros da EEMI, mostraram-se globalmente muito satisfeitos.
Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas na satisfação dos enfermeiros em função do tempo de serviço no SUB, nem correlações entre a satisfação e os ganhos percebidos após a intervenção.
Em alinhamento com a literatura, a prática simulada promove pensamento critico, comunicação, trabalho em equipa (2), contribuindo para a satisfação e motivação dos profissionais, pelo desenvolvimento de competências técnicas e não técnicas (3).
Conclusão: Considerando os resultados, apesar de circunscritos a um contexto e com uma amostra muito limitada, vislumbra-se que esta estratégia de formação contínua pode promover a aquisição e desenvolvimento de competências profissionais nos enfermeiros das EEMI, para uma intervenção de mais qualidade, perante a pessoa em situação de bradicardia extrema.
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Referências
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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