P-14 TREINO DE EQUIPAS INTERPROFISSIONAIS COM RECURSO À SIMULAÇÃO: EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS
Palavras-chave:
SimulaçãoResumo
Introdução e Objetivos: O ensino interprofissional em saúde visa proporcionar oportunidades de aprendizagem a um grupo de elementos com profissões diferentes, com objetivo de aprender com e sobre os outros e de desenvolver competências interdisciplinares que se traduzem em trabalho de equipa efetivo e eficiente, que permita prestar cuidados de saúde seguros e de qualidade. O ensino interprofissional com recurso à simulação representa, muitos desafios: condicionantes logísticos, dificuldades na estruturação da formação e desenvolvimento de cenários e, condicionalismos associados a um debriefing eficaz de participantes com diferentes formações e modelos mentais, que continuam atuais (Boet, Bould, Burn & Reeves, 2014). Pretende-se relatar as experiências dos estudantes relativas ao treino de equipas interprofissionais com recurso à simulação, identificar os aspetos que influenciam e os significados atribuídos às mesmas.
Materiais e Métodos: Optou-se por um estudo fenomenológico, segundo método de Giorgi (1985). Os sujeitos participantes foram 2 estudantes de enfermagem e 2 de medicina que treinaram em conjunto para um concurso com recurso a simulação. Estes responderam a um questionário de resposta aberta e a análise dos dados seguiu os pressupostos de Giorgi (2012).
Resultados e Discussão: Os sujeitos participantes são estudantes do 4º ano do curso correspondente, três do sexo feminino e um do sexo masculino com media de idades de 21 anos. Identificou-se que os estudantes descrevem dois focos de preocupação: comunicação e trabalho de equipa. Estes são influenciados por fatores internos e externos, como a experiência de práticas simuladas ou o conhecimento técnico-científico, e a simulação interprofissional ou valorização de competências de cada profissional. Relatam que “Notou-se clara a importância da comunicação durante toda a intervenção, sendo as competências comunicacionais também aprimoradas ao longo dos treinos simulados … estimulou o fortalecimento de relações entre equipa, o que contribuiu para uma comunicação mais eficaz entre elementos de equipa e a compreensão do papel de cada elemento da equipa interprofissional”; “a prática de simulação clínica pretende aproximar-se o máximo possível da realidade, o que nos remete para a prática de simulação conjunta entre medicina e enfermagem. Ainda assim, em contexto de Licenciatura este treino interprofissional com cenários de simulação clínica não ocorre, algo que certamente teria resultados ainda melhores”.
Apontam o treino e a formação interprofissional como estratégia para colmatar a inexperiência e insegurança.
Conclusão: A experiência dos estudantes no treino de equipas interprofissionais com recurso à simulação emerge de uma implexa e dinâmica relação entre condicionantes e contribui muito para o desenvolvimento “profissional”, induzindo um forte potencial para ganhos em saúde.
Downloads
Referências
Introdução e Objetivos: O ensino interprofissional em saúde visa proporcionar oportunidades de aprendizagem a um grupo de elementos com profissões diferentes, com objetivo de aprender com e sobre os outros e de desenvolver competências interdisciplinares que se traduzem em trabalho de equipa efetivo e eficiente, que permita prestar cuidados de saúde seguros e de qualidade. O ensino interprofissional com recurso à simulação representa, muitos desafios: condicionantes logísticos, dificuldades na estruturação da formação e desenvolvimento de cenários e, condicionalismos associados a um debriefing eficaz de participantes com diferentes formações e modelos mentais, que continuam atuais (Boet, Bould, Burn & Reeves, 2014). Pretende-se relatar as experiências dos estudantes relativas ao treino de equipas interprofissionais com recurso à simulação, identificar os aspetos que influenciam e os significados atribuídos às mesmas.
Materiais e Métodos: Optou-se por um estudo fenomenológico, segundo método de Giorgi (1985). Os sujeitos participantes foram 2 estudantes de enfermagem e 2 de medicina que treinaram em conjunto para um concurso com recurso a simulação. Estes responderam a um questionário de resposta aberta e a análise dos dados seguiu os pressupostos de Giorgi (2012).
Resultados e Discussão: Os sujeitos participantes são estudantes do 4º ano do curso correspondente, três do sexo feminino e um do sexo masculino com media de idades de 21 anos. Identificou-se que os estudantes descrevem dois focos de preocupação: comunicação e trabalho de equipa. Estes são influenciados por fatores internos e externos, como a experiência de práticas simuladas ou o conhecimento técnico-científico, e a simulação interprofissional ou valorização de competências de cada profissional. Relatam que “Notou-se clara a importância da comunicação durante toda a intervenção, sendo as competências comunicacionais também aprimoradas ao longo dos treinos simulados … estimulou o fortalecimento de relações entre equipa, o que contribuiu para uma comunicação mais eficaz entre elementos de equipa e a compreensão do papel de cada elemento da equipa interprofissional”; “a prática de simulação clínica pretende aproximar-se o máximo possível da realidade, o que nos remete para a prática de simulação conjunta entre medicina e enfermagem. Ainda assim, em contexto de Licenciatura este treino interprofissional com cenários de simulação clínica não ocorre, algo que certamente teria resultados ainda melhores”.
Apontam o treino e a formação interprofissional como estratégia para colmatar a inexperiência e insegurança.
Conclusão: A experiência dos estudantes no treino de equipas interprofissionais com recurso à simulação emerge de uma implexa e dinâmica relação entre condicionantes e contribui muito para o desenvolvimento “profissional”, induzindo um forte potencial para ganhos em saúde.
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2022 Beatriz Jesus, Beatriz Domingos, Sofia Batista, Xavier Pereira, Verónica Coutinho

Este trabalho encontra-se publicado com a Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0.
Os artigos estão livremente disponíveis para serem lidos, descarregados e partilhados a partir do momento da sua publicação.
A RSPA reserva-se o direito de comercialização do artigo enquanto parte integrante da revista (na elaboração de separatas, por exemplo). O autor deverá acompanhar a carta de submissão com a declaração de cedência de direitos de autor para fins comerciais.
Relativamente à utilização por terceiros a Revista da SPA rege-se pelos termos da licença Creative Commons “Atribuição – uso Não-Comercial (CC BY-NC).
Após publicação na RSPA, os autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados.