P-14 TREINO DE EQUIPAS INTERPROFISSIONAIS COM RECURSO À SIMULAÇÃO: EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS

Autores

  • Beatriz Jesus Estudante do Curso de Licenciatura da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
  • Beatriz Domingos Estudante de Mestrado Integrado em Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
  • Sofia Batista Estudante do Curso de Licenciatura da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
  • Xavier Pereira Estudante do Curso de Licenciatura da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
  • Verónica Coutinho Professora Adjunta, Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, UICISA:E

Palavras-chave:

Simulação

Resumo

Introdução e Objetivos: O ensino interprofissional em saúde visa proporcionar oportunidades de aprendizagem a um grupo de elementos com profissões diferentes, com objetivo de aprender com e sobre os outros e de desenvolver competências interdisciplinares que se traduzem em trabalho de equipa efetivo e eficiente, que permita prestar cuidados de saúde seguros e de qualidade. O ensino interprofissional com recurso à simulação representa, muitos desafios: condicionantes logísticos, dificuldades na estruturação da formação e desenvolvimento de cenários e, condicionalismos associados a um debriefing eficaz de participantes com diferentes formações e modelos mentais, que continuam atuais (Boet, Bould, Burn & Reeves, 2014). Pretende-se relatar as experiências dos estudantes relativas ao treino de equipas interprofissionais com recurso à simulação, identificar os aspetos que influenciam e os significados atribuídos às mesmas.

Materiais e Métodos: Optou-se por um estudo fenomenológico, segundo método de Giorgi (1985). Os sujeitos participantes foram 2 estudantes de enfermagem e 2 de medicina que treinaram em conjunto para um concurso com recurso a simulação. Estes responderam a um questionário de resposta aberta e a análise dos dados seguiu os pressupostos de Giorgi (2012).

Resultados e Discussão: Os sujeitos participantes são estudantes do 4º ano do curso correspondente, três do sexo feminino e um do sexo masculino com media de idades de 21 anos. Identificou-se que os estudantes descrevem dois focos de preocupação: comunicação e trabalho de equipa. Estes são influenciados por fatores internos e externos, como a experiência de práticas simuladas ou o conhecimento técnico-científico, e a simulação interprofissional ou valorização de competências de cada profissional. Relatam que “Notou-se clara a importância da comunicação durante toda a intervenção, sendo as competências comunicacionais também aprimoradas ao longo dos treinos simulados … estimulou o fortalecimento de relações entre equipa, o que contribuiu para uma comunicação mais eficaz entre elementos de equipa e a compreensão do papel de cada elemento da equipa interprofissional”; “a prática de simulação clínica pretende aproximar-se o máximo possível da realidade, o que nos remete para a prática de simulação conjunta entre medicina e enfermagem. Ainda assim, em contexto de Licenciatura este treino interprofissional com cenários de simulação clínica não ocorre, algo que certamente teria resultados ainda melhores”.

Apontam o treino e a formação interprofissional como estratégia para colmatar a inexperiência e insegurança. 

Conclusão: A experiência dos estudantes no treino de equipas interprofissionais com recurso à simulação emerge de uma implexa e dinâmica relação entre condicionantes e contribui muito para o desenvolvimento “profissional”, induzindo um forte potencial para ganhos em saúde.

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Referências

Introdução e Objetivos: O ensino interprofissional em saúde visa proporcionar oportunidades de aprendizagem a um grupo de elementos com profissões diferentes, com objetivo de aprender com e sobre os outros e de desenvolver competências interdisciplinares que se traduzem em trabalho de equipa efetivo e eficiente, que permita prestar cuidados de saúde seguros e de qualidade. O ensino interprofissional com recurso à simulação representa, muitos desafios: condicionantes logísticos, dificuldades na estruturação da formação e desenvolvimento de cenários e, condicionalismos associados a um debriefing eficaz de participantes com diferentes formações e modelos mentais, que continuam atuais (Boet, Bould, Burn & Reeves, 2014). Pretende-se relatar as experiências dos estudantes relativas ao treino de equipas interprofissionais com recurso à simulação, identificar os aspetos que influenciam e os significados atribuídos às mesmas.

Materiais e Métodos: Optou-se por um estudo fenomenológico, segundo método de Giorgi (1985). Os sujeitos participantes foram 2 estudantes de enfermagem e 2 de medicina que treinaram em conjunto para um concurso com recurso a simulação. Estes responderam a um questionário de resposta aberta e a análise dos dados seguiu os pressupostos de Giorgi (2012).

Resultados e Discussão: Os sujeitos participantes são estudantes do 4º ano do curso correspondente, três do sexo feminino e um do sexo masculino com media de idades de 21 anos. Identificou-se que os estudantes descrevem dois focos de preocupação: comunicação e trabalho de equipa. Estes são influenciados por fatores internos e externos, como a experiência de práticas simuladas ou o conhecimento técnico-científico, e a simulação interprofissional ou valorização de competências de cada profissional. Relatam que “Notou-se clara a importância da comunicação durante toda a intervenção, sendo as competências comunicacionais também aprimoradas ao longo dos treinos simulados … estimulou o fortalecimento de relações entre equipa, o que contribuiu para uma comunicação mais eficaz entre elementos de equipa e a compreensão do papel de cada elemento da equipa interprofissional”; “a prática de simulação clínica pretende aproximar-se o máximo possível da realidade, o que nos remete para a prática de simulação conjunta entre medicina e enfermagem. Ainda assim, em contexto de Licenciatura este treino interprofissional com cenários de simulação clínica não ocorre, algo que certamente teria resultados ainda melhores”.

Apontam o treino e a formação interprofissional como estratégia para colmatar a inexperiência e insegurança.

Conclusão: A experiência dos estudantes no treino de equipas interprofissionais com recurso à simulação emerge de uma implexa e dinâmica relação entre condicionantes e contribui muito para o desenvolvimento “profissional”, induzindo um forte potencial para ganhos em saúde.

Publicado

2023-01-04

Como Citar

Jesus, B., Domingos, B., Batista, S., Pereira, X., & Coutinho, V. (2023). P-14 TREINO DE EQUIPAS INTERPROFISSIONAIS COM RECURSO À SIMULAÇÃO: EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS. Revista Da Sociedade Portuguesa De Anestesiologia, 31(3). Obtido de https://revistas.rcaap.pt/anestesiologia/article/view/27422