RCO-3 Simulação Médica como técnica de ensino Universitário de Medicina – O impacto na satisfação e confiança dos alunos
DOI:
https://doi.org/10.25751/rspa.27425Palavras-chave:
.Resumo
Introdução e Objetivos: A simulação tem ganho maior interesse como instrumento de ensino médico1. Associar o benefício do crescimento de estudantes de medicina e a isenção de riscos para pacientes com a possibilidade de reproduzir condições fisiopatológicas é de um enorme valor educativo. Simultaneamente a simulação pode possibilitar elevados níveis de confiança ao promover interiorização da informação e bem-estar na aprendizagem2.
Materiais e Métodos: Numa Universidade de Medicina foi implementada uma reforma curricular com a criação do módulo de Emergência com 1 mês de duração, numa unidade curricular do 5º ano. Este incluiu atividade pedagógica de simulação com 4 cenários aplicados a todos os alunos (em grupos de 4-5 elementos). Reconhecendo a margem de crescimento, foi aplicado um questionário no fim do módulo como ferramenta de avaliação da eficácia da equipa docente.
A “Student Satisfaction and Self-Confidence in Learning” é uma escala criada pela National League for Nursing, desenvolvida para avaliar a satisfação e confiança adquirida em simulação, composta de 13 pontos do tipo likert (5 graus), que foi já traduzida e validada para português2,3. Neste contexto foi considerada a ferramenta ideal, aplicável ao ensino médico.
No sentido de avaliar o impacto pedagógico da simulação médica organizada no ensino médico relativamente à confiança e à satisfação, foi aplicado o questionário traduzido e validado para português “Escala de Satisfação de Estudantes e Autoconfiança na Aprendizagem” a alunos de Medicina após terem completado o recém criado módulo de Emergência. Envio via email institucional a 133 alunos e análise de respostas.
Resultados e Discussão: Foram obtidas um total de 100 respostas (75% de adesão). As 5 primeiras questões, dirigidas para avaliação de satisfação, obtiveram uma média de 4.52. As 8 questões seguintes, que avaliam a confiança do aluno, apresentaram uma média de 4,08. A média das 13 questões foi de 4,25. A média mínima obtida foi de 3,8 (“Estou confiante de que domino o conteúdo das simulações que a equipa docente apresentou.”) e a média máxima foi 4,65 (“Eu gostei do modo como a equipa docente ensinou através da simulação.”)
Conclusão: Confirmou-se assim a percepção em debriefings sucessivos de satisfação dos alunos com a crescente destreza em soft skills e subsequente sensação de eficácia clínica, gratificante organização mental, e bem-estar geral. Uma média final de 4,25 nas 13 questões, atesta o elevado grau de confiança e satisfação dos alunos apenas após 4 simulações.
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Referências
• Referências:
(1) Bradley P. The history of medical simulation in medical education and possible future directions. Medical education history. 2006; 40: 254-262
(2) Almeida RGS, Mazzo A, Martins JCA, Baptista RCN, Girão FB, Mendes IAC.. Validação para a língua portuguesa da escala Student Satisfactionand Self-Confidence in Learning. Rev. Latino-Am. Enfermagem nov.-dez. 2015;23(6):1007-13.
(3) V. Unver et al. The reliability and validity of three questionnaires: The Student Satisfaction and Self-Confidence in Learning Scale, Simulation Design Scale, and Educational Practices Questionnaire. Contemporary Nurse, 2017. Vol. 53, No. 1, 60–74, http://dx.doi.org/10.1080/10376178.2017.1282319.
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