RP-1 INTRODUÇÃO DE SIMULAÇÃO DE ALTA FIDELIDADE NO CURRÍCULO MÉDICO DE UMA FACULDADE DE MEDICINA
DOI:
https://doi.org/10.25751/rspa.27429Palavras-chave:
.Resumo
Introdução e Objetivos:
A simulação na área médica foi alvo de uma evolução notável nos últimos anos. Inicialmente com técnicas simplificadas e sem grandes recursos, a simulação médica foi evoluindo, culminando no surgimento de cenários de Alta Fidelidade que permitem simular de forma programada a fisiologia humana, com reprodutividade de sinais vitais avaliáveis, exame objetivo e possibilidade de realização de procedimentos técnicos, dispensando a necessidade de intervenção de formadores durante a sessão. Este detalhe permite a ausência do formador no local de simulação e a subsequente otimização do ambiente envolvente, tornando mais imersiva toda a experiência. Adicionalmente, este contexto pedagógico permite o ensino e treino de competências não técnicas e de gestão de equipa. Em contexto de simulação, estes aspetos podem ser livremente trabalhados e discutidos em ambientes seguros, permitindo ainda a aprendizagem através do erro1,2. Com o objetivo de introduzir a temática de Emergência no currículo médico, e aproveitando a reforma curricular vivenciada pela faculdade médica, foi criada uma unidade curricular de Emergência, baseada em técnicas de simulação médica.
Materiais e Métodos:
Durante a implementação de uma nova reforma curricular, foi criado o módulo de Emergência, com duração de 1 mês, pertencente a uma unidade curricular do 5º ano do Mestrado Integrado em Medicina.
Resultados e discussão:
A semana-tipo no módulo de Emergência consiste em 3 dias de estágio hospitalar (Sala de Emergência, Unidade de Cuidados Intensivos, Unidade de Cuidados Intermédios e Área Laranja) complementado por uma sessão de cenário clínico com recurso a simulação de alta fidelidade e uma sessão teórico-prática através “Team-Based Learning”. Os 4 cenários de simulação (enfarte agudo do miocárdio com evolução para paragem cardio-respiratória, choque séptico, taquidisrritmia e emergência hipertensiva com apresentação em edema agudo do pulmão hipertensivo) foram desenrolados durante 20 minutos por grupos de 4-5 alunos com a nomeação de um team-leader pelo grupo. Após a simulação, a atividade era complementada com uma sessão de 40 minutos de debriefing estruturado (emoção, descrição e análise). Durante os meses de Dezembro a Março 133 alunos, divididos por 3 turmas, participaram neste módulo.
Conclusão:
A simulação em Medicina é uma ferramenta pedagógica do presente e do futuro e um recurso progressivamente mais presente no ensino pré-graduado. Assim um recurso que permite esta exposição em ambiente seguro, controlado e acompanhado por um sénior responsável pela gestão do cenário e seu encerramento com realização de debriefing.
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Referências
Referências:
Bradley P. The history of medical simulation in medical education and possible future directions. Medical education history. 2006; 40: 254-262
Ziv A, Wolpe P, Small S, Glick S. Simulation-based Medical Education: An Ethical Imperative. Simulation in healthcare. 2006. 78(8): 783-788
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