RP-2 RECURSO A SIMULAÇÃO PARA APRENDIZAGEM DE GESTÃO EM ENFERMAGEM: EXPERIENCIA COM ENFERMEIROS CHEFES NA GUINÉ- BISSAU

Autores

  • Maria Ferreira Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, UICISA:E
  • Verónica Coutinho Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, UICISA:E

DOI:

https://doi.org/10.25751/rspa.27430

Palavras-chave:

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Resumo

Introdução e Objetivos: O ensino - aprendizagem com recurso a simulação é um método que permite aos estudantes integrar informação, utilizá-la e reutilizá-la de uma forma estruturada, perante situações baseadas na realidade e fundamentadas no conhecimento científico. 

A Gestão é complexa e requer uma abordagem multidisciplinar. Assim, acredita-se que a utilização da simulação permite aos estudantes, num ambiente competitivo e com emoção, aproximar-se de situações e atividades, com alguma precisão. 

Pretendeu-se saber a opinião dos formandos sobre os níveis de satisfação e autoconfiança adquirida na aprendizagem com recurso a simulação no curso de gestão em enfermagem. 

Materiais e Métodos: Realizada uma investigação de tipo descritiva, com recurso a abordagem quantitativa para análise dos dados. Foram desenvolvidos dois cenários com recurso a simulação no âmbito da gestão e posteriormente aplicada a escala, “Student Satisfaction and Self-Confidence in Learning” desenvolvida para medir a satisfação e autoconfiança adquirida através da simulação que foi traduzida e validada para língua portuguesa por Almeida e colaboradores, (2015), a dezassete enfermeiros chefes a frequentar o Curso de Gestão do Projeto Ianda Guiné Saúdi. Foram tidos em conta os aspetos formais e éticos.

Resultados e Discussão: Os enfermeiros referem que o local de trabalho (principal) é no Hospital, 58,8%, em Centro de Saúde, 23,5% e os restantes em clínicas ou consultórios.

Tendo sido utilizada uma escala de concordância de “Discordo fortemente da afirmação”, a “Concordo fortemente com a afirmação” é de referir que na maioria dos itens a totalidade das respostas se situarem em “Concordo com a afirmação” e “Concordo fortemente com a afirmação”.

A exceção ocorreu nos itens: “Estou confiante de que domino o conteúdo das simulações que o professor me apresentou”; “Estou confiante de que estou desenvolvendo habilidades e obtendo os conhecimentos necessários a partir das simulações para exercer a gestão no ambiente clínico”; “O professor utilizou recursos úteis para ensinar os conteúdos com recurso a simulação”, em que além das respostas “Concordo com a afirmação” e “Concordo fortemente com a afirmação”, houve uma resposta “Indeciso - nem concordo e nem discordo da afirmação”.

A Autoconfiança com a aprendizagem situou-se num valor médio inferior (4,13±0,40) ao da satisfação (4,51±0,41). No global apresentou o valor médio de (4,32±0,40). Resultados que vão ao encontro do estudo de Almeida (2015), a simulação enquanto estratégia de educação cognitiva e comportamental promove autoestima e autoconfiança, pois possibilita a interiorização da informação e a satisfação com o processo de aprendizagem. 

Conclusão: A aprendizagem com recurso a simulação em gestão em enfermagem permitiu bons níveis de autoconfiança e satisfação, na opinião dos enfermeiros do Curso de Gestão para Enfermeiros Chefes. 

 

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Referências

Referências:

Almeida, R.; Mazzo, A; Martins, J; Batista; R; Girão, F; Mendes, I. (2015). Validação para a língua portuguesa da escala Student Satisfactionand Self-Confidence in Learning. Rev. Latino-Am. Enfermagem, 23 (6), 1007-1013.

Publicado

2023-01-04

Como Citar

Ferreira, M., & Coutinho, V. (2023). RP-2 RECURSO A SIMULAÇÃO PARA APRENDIZAGEM DE GESTÃO EM ENFERMAGEM: EXPERIENCIA COM ENFERMEIROS CHEFES NA GUINÉ- BISSAU. Revista Da Sociedade Portuguesa De Anestesiologia, 31(3). https://doi.org/10.25751/rspa.27430