RP-9 ANÁLISE SOCIODEMOGRÁFICA DOS ALUNOS DE MEDICINA COM FREQUÊNCIA PRÉVIA NO ENSINO SUPERIOR

Autores

  • Ana Gouveia 1Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade da Beira Interior, Av. Infante D. Henrique, 6200-506 Covilhã, Portugal 2Centro de Investigação em Ciências da Saúde, Av. Infante D. Henrique, 6200-506 Covilhã, Portugal 3Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica, Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa, 1649-004 Lisboa, Portugal 4NECE - Research Center for Business Sciences, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade da Beira Interior, R. José Caetano Júnior 149, 6200-209 Covilhã, Portugal
  • Inês Ferreira 1Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade da Beira Interior, Av. Infante D. Henrique, 6200-506 Covilhã, Portugal
  • Mafalda Fonseca 1Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade da Beira Interior, Av. Infante D. Henrique, 6200-506 Covilhã, Portugal 2Centro de Investigação em Ciências da Saúde, Av. Infante D. Henrique, 6200-506 Covilhã, Portugal
  • Isabel Neto 1Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade da Beira Interior, Av. Infante D. Henrique, 6200-506 Covilhã, Portugal 2Centro de Investigação em Ciências da Saúde, Av. Infante D. Henrique, 6200-506 Covilhã, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.25751/rspa.27437

Palavras-chave:

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Resumo

Introdução e objetivos

No Mestrado Integrado em Medicina (MIM) para além dos alunos que ingressam logo após o término do ensino secundário, há alunos com frequência prévia no Ensino Superior (ES). Existe a perceção que no curso de MIM da Universidade da Beira Interior (UBI) o número de alunos nestas condições é significativo apesar de não ser conhecido.

Por um lado, pelo Contingente Geral, entram alunos com frequência prévia universitária, com ou sem a conclusão de curso. Por outro lado, desde 2007, o Concurso Especial para Acesso ao Curso de Medicina (CEACM), permite a candidatura ao curso de Medicina de pessoas com grau de licenciatura. 

O conhecimento do percurso escolar dos nossos alunos e das suas características sociodemográficas constitui uma importante base de análise a futuras intervenções, para se perceber nomeadamente se a frequência prévia no ES constitui ou não uma vantagem para eles. 

O objetivo deste estudo foi realizar a caracterização sociodemográfica dos alunos que ingressaram no MIM da UBI, tendo em conta a sua frequência prévia no ES. 

Materiais e métodos

Realizou-se um estudo sociodemográfico e retrospetivo onde se analisaram os dados dos alunos que ingressaram no MIM da UBI entre 2011 e 2013 através do Contingente Geral, com e sem frequência prévia do ES, e do Concurso Especial (CEACM). As características analisadas foram a idade, o sexo, a proveniência geográfica, e o curso anteriormente frequentado.

Este trabalho está incluído num projeto mais abrangente que estuda todo o percurso académico dos alunos, o que justifica a escolha das coortes.

Resultados e Discussão

Na amostra estudada, num universo de 298 alunos, 121 (41%) têm frequência prévia no ES, dos quais 17 concluíram uma licenciatura. Destes 121 alunos, mais de 60% tem matrícula prévia no ano anterior à entrada no MIM. 

A idade dos alunos da amostra estudada varia entre os 17 e os 32 anos e mais de 65% é do sexo feminino. A maioria dos alunos tem a sua residência na região Norte (55%), seguida da região Centro (40%). 39% dos alunos provem do interior do país, sendo que, destes, 10% se deslocam da Covilhã ou de regiões próximas, onde se encontram as instalações da UBI. Existe uma abrangência de áreas estudadas prévias à entrada em Medicina, com uma prevalência dos cursos de Saúde, particularmente Enfermagem e Ciências Farmacêuticas para os alunos com experiência prévia com e sem o grau de licenciado, respetivamente.

Conclusão

Verificámos que o número de alunos com frequência prévia no ES no curso de MIM da UBI é, de facto, significativo (41%) nas três coortes estudadas. A caraterização sociodemográfica dos alunos pode vir a justificar um ajuste nas abordagens pedagógicas da faculdade. Com esta base de conhecimento podemos estudar se a frequência prévia no ES constitui ou não uma vantagem para os alunos, por exemplo no desempenho académico, e se a presença destes alunos altera a dinâmica nos ambientes de aprendizagem e das relações interpessoais. 

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Publicado

2023-01-04

Como Citar

Gouveia, A., Ferreira, I., Fonseca, M., & Neto, I. (2023). RP-9 ANÁLISE SOCIODEMOGRÁFICA DOS ALUNOS DE MEDICINA COM FREQUÊNCIA PRÉVIA NO ENSINO SUPERIOR. Revista Da Sociedade Portuguesa De Anestesiologia, 31(3). https://doi.org/10.25751/rspa.27437