@article{Marques Coelho Costa e Silva_Pereira Alves Abelha_2018, title={Avaliação da Dor Crónica Pós-Operatória: Metodologia e Importância}, volume={27}, url={https://revistas.rcaap.pt/anestesiologia/article/view/14815}, DOI={10.25751/rspa.14815}, abstractNote={<p><strong>Introdução: </strong>A dor crónica afeta até 20% da população nos países desenvolvidos e o ato cirúrgico é uma das suas causas principais. Doentes com dor crónica pós-operatória necessitam de terapêuticas multidisciplinares prolongadas refletindo-se em gastos económicos avultados. O controlo eficaz da dor ajuda a diminuir a morbimortalidade nestes doentes, melhorando ao mesmo tempo funções relacionadas com a saúde. Uma avaliação adequada da dor está na base da sua gestão. Apesar de numerosos avanços cientificos alcançados na compreensão da dor e da sua neurofisiologia, não existem ainda orientações bem definidas para uma avaliação precisa da mesma. Dado o elevado impato económico e clínico da dor pós-operatória, os métodos que a avaliam assumem particular relevo para a equipa médica no contexto pós-cirúrgico.</p><p><strong>Objectivo: </strong>Neste estudo pretendemos rever a literatura mais recente relativamente à dor crónica pós-operatória, destancando as diferentes metologias de avaliação da dor crónica e quais os alvos de avaliação desta.</p><p><strong>Métodos: </strong>Esta revisão foi efetuada com recurso à base de dados PubMed, focando-se na literatura dos últimos 13 anos acerca deste tema. Foi efetuada uma seleção utilizando as seguintes palavra-chave: “postoperative pain”, “chronic pain”, “persistent postsurgical pain”, “pain scales”, “McGill Pain questionnaire”, “brief pain inventory”, “questionnaire”, “guidelines”, “pain experience”, “measurement”, “assessement”, “verbal rating scales”, “numeric rating scales”, “pain satisfaction” and “outcome measures”. A escolha, avaliação da qualidade metodológica e a seleção final foram feitas pelos autores.</p><p><strong>Resultados: </strong>Existem várias escalas de dor usadas para avaliar e estudar a dor crónica pós-operatória. Estas variam desde escalas rápidas de intensidade da dor até questionários extensos que cobrem as múltiplas dimensões da experiência da dor e funcionamento global do doente. Para além da avaliação da intensidade, qualidade e temporalidade da dor, outros items devem ser estudados. O bem-estar emocional, problemas relacionados com o sono, a fadiga e o gozo da vida foram identificados como os aspetos mais afetados para o doente. Existem métodos que se focam quer no bem-estar emocional quer na qualidade de vida associada à saúde. Alguns estudos sugerem que avaliar a sensibilidade à dor recorrendo a medidas de <em>Quantitative Sensory Testing </em>pode ser relevante na avaliação e tratamento de doentes com dor crónica.</p><p><strong>Conclusão: </strong>Existem várias ferramentas certificadas na avaliação de aspetos associados à dor. Os resultados da pesquisa sugerem e realçam a importância de avaliar o doente com dor crónica e não apenas a dor. O bem-estar físico, emocional, social e a interferência da dor na qualidade de vida devem ser estudados nestes doentes.</p>}, number={1}, journal={Revista da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia}, author={Marques Coelho Costa e Silva, André and Pereira Alves Abelha, Fernando José}, year={2018}, month={Mar.}, pages={59–69} }