TY - JOUR AU - Teixeira, Júlio AU - Marques, Anabela PY - 2019/08/27 Y2 - 2024/03/28 TI - Profilaxia da Endocardite Bacteriana: Estado da Arte JF - Revista da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia JA - Rev Soc Port Anestesiol VL - 28 IS - 3 SE - Artigo de Revisão Narrativa DO - 10.25751/rspa.17746 UR - https://revistas.rcaap.pt/anestesiologia/article/view/17746 SP - 174-180 AB - <p><strong>Introdução:</strong> As recomendações para a profilaxia antibiótica da endocardite têm sido alvo de várias actualizações nos últimos anos com a tendência para simplifica-la e para restringir o número total de doentes elegíveis. Apesar da evidência científica disponível ser escassa e pouco robusta, a mesma foi utilizada para a construção das principais recomendações (da American Heart Association - AHA, European Society of Cardiology - ESC e National Institute for Health and Care Excellence - NICE), que se mostraram contraditórias. Neste estudo pretendemos rever a literatura mais recente relativamente à profilaxia da endocardite bacteriana para promover a correta utilização das recomendações em vigor.</p><p><strong>Métodos:</strong> Esta revisão narrativa foi efetuada com recurso à base de dados PubMed. Foi efetuada uma seleção utilizando as seguintes palavras-chave: “Endocarditis”, “Prophylaxis”, “Current evidence”,<br>“Clinical practice”. A seleção dos estudos foi feita pelos autores.</p><p><strong>Resultados/Discussão:</strong> A incidência da endocardite é baixa (entre os 3 a 10 casos por 100 000) e variável entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento. Ao longo do tempo, assistiu-se a uma mudança da abordagem da profilaxia antibiótica no sentido mais restritivo, sobretudo à custa da modificação da definição de doente de alto risco. Atualmente, a dúvida quanto ao seu real benefício ainda persiste. Por um lado pela falta de estudos randomizados e controlados, por outro pela evidência de níveis de bacteriemia semelhantes entre procedimentos dentários invasivos e medidas de higiene oral triviais.</p><p><strong>Conclusão:</strong> Conforme o consenso das recomendações atuais, uma dupla conjugação de critérios deve ser aplicada para se proceder à realização da profilaxia, a existência de um doente de alto risco que irá ser submetido a um procedimento também de alto risco.</p> ER -