TY - JOUR AU - Teixeira, Sofia Gonçalves AU - Santos, Alice PY - 2017/01/17 Y2 - 2024/03/29 TI - Analgesia de parto: Abordagem do neuroeixo e satisfação materna JF - Revista da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia JA - Rev Soc Port Anestesiol VL - 25 IS - 4 SE - Artigo de Revisão Narrativa DO - 10.25751/rspa.8337 UR - https://revistas.rcaap.pt/anestesiologia/article/view/8337 SP - 109-116 AB - <p><strong>Introdução:</strong> O trabalho de parto pode causar dor intensa e sofrimento materno, pelo que o pedido da grávida é indicação suficiente para iniciar a analgesia do neuroeixo. Tem surgido novas tecnologias para administração dos fármacos epidurais durante a manutenção da analgesia. Esta pode ser efetuada através de <em>continuous epidural infusion </em>(CEI)<em>, </em>bolus intermitentes manuais, <em>programmed intermitente epidural bolus </em>(PIEB)<em>, patient-controlled epidural analgesia </em>(PCEA) <em>ou computer-integrater</em> PCEA (CI-PCEA)<em>. </em>É importante comparar as várias opções e perceber quais as vantagens de cada uma. A satisfação materna é multifatorial e difícil de avaliar. A qualidade da analgesia é um dos fatores envolvidos e para melhorar os serviços prestados será necessário tornar claro o seu contributo e conhecer os outros fatores.</p><p><strong>Objetivo:</strong> Com este artigo pretende-se rever a literatura recente sobre a analgesia do neuroeixo no trabalho de parto, com especial enfase nas técnicas de manutenção da analgesia e na satisfação materna.</p><p><strong>Material e métodos:</strong> Esta revisão baseou-se na bibliografia que abordava este tema, publicada nos últimos 5 anos nas bases de dados PubMed, <em>Web of Science </em>e <em>Scopus</em>.</p><p><strong>Resultados:</strong> Para iniciar a analgesia do neuroeixo, parece não haver vantagem em usar por rotina a técnica combinada em relação à epidural em baixa dose. A PIEB permite uma melhor difusão da solução analgésica no espaço epidural do que a CEI, resultando em menor consumo de fármacos e menos episódios de dor. A PCEA proporciona autonomia à grávida e pode ser usada com ou sem uma perfusão basal ou ainda associada a PIEB. Esta última combinação apresenta melhores resultados, com menores scores de dor e menor carga de trabalho para o anestesiologista. O envolvimento materno na tomada de decisões, a relação da grávida com os cuidadores, o apoio dos profissionais de saúde e as expectativas pessoais são fatores importantes para a satisfação materna. A analgesia epidural de baixa dose associa-se a maior satisfação. A técnica PIEB ao diminuir os episódios de dor e a PCEA ao proporcionar autonomia estão igualmente associados a maior satisfação.</p><p><strong>Conclusões: </strong>Nos últimos anos têm surgido desenvolvimentos tecnológicos na manutenção da analgesia de parto, por via epidural, com preocupação crescente<strong> </strong>com o bem-estar e a satisfação materna. No entanto, são necessários estudos prospetivos, bem formulados, para concluir qual o esquema que proporciona melhor analgesia, bem como para avaliar de forma eficaz a satisfação materna com a experiência do parto.<strong></strong></p><p><strong>Palavras-chave:</strong> Analgesia de parto, parturiente e satisfação materna.<strong></strong></p> ER -