Cadernos de Estudos Africanos https://revistas.rcaap.pt/cea <p> </p> <table border="0" width="800"> <tbody> <tr> <td width="100"><img class="align left" src="https://revistas.rcaap.pt/public/site/images/jcsds/screen_shot_2015_12_14_at_18.48_.44_1.png" alt="" /></td> <td width="700">A revista <em>Cadernos de Estudos Africanos</em> é uma publicação científica e académica do Centro de Estudos Internacionais do Iscte - Instituto Universitário de Lisboa (CEI-Iscte) especializada em temáticas africanas. Os artigos, tanto baseados em trabalho de campo como em elaboração teórica, norteiam-se pelos contributos significativos que aportam aos estudos sobre África e as diásporas africanas. Os Cadernos estão abertos à comunidade científica nacional e internacional que se debruça sobre o continente, particularmente nas áreas das Ciências Sociais e Humanas, apostando na internacionalização e na inter e multidisciplinaridade.</td> </tr> </tbody> </table> Centro de Estudos Internacionais do Instituto Universitário de Lisboa pt-PT Cadernos de Estudos Africanos 1645-3794 <p>Autorizo a publicação do artigo/recensão submetido do qual sou autor.</p> <p>Declaro ainda que o presente artigo é original, que não foi objecto de qualquer tipo de publicação, e cedo em exclusivo os direitos de publicação à revista Cadernos de Estudos Africanos. A reprodução do artigo, no todo ou em parte, noutras publicações ou noutros suportes depende de autorização prévia da editora Centro de Estudos Internacionais do Iscte - Instituto Universitário de Lisboa.</p> Introdução https://revistas.rcaap.pt/cea/article/view/35454 <p>O número da revista Cadernos de Estudos Africanos que aqui se apresenta insere-se no contexto do projeto de investigação científica Pluralism – Democratization and Electoral Integrity in Angola and Mozambique - P-DEIAM (www.deiam.com), que articulou três instituições académicas principais – ISCTE-IUL, Universidade Católica de Angola e Universidade Eduardo Mondlane —, tendo decorrido entre 2018 e 2023, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (FCT-MCTES) e pela Aga Khan Development Network, no âmbito do programa Knowledge for Development Initiative [...]</p> Nuno de Fragoso Vidal Direitos de Autor (c) 2024 Cadernos de Estudos Africanos http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-04-12 2024-04-12 45 10.4000/cea.7654 “Democracias Iliberais” em África ou Evolução do Patrimonialismo Pós-moderno? Os casos de Angola e Moçambique https://revistas.rcaap.pt/cea/article/view/35456 <p>Os sistemas políticos africanos subsarianos do pós-independência nunca foram réplicas deficientes dos principais e dominantes modelos políticos internacionais. Mesmo em casos extremos de condicionamento internacional, como aqueles aqui analisados –Angola e Moçambique–, sujeitos à influência de modelos socialistas durante a Guerra Fria (e só depois “liberais”), a sua matriz neopatrimonial do pós-independência provou a sua capacidade de se estruturarem nos seus próprios termos, nas diferentes épocas históricas, de se reinventarem e acomodarem às influências externas através de crescente agência interna. A sua atualmente ativa interação com as novas tendências internacionais de iliberalismo é somente o mais recente exemplo de um longo percurso de utilização seletiva de tendências internacionais em favor das lógicas internas dominantes de governação, que se têm sedimentado e progredido no sentido de um patrimonialismo pós-moderno, conforme aqui sustentado.</p> Nuno de Fragoso Vidal Direitos de Autor (c) 2024 Cadernos de Estudos Africanos http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-04-12 2024-04-12 45 11 40 10.4000/cea.7660 Populismo e Autoritarismo – Uma breve reflexão teórica https://revistas.rcaap.pt/cea/article/view/35457 <p>O século XXI caracteriza-se por um reaparecimento de soluções populistas em diversos espaços geográficos do mundo. Este fenómeno não adota um modelo único, sendo caracterizado por uma diversidade de medidas, regras, intensidades e caminhos, quanto à implementação de modelos de governação populistas. O atual contexto de medição da qualidade das democracias impele-nos a aprofundar o estudo em torno dos sistemas políticos e dos diversos elementos utilizados para aferir os regimes democráticos. Na literatura existente podemos encontrar diversos contributos sobre a evolução dos regimes políticos e sobre a análise do exercício do poder político, centrando-se o presente contributo em três tópicos: discussão sobre o conceito de “populismo” no quadro das democracias contemporâneas, enquadramento do populismo na dimensão plural de funcionamento das democracias e o progressivo espaço que o populismo tem conquistado no quadro de regimes políticos mais instáveis.</p> Bruno Ferreira da Costa Direitos de Autor (c) 2024 Cadernos de Estudos Africanos http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-04-12 2024-04-12 45 10.4000/cea.7712 Moçambique: O papel das eleições na “transição inversa” (2009-2019) https://revistas.rcaap.pt/cea/article/view/35458 <p>Mediante uma análise documental e bibliográfica, o texto procura demonstrar quanto os processos eleitorais mais recentes – em particular a partir das eleições gerais de 2009 – influenciaram a aqui chamada de “transição inversa”, ou seja, a regressão democrática de um país como Moçambique. Assim, os processos eleitorais mostram a deterioração do sistema democrático moçambicano, constituindo o espelho mais evidente da fraqueza institucional de um país que, além do mais, acentuou os elementos autoritários e o seu aparato repressivo.</p> Luca Bussotti Direitos de Autor (c) 2024 Cadernos de Estudos Africanos http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-04-12 2024-04-12 45 10.4000/cea.7750 Das “Juventudes” dos antigos movimentos de libertação aos “Revús”: Diversidade identitária do ativismo político e cívico angolano, da luta armada anticolonial ao caso dos “15 +2”, 1960-2015 https://revistas.rcaap.pt/cea/article/view/35467 <p>O presente texto apresenta um enquadramento histórico-analítico das diversas dinâmicas da política juvenil em Angola, iniciando nas juventudes partidárias dos movimentos de libertação, passando pelo seu impacto político no pós-independência e repressão em torno do 27 de maio, terminando na sua reemersão nas mais recentes manifestações dos chamados Revús.</p> Jean-Michel Mabeko-Tali Direitos de Autor (c) 2024 Cadernos de Estudos Africanos http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-04-12 2024-04-12 45 10.4000/cea.7974 Elementos de manipulação e fraude eleitoral detetados nas eleições angolanas de 2022 https://revistas.rcaap.pt/cea/article/view/35468 <p>Nas últimas eleições angolanas, de 2022, o incumbente não se coibiu de executar várias práticas que desnivelaram as regras do jogo do processo eleitoral, resultando em vários atentados à integridade eleitoral. Conforme a literatura especializada nesta matéria, o menu da fraude ocorre muito antes das eleições e engloba três fases: no processo de preparação das eleições, em que se destacam as alterações das regras; durante a campanha eleitoral, em que se destacam a violência eleitoral, a compra de votos e o agudizar do controlo dos media; no pós-eleições, em que se destaca a parcialidade dos órgãos responsáveis pelo contencioso eleitoral. As eleições realizadas em regimes autoritários, como o angolano, acabam por ser apenas um simulacro democrático, pois violam os requisitos mínimos de uma eleição democrática.</p> David Boio Direitos de Autor (c) 2024 Cadernos de Estudos Africanos http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-04-12 2024-04-12 45 10.4000/cea.7869 As Eleições Angolanas: O impacto da guerra e do sistema eleitoral https://revistas.rcaap.pt/cea/article/view/35469 <p>O presente texto visa demonstrar que os processos eleitorais angolanos, em toda a sua estruturação institucional e prática eleitoral, estão concebidos para sustentar a hegemonia do partido no poder. Neste sentido, para além de mecanismos e práticas comumente referidos, apresento aqui algumas das características do sistema eleitoral angolano que permitem, objetivamente, reduzir a capacidade política dos cidadãos dos grandes círculos eleitorais por via do duplo círculo eleitoral, que na prática se vem traduzindo, desde as eleições de 1992, por um bónus eleitoral para o MPLA e um défice para a oposição. Este facto prejudica efetivamente a capacidade política eleitoral do cidadão para alterar o status quo.</p> Sérgio Dundão Direitos de Autor (c) 2024 Cadernos de Estudos Africanos http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-04-12 2024-04-12 45 10.4000/cea.7910 A Frente Patriótica Unida: Combate político de atrito ou falha estratégica até 2027? https://revistas.rcaap.pt/cea/article/view/35470 <p>Os próximos cinco anos serão muito difíceis para a oposição em Angola. A Frente Patriótica Unida terá de preparar uma estratégia para sobreviver até 2027, organizando-se melhor para tentar garantir a verdade eleitoral no próximo pleito eleitoral de 2027. Entre outras possibilidades, colocam-se à oposição duas vias de ação estratégica. Uma primeira via poderá ser a de continuar no sentido que vem seguindo, da crítica apaziguada com debates no Parlamento e alguns comícios e pronunciamentos públicos sobre injustiças e violações da lei. Uma segunda via poderá ser a de encetar uma luta política de atrito, que desgaste o regime e o exponha cada vez mais. Defende-se neste texto que só a segunda via poderá garantir alguma hipótese de sucesso para a oposição, a primeira conduzirá ao fracasso.</p> Paula Roque Direitos de Autor (c) 2024 Cadernos de Estudos Africanos http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-04-12 2024-04-12 45 10.4000/cea.8012 O lugar das questões de género no programa de governo dos partidos maioritários: As eleições de 2022 em Angola https://revistas.rcaap.pt/cea/article/view/35471 <p>O artigo visa entender até que ponto as questões de género são (des)consideradas no exercício da política ativa em Angola, analisando o programa de governo dos dois maiores partidos políticos (UNITA e MPLA), apresentados nas eleições de 2022. Igualmente, pretende-se compreender a natureza das categorias e conceitos operacionalizados pelos dois partidos políticos, e as suas implicações na mudança ou manutenção das relações de género. Trata-se de um estudo qualitativo exploratório, de cariz bibliográfico e documental. Este artigo conclui que, embora as questões de género tenham um lugar na proposta dos dois partidos políticos, ambas padecem de deficiências conceptuais estruturantes, que comprometem a efetivação da dignidade e dos direitos humanos para todas as pessoas, bem como para a consolidação do Estado, que constitucionalmente, é democrático e de direito.</p> Florita Cuhanga A. Telo Direitos de Autor (c) 2024 Cadernos de Estudos Africanos http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-04-12 2024-04-12 45 10.4000/cea.8039 Transição constitucional versus transformação constitucional: Angola e a necessidade de um novo paradigma fundacional https://revistas.rcaap.pt/cea/article/view/35472 <p>Este texto sustenta que a transição constitucional equacionada para Angola da I para a II República (1991/92) e para a III República, não produziu a rutura subjacente a este instituto. Não se verificou o pressuposto essencial da transição constitucional no sentido de provocar uma rutura total com o regime em superação e de instalar outros fatores do poder e um regime diferente. Outrossim, verificou-se um processo de “transformação constitucional” que manteve vários traços fundamentais do anterior regime. Perante esta realidade, urgem reformas estruturais do Estado, em consonância com as necessidades da atualidade sociopolítica angolana, que aqui se apresentam, centradas essencialmente na importância de um eventual Parlamento bicamaral e na despartidarização do Estado por via da reforma do Direito e da Justiça.</p> Maria da Imaculada Melo Direitos de Autor (c) 2024 Cadernos de Estudos Africanos http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-04-12 2024-04-12 45 10.4000/cea.8099