As múltiplas vidas de Lévi-Strauss
Resumo
Imediatamente antes ou logo a seguir à morte de Claude Lévi-Strauss, em 2009, assistiu-se a um crescimento significativo de publicações consagradas à sua obra. Muitas dessas publicações eram – como seria de esperar – de autores franceses. Entre eles contavam-se antropólogos que haviam privado de perto com Lévi-Strauss, como Maurice Godelier (2013) ou Philippe Descola (2012). Mas muitas outras, assinalando uma espécie de consagração filosófica de Lévi-Strauss, eram de filósofos como Pierre Guenancia que – em conjunto com o sociólogo Jean-Perre Sylvestre – organizou o volume Claude Lévi-Strauss et ses contemporains (2012) –, Gildas Salomon (2013) ou Patrice Maniglier, que, no livro Le moment philosophique des années 1960 en France (2011) – de que foi o organizador – consagrou uma das secções à figura do antropólogo francês. Outras foram publicadas por autores de língua inglesa como Boris Wiseman (2007, 2009) ou Patrick Wilcken (2010).