Trilhas de sangue e mel: esboço peregrino de uma cosmoecologia negra, no sul do Brasil

Autores

  • Marília Floôr Kosby Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil, floorkosby@gmail.com

Resumo

Ao seguir cabras criadas em uma comunidade negra rural do extremo sul do Brasil até casas de religião de matriz africana na região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, este artigo pretende-se uma narrativa peregrina (Ingold 2015) de perspectiva contraidentitária (Anjos 2006) das trilhas e zonas de passagem em que quilombos e terreiros criam cosmoecologias comuns. No entrelaçamento de multiplicidades concretas, percebe-se a partilha do que se pode chamar de uma cosmoecologia negra, imbricando (e implicada em) transformações mútuas entre diferentes jeitos de estar negro no mundo – frisa-se a noção de cosmoecologia, na qual estão reunidas cosmologia e ecologia, e os caminhos e destinos interligados de humanos, deuses, cabras, ervas, terreiros e quilombos (Despret 2016).

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Publicado

20-07-2023

Como Citar

Floôr Kosby, M. (2023). Trilhas de sangue e mel: esboço peregrino de uma cosmoecologia negra, no sul do Brasil. Etnográfica, 25(2). Obtido de https://revistas.rcaap.pt/etnografica/article/view/32354

Edição

Secção

Artigos