Experiências migratórias de travestis/trans sul-americanas na AMBA: vínculos com famílias e envio de remessas

Autores

  • Ramiro N. Perez Ripossio Universidad de Buenos Aires, Facultad de Ciencias Sociales, Instituto de Investigaciones Gino Germani, Argentina, ramiro7242@hotmail.com

Resumo

Neste artigo analiso os vínculos entre travestis/trans migrantes sul-americanas e as suas famílias de origem, assim que consolidaram a migração para a área metropolitana de Buenos Aires (AMBA), na Argentina, durante os anos 2017-2019. A migração dessas pessoas ocorre como consequência das hostilidades e violências que vivenciam nos seus países de origem por parte das suas famílias e outros atores da sociedade civil. Proponho responder às seguintes questões: Quais são as transformações que ocorrem nos vínculos das famílias e das travestis/trans sul-americanas à distância? Qual a importância das remessas nesses processos migratórios? Como hipótese de trabalho, estabeleço que a transformação dos vínculos entre travestis/trans sul-americanas e as suas famílias depende do envio de remessas e da distância temporal e espacial que ocorre a partir da migração. Da mesma forma, espera-se que essa transformação consista em alcançar níveis mais altos de aceitação por parte das mulheres migrantes. Utilizo uma abordagem qualitativa através da aplicação do método etnográfico e da grounded theory que permitiu atingir a saturação teórica. A evidência empírica é baseada em 44 entrevistas individuais e semiestruturadas e observações participantes realizadas no contexto da vida noturna e em organizações políticas ligadas ao ativismo feminista.

Publicado

2023-07-23

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Artigos