Fados do fado: enredos, cronotopos e trânsitos culturais

Autores

  • José Machado Pais Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-UL), Portugal.

Palavras-chave:

crenças, cronotopos, fado, fado de Quissamã, fandango, trânsitos culturais.

Resumo

Quando viajei até Quissamã (Brasil), para conhecer um fado vindo do tempo dos escravos, fiquei intrigado com o que descobri. Por um lado, entre os fadistas circula a crença de que o fado é de Deus, vá-se lá saber porquê. Por outro lado, o fado de Deus é dançado e sapateado, em jeito afandangado, quando é sabido que o fandango batido foi das danças mais perseguidas no Brasil colonial pela sua má reputação. Na tentativa de decifração destes enigmas exploro trânsitos do fado e do fandango num enredo de disseminações, transformações, variantes e recomposições. O que descobri foi que os nós desse enredo se atam e desatam nos cronotopos desses trânsitos

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Publicado

03-09-2025

Como Citar

Pais, J. M. (2025). Fados do fado: enredos, cronotopos e trânsitos culturais. Etnográfica, 22(1), 219–235. Obtido de https://revistas.rcaap.pt/etnografica/article/view/42987

Edição

Secção

Aula Ernesto Veiga de Oliveira