Conveniências contingenciais: a antecipação como prática temporal dos inspetores do SEF na fronteira aeroportuária portuguesa

Autores

  • Mafalda Carapeto Centro de Administração e Políticas Públicas do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Universidade de Lisboa, Portugal https://orcid.org/0000-0002-7185-7920

Palavras-chave:

Estado, fronteira externa, SEF, temporalidades da migração, antecipação.

Resumo

Este artigo surge no seguimento do trabalho etnográfico realizado num aeroporto em Portugal, onde de junho de 2021 a abril de 2022 acompanhei nos vários grupos e turnos o quotidiano dos inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). A intenção está em analisar, através da lente da temporalidade, como a antecipação pode ser duplamente entendida como uma prática temporal aquando da gestão dos passageiros: por um lado, é produzida através de conveniências contigenciais de ordem logística, organizacional e pessoal, e por outro produz diferentes velocidades de acesso ao território nacional (TN). No decurso da mobilização destas duas dimensões temporais os inspetores reorganizam quadros espaciais e situacionais, complicando ideias de ação e não ação aquando do seu encontro com os sujeitos em mobilidade.

Ficheiros Adicionais

Publicado

31-10-2025

Como Citar

Carapeto, M. (2025). Conveniências contingenciais: a antecipação como prática temporal dos inspetores do SEF na fronteira aeroportuária portuguesa. Etnográfica, 28(3), 583–604. Obtido de https://revistas.rcaap.pt/etnografica/article/view/43865

Edição

Secção

Artigos