i Considerando que não existe um termo comum a nível internacional para designar o que a lei portuguesa classifica como alojamento local (AL), neste artigo esta tipologia é designada por AL quando se analisa o caso de Portugal e por short-term rental (STR) na análise internacional.

ii No contexto neoliberal, o espaço habitacional deixa de estar restrito à função primária e pode assumir-se enquanto ativo mutável, dinâmico e passível de ser explorado (Calor & Magarotto, 2019).

iii O inventário de cada plataforma P2P compreende o número de anúncios listados; já o dos grupos hoteleiros, reporta ao cálculo das unidades de alojamento (Yong & Tan, 2019).

iv O aspeto crucial que define este crescente desequilíbrio estatístico traduz-se no modelo de contabilização adotado para o AL: enquanto o RNAL apura todos os registos de AL independentemente da capacidade de camas que este dispõe, o INE apenas contabiliza os estabelecimentos de AL “com 10 ou mais camas no continente e na Região Autónoma dos Açores e sem limite mínimo de capacidade na Região Autónoma da Madeira” (Rodrigues, 2020, p. 68).

v “Instrumento de política pública municipal que visa dinamizar parcerias e pequenas intervenções locais de melhoria dos “habitats” abrangidos, através do apoio a projetos locais que contribuam para o reforço da coesão socio-territorial no município” (CML, 2020, p. 1).