Atochero, A. V. Finisterra, LIX(127), 2024, e36633





DIPLOMACIA CULTURAL Y DEPORTIVA. NUEVOS CONCEPTOS Y HORIZONTES:

POR HASSAN ARABI E AZEDDINE ETTAHRI  





Alfonso Vásquez Atochero1





  1. INTRODUÇÃO


O campeonato do Mundo de Futebol de 2030 será realizado pela primeira vez em seis países e três continentes. Um século após o primeiro campeonato mundial, Espanha, Portugal e Marrocos embarcam na organização tripartida de um dos eventos desportivos mais importantes a nível global. Esta colaboração é realizada em comemoração ao centenário da competição, contando também com a participação, simbólica e inaugural, de Argentina, Paraguai e Uruguai. Neste contexto, 22 autores de diversas disciplinas, coordenados por Hassan Arabi da Universidade Mohamed I de Nador e Azeddine Ettahri da Universidade Mohamed V de Rabat, elaboraram, em 2024, um ensaio conjunto, intitulado Diplomacia cultural y deportiva: nuevos conceptos y horizontes, que oferece uma exploração profunda da diplomacia desportiva. Prefaciado por Mohamed Mehdi Bensaid, ministro da Juventude, Cultura e Comunicação do Marrocos, a presente obra analisa os interesses e perspetivas cruzadas que surgem entre os três países organizadores, que se tornam um nexo vital e uma zona de trânsito entre a Europa e a África. Este trabalho académico mergulha nas complexidades e oportunidades que a colaboração entre essas nações apresenta, destacando como o desporto pode servir como uma ferramenta estratégica na diplomacia e nas relações internacionais, promovendo o entendimento e a cooperação entre culturas diversas.

A cultura e o desporto estão a ganhar terreno no âmbito da diplomacia, sendo considerados ferramentas estratégicas de poder brando. Estas ferramentas não apenas projetam a imagem de um país, como também irradiam valores fundamentais nas relações internacionais. O poder brando, soft power, cunhado pelo politólogo Joseph Nye (2005), refere-se à capacidade de influenciar outros países através da atração e da persuasão, em vez da coerção. Neste sentido, a cultura e o desporto tornam-se veículos essenciais para transmitir ideias, promover o entendimento mútuo e fortalecer a cooperação internacional. Conscientes do papel crucial que a cultura e o desporto desempenham nas políticas nacionais e internacionais, os países de todo o mundo estão adaptando suas infraestruturas e orientando suas políticas governamentais para se posicionarem entre as nações avançadas ou emergentes. As iniciativas culturais, como festivais, exposições e eventos desportivos de alto perfil, são utilizadas para mostrar a riqueza cultural e as conquistas desportivas de um país, criando uma imagem positiva que pode influenciar a perceção global e as relações diplomáticas.



  1. DIÁSPORA COMO ELEMENTO COESIONADOR


Neste ensaio, diversos autores analisam o poder da diáspora como elemento coesionador, destacando o papel unificador do Mundial de 2030 para a Península Ibérica e Marrocos, porta e ponte entre dois continentes e, além disso, entre dois mundos. Camarero (2024) sublinha como este evento desportivo marcará um ponto de inflexão na relação entre estas regiões, destacando a sua capacidade de representar um espaço partilhado. Ayad (2024) enfatiza o fortalecimento das relações bilaterais que surgirão a partir da organização do Mundial, enquanto Mbarki (2024) sustenta que a diáspora será uma garantia de estabilidade e segurança entre Marrocos e Espanha, introduzindo o conceito de diplomacia cultural. Por outro lado, Parraça e Fernandes (2024) abordam diretamente o cerne da questão: a diáspora no futebol e como o desporto pode servir para unir e aproximar culturas. Assim, apresenta-se uma análise multifacetada onde se explora a diáspora não apenas como um vínculo social e cultural, mas também como uma ferramenta diplomática que pode transformar as relações internacionais e fomentar a cooperação entre as nações através do desporto. Esta abordagem interdisciplinar permite uma melhor compreensão das dinâmicas que operam no contexto de um evento dessa magnitude e seu potencial impacto na coesão social e na diplomacia.



  1. A POSIÇÃO ESTRATÉGICA DE MARROCOS E DA PENÍNSULA IBÉRICA COMO ZONA DE TRÂNSITO ENTRE DOIS MUNDOS


O segundo bloco apresenta a abordagem de Alfonso Vázquez Atochero (2024), que analisa a posição estratégica de Marrocos e da Península Ibérica como uma zona de trânsito entre dois mundos. Esta localização geopolítica privilegiada, combinada com a organização tripartida de um evento da magnitude do Mundial de 2030, pode atuar como um poderoso íman para atrair investimentos. Esses investimentos não apenas dinamizarão a economia durante a duração do torneio, mas também criarão infraestruturas e elementos de articulação territorial que perdurarão muito depois do evento terminar. Atochero (2024) destaca que as melhorias em infraestruturas, transporte, comunicações e serviços podem transformar profundamente essas regiões, facilitando não só o fluxo de turistas e adeptos do evento, mas também potencializando o desenvolvimento económico e social a longo prazo. Esta abordagem evidencia a capacidade do desporto ser um motor de mudança positiva, com benefícios que transcendem o imediato e se integram de maneira duradoura na estrutura territorial e económica de Marrocos e da Península Ibérica. A organização conjunta do Mundial de 2030 se apresenta, assim, não apenas como uma oportunidade desportiva, mas também como um catalisador para o progresso e a cooperação internacional numa zona chave do mapa global.



  1. DIPLOMACIA DESPORTIVA


Três autores introduzem-nos plenamente na diplomacia desportiva a sua vertente mais sutil. Arabi (2024) e Ymlahi (2024) exploram o soft power como um elemento de coesão e um sistema para conformar novas realidades. Poder Blando é um termo utilizado nas relações internacionais para descrever a capacidade de um ator político, como um Estado, para influenciar as acções ou os interesses de outros actores através de meios culturais e ideológicos, complementados por meios diplomáticos. Foi cunhado por Joseph Nye em 1990, em oposição ao hard power, que funciona através da utilização ou ameaça de poder militar ou de pressão económica. Embora o conceito original de soft power de Nye (2005) tivesse um matiz sibilino, esses autores destacam a sua faceta mais benévola. Isso deve-se ao “megafone” mediático que representará o evento, capaz de difundir elementos culturais intrínsecos e distintivos de cada uma das três culturas anfitriãs. Um mês de cobertura televisiva com audiências máximas será infinitamente mais eficaz do que anos de diplomacia convencional de gabinete, permitindo que as nações projetem uma imagem positiva e atraente para o mundo. Esse enfoque aproveita a capacidade do desporto para unir as pessoas e gerar um entendimento intercultural, convertendo o Mundial numa plataforma poderosa para a diplomacia pública. A cobertura mediática massiva e o interesse global que o futebol suscita facilitam uma forma de soft power que não só promove a cultura e os valores dos países anfitriões, mas também fomenta a cooperação e o respeito mútuo no cenário internacional.

Assim, aterramos no conceito de diplomacia desportiva, o bloco central deste livro. Trata-se de uma diplomacia mais massiva e popular, com um maior impacto no horário nobre e uma capacidade de influenciar a audiência em momentos de recetividade ampliada pela libertação de endorfinas gerada pelo desporto-espetáculo. Ayad (2024) e Pérez (2024) apresentam o conceito e ponderam sobre o papel do desporto como elemento coesionador e agente diplomático de massas. Ettahri (2024) vê isso como uma estratégia para a aproximação entre continentes e culturas, enquanto Khamlichi (2024) considera que o desporto está ao serviço das relações entre os países organizadores. Houari (2024) descreve como a organização do evento pode ajudar na construção de um novo espaço no Mediterrâneo Ocidental. Macià (2024) equilibra a dimensão macro-micro, destacando que os grandes investimentos e deslocamentos redundarão no âmbito local, beneficiando as cidades e seus habitantes. Amrouche (2024) expõe os desafios e perspectivas da diplomacia marroquina na cooperação para a organização do evento. Rubio (2024) analisa o papel dos jogadores marroquinos na liga espanhola, focando no caso de Larbi Ben Barek. Para encerrar este bloco, Karzazi (2024) reivindica o papel da mulher no desporto, enfocando nas Gazelas do Estreito. Esta abordagem integral destaca como a diplomacia desportiva não só promove a cooperação internacional, mas também impacta positivamente as comunidades locais, criando um legado duradouro além do próprio evento desportivo.



  1. DIPLOMACIA CULTURAL


Um último bloco de autores foca-se na diplomacia cultural não desportiva, oferecendo uma perspectiva diversa e profunda. Bucarruman (2024) destaca o momento como uma ferramenta chave para a construção do novo hispanismo em Marrocos, enfatizando como os laços históricos e culturais podem ser revitalizados e fortalecidos. Naciri (2024) aborda o diálogo cultural como um elemento fundamental para as relações entre Marrocos e Portugal, sugerindo que este intercâmbio é essencial para uma cooperação duradoura e frutífera. Guimarães (2024) amplia essa necessidade de diálogo para os três países organizadores, ressaltando a importância de um entendimento mútuo e de uma colaboração estreita no âmbito do evento desportivo. Pereira (2024) ilustra o exemplo do diálogo ibero-marroquino através do azulejo, mostrando como essa arte tradicional pode servir como uma ponte entre culturas e contribuir para a identidade compartilhada. Por sua vez, Reis (2024) analisa a evolução das tipografias para a caligrafia no cenário tripartido, explorando como os elementos visuais e textuais podem refletir e reforçar as conexões culturais entre os três países. Este bloco final proporciona uma visão rica e variada de como a diplomacia cultural pode complementar e enriquecer a cooperação desportiva, promovendo um entendimento mais profundo e duradouro entre as nações envolvidas.



  1. CONCLUSÃO


Em conclusão, a cultura e o desporto demonstram ser componentes essenciais do poder brando na diplomacia moderna. A organização conjunta do Campeonato do Mundo de 2030 por Marrocos, Portugal e Espanha não só exibe a sua capacidade para sediar eventos internacionais de grande envergadura, mas também promove valores universais e fortalece seus vínculos diplomáticos. Esta iniciativa sublinha a importância da colaboração internacional e destaca como o desporto pode unir as nações, superando barreiras e fomentando um mundo mais pacífico e coeso. Ao trabalharem juntos, estes países não poderão apenas demonstrar uma capacidade organizacional, mas também o seu compromisso com a promoção da tolerância, respeito e solidariedade. O evento representa uma oportunidade única para mostrar como o desporto pode servir como uma ponte entre culturas e nações, reunindo pessoas de todo o mundo e fomentando a troca cultural e o entendimento mútuo. Além disso, a coordenação meticulosa e a cooperação transnacional necessárias para organizar um evento dessa magnitude fortalecem os laços diplomáticos e promovem a estabilidade regional. A candidatura conjunta não só reflete a paixão pelo desporto, mas também uma visão estratégica para o utilizar como uma ferramenta de diplomacia e desenvolvimento. Este esforço conjunto atua como um catalisador para o investimento em infraestruturas, a criação de emprego e o crescimento económico, beneficiando as comunidades locais e promovendo o desenvolvimento sustentável. Em definitivo, a colaboração entre Marrocos, Portugal e Espanha para o Mundial de 2030 destaca a capacidade do desporto para transcender as diferenças e unir as pessoas em torno de valores compartilhados, demonstrando que a diplomacia desportiva é um poderoso veículo para construir um futuro mais unido e harmonioso.



ORCID ID


Alfonso Vásquez Atochero https://orcid.org/0000-0002-1657-8275




REFERÊNCIAS


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Karzazi, K. (2024). Empoderamiento a través del fútbol femenino: el caso de las Gacelas del Estrecho a partir del documental Tánger gool de Juan Gautier [Empowerment Through Women’s Football: the case of the Gazelles of the strait in the documentary Tánger gool by Juan Gautier]. In H. Arabi & A. Ettahri (Eds.), Diplomacia cultural y depostiva: nuevos conceptos y horizontes [Cultural and sports diplomacy: new concepts and horizons] (pp. 417-428). Diwan-Mayrit.

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1Recebido: 08/07/2024. Aceite: 15/10/2024. Publicado: 12/11/2024.

Departamento de Ciências da Educação, Faculdade de Educação e Psicologia, Universidad da Extremadura, Avenida de Elvas, 06006, Badajoz, Espanha. E-mail: alfonso@unex.es

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