Oliveira, F. R., Domingues, S. Finisterra, LIX(127), 2024, e39084
O fundo fotográfico Francisco Tenreiro do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa:
recuperação, incorporações e possibilidades de reutilização
Francisco
Roque de Oliveira1
Sandra
Domingues2
Recuperação do fundo fotográfico original
Respondendo ao repto da Biblioteca Nacional Francisco José Tenreiro de São Tomé e Príncipe (BNSTP), a Fototeca do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa (CEG-IGOT-ULisboa) concebeu uma exposição evocativa do trabalho de campo realizado por Francisco Tenreiro (1921-1963) em São Tomé entre 1956 e 1958, no contexto da preparação da tese de doutoramento em Geografia que defendeu na Universidade de Lisboa em 1961 – A Ilha de São Tomé: estudo geográfico. Esta tese representou o corolário da breve carreira científica desta figura destacada da «Escola de Lisboa» de Geografia e dos primórdios do CEG, mas cujo nome é sobretudo reconhecido pelo contributo que deu à afirmação da «negritude» na literatura de expressão portuguesa (Sanches, 2013; Margarido, 2023). Intitulada Francisco Tenreiro, geógrafo, a exposição em causa foi inaugurada na BNSTP a 20 de janeiro de 2024, assinalando o 103.° aniversário do nascimento de Francisco Tenreiro, e integrou cerca de 80 fotografias representativas do seu legado científico, a maioria das quais tinham sido incluídas na edição original da monografia geográfica da ilha de São Tomé (Oliveira, 2024a; Rádio e Televisão Portuguesa [RTP], 2024).
A oportunidade da realização desta exposição implicou que a Fototeca do CEG-IGOT-ULisboa se tivesse empenhado em resgatar do seu espólio o conjunto integral das séries fotográficas da autoria de Francisco Tenreiro e executasse, paralelamente, a correspondente análise documental, tanto quantitativa como qualitativa (Le Mée & Mondenard, 2016; Castro, 2022; Sánchez-Vigil et al., 2022). Nesse sentido, começou por se cruzar o conjunto de fotografias referenciadas no catálogo interno da Fototeca com as séries de fotografias reveladas e instaladas em cartões legendados pelo próprio Francisco Tenreiro. Esta acção permitiu confirmar a existência de 255 fotografias a preto e branco, correspondentes aos anos de 1956 e 1957, às quais se associam cerca de 50 fotografias do mesmo tipo feitas em Angola por Francisco Tenreiro no itinerário de ida ou de volta dessas duas primeiras viagens a São Tomé, bem assim como dois diapositivos coloridos não datados, correspondentes a dois dos quatro únicos diapositivos de São Tomé que o mesmo catálogo atribui a Tenreiro.
Em paralelo, foram identificados no espólio da Fototeca 25 rolos de filme fotográfico a preto e branco da autoria de Francisco Tenreiro, 23 dos quais datados dos anos de 1956 (13 rolos), 1957 (nove rolos) e 1958 (um rolo), sendo que os dois restantes não têm datação indicada. No total, estes rolos revelaram a existência de 875 imagens fotográficas, assim distribuídas: 463 negativos de 1956, 309 de 1957, 32 de 1958 e os restantes 71 negativos pertencentes aos dois rolos não datados. Tendo-se procedido à reprodução digital integral deste conjunto de imagens agora localizadas, a primeira constatação resultante foi a de se terem recuperado os filmes originais das 123 fotografias de Francisco Tenreiro integradas na edição da sua tese de doutoramento, publicada pela Junta de Investigações do Ultramar em 1961, e das quais a Fototeca não dispunha de cópia revelada em papel fotográfico (Tenreiro, 1961a; Oliveira, 2022). Esta foi a base sobre a qual se gizou o essencial da proposta expositiva preparada para a BNSTP, que respeitou a organização temática e, também, boa parte da selecção de espécimes fotográficos efetuadas por Tenreiro quando estruturou o seu livro de 1961. O bom estado de conservação da generalidade destes rolos de filme fotográfico permitiu executar esta iniciativa de reutilização contemporânea das imagens, ao mesmo tempo que abre excelentes perspectivas para outros modelos de difusão deste fundo e a valorização do arquivo (Sánchez-Vigil et al., 2022).
A contextualização das fotografias de Francisco Tenreiro pertencentes ao espólio da Fototeca que acabámos de quantificar foi completada pela análise detalhada dos respectivos conteúdos, tendo em vista acrescentar informação à base de dados existente, desde logo quanto à distribuição geográfica e temática das imagens (Salvador Benítez et al., 2016; Mariz & Silva, 2018). Como era expectável, a grande maioria das fotografias correspondentes aos anos de 1956 a 1958 documenta o trabalho de campo realizado por Francisco Tenreiro no decurso das três campanhas que efectuou com o apoio do Ministério do Ultramar português para proceder ao estudo geográfico das ilhas do Golfo da Guiné, aproveitando para o efeito o período das férias grandes desses três anos, quando era segundo-assistente da Secção de Geografia da Faculdade de Letras de Lisboa. Numa descrição sumária destas séries temos que cerca de 83% das fotografias correspondentes a 1956 e 1957 documentam a sua passagem pelo arquipélago de São Tomé e Príncipe (incluindo o Ilhéu das Rolas) e pelas ilhas de Fernando Pó (actual Bioko) e Ano Bom (Annobón), que integravam a então Guiné Espanhola (Guiné Equatorial), onde Francisco Tenreiro esteve em 1957.
As séries datadas de 1956 a 1958 incluem também um conjunto de cerca de 60 fotografias feitas em diversas partes de Angola e perto de 80 fotografias de diversas regiões de Portugal, tanto litoral como interior, designadamente Trás-os-Montes, Beiras, Alentejo e Algarve. Parte destes últimos itinerários eram realizados em conjunto com outros geógrafos, como desde logo se comprova observando algumas fotografias de Tenreiro que fixaram Orlando Ribeiro (1911-1997) e Raquel Soeiro de Brito (n. 1925), mas também outros integrantes nas práticas de campo que mantinham relações estreitas com o CEG, desde logo franceses e brasileiros, como Pierre Gourou (1900-1999), Nilo Bernardes (1922-1991) e Lysia Bernardes (1924-1991), por exemplo (Daveau, 2019; Paiva & Oliveira, 2021) (fig. 1). O contexto informal em que foram feitos valoriza estes registos fotográficos enquanto documento das práticas de sociabilidade científica organizadas pelos principais nomes da Geografia de Lisboa da época. Algumas destas mesmas subséries de fotografias revestem-se de um carácter eminentemente privado. Tal como as fotografias anteriores, que reportam momentos de convívio no decurso da investigação de campo, na época também estas não foram reveladas nem disponibilizadas para consulta dos investigadores que acediam à Fototeca do CEG-IGOT-ULisboa, mas constituem hoje um testemunho de primeira importância para a reconstituição das circunstâncias pessoais que enquadraram os seus autores.
Fig. 1 – Excursão em Portugal. Identificam-se, em primeiro plano, Raquel Soeiro de Brito e António Ribeiro; de pé, Nilo e Lysia Bernardes, Orlando Ribeiro, Pierre Gourou e Hélène Barrion. Fotografia de Francisco Tenreiro, 1958.
Fig. 1 – Geographical excursion in Portugal. Raquel Soeiro de Brito and António Ribeiro can be identified in the foreground; standing, Nilo and Lysia Bernardes, Orlando Ribeiro, Pierre Gourou and Hélène Barrion. Photography by Francisco Tenreiro, 1958.
Fonte: (Fototeca do CEG-IGOT-ULisboa FT-1958-I-0018)
Incorporação de originais
Aquando da preparação do volume dos Cadernos da Fototeca que dedicámos ao percurso de Raquel Soeiro de Brito – livro este que também teve a experiência de trabalho de campo em São Tomé e Príncipe como fio condutor (Giraldo Villamizar et al., 2021) –, tivemos oportunidade de nos aperceber do lugar central que o registo fotográfico em diapositivo tinha no próprio contexto familiar de Francisco Tenreiro, designadamente no regresso de cada uma das suas viagens de trabalho. Partimos dessa pista para investigar junto da família de Francisco Tenreiro a possível existência no arquivo de família de espécimes fotográficos que completassem aqueles custodiados até hoje na Fototeca do CEG e que acabámos de descrever. Graças à prestimosa colaboração dos herdeiros de Francisco Tenreiro, em finais de 2023 pudemos aceder a um conjunto de 506 diapositivos, distribuídos por sete caixas de diferentes formatos e com algumas indicações de conteúdo, ainda que as respectivas subséries estivessem frequentemente desalinhadas e a duplicação de muitas das numerações originais não facilitasse a reconstituição das sequências de acordo com as quais as fotografias foram tiradas (fig. 2).
Fig. 2 – Acomodação original dos diapositivos do Arquivo de Família de Francisco Tenreiro. Fotografia de Tatiana Fonseca, 2024. Figura a cores disponível online.
Fig. 2 – Original accommodation of slides from the Francisco Tenreiro Family Archive. Photography by Tatiana Fonseca, 2024. Colour figure available online.
Replicámos para este espólio particular o processo de reprodução digital aplicado às séries da Fototeca, tendo em vista a quantificação global dos diapositivos e a sua fixação dentro dos conjuntos correspondentes em termos cronológicos e geográficos. O deficiente estado de conservação de várias destas fotografias tornou difícil a resolução imediata de muitas das questões que se colocam à análise dos conteúdos. Por outro lado, a circunstância imposta pela organização da exposição para a BNSTP fez com que, num primeiro momento, centrássemos a atenção nos conjuntos de diapositivos associados ao trabalho de campo realizado por Tenreiro nas ilhas do Golfo da Guiné entre 1956 e 1958. Neste caso, foi possível proceder a uma primeira estimativa de 122 imagens tiradas nas ilhas de São Tomé, Príncipe e Fernando Pó, o que corresponde a pouco menos de 25% do total deste segundo grande conjunto fotografias que tivemos à nossa disposição (quadro I). Seja como for, as mesmas permitiram, em diversos casos, duplicar os registos correspondentes às fotografias a preto e branco existentes no espólio da Fototeca do CEG-IGOT-ULisboa.
Com isto, vemos comprovada uma prática corrente na época, que consistia em repetir deliberadamente as fotografias: enquanto os registos a preto e branco tinham uso privilegiado na edição de trabalhos científicos, os diapositivos garantiam o seu emprego em contexto de sala de aula ou em conferências (Oliveira, 2019). Na exposição inaugurada em fevereiro de 2024 em São Tomé demos a ver esta prática com alguns enquadramentos da cidade de São Tomé, tomados de diferentes perspectivas, como também era norma segundo o código visual que orientava a Geografia ensinada em Lisboa na época (Mendibil, 2008, 2019; Oliveira, 2024b) (fig. 3).
Quadro I - Tabela provisória do espólio de Francisco Tenreiro.
Table I – Provisional table of Francisco Tenreiro’s collection.
Fundo original da Fototeca |
Arquivo de Família de F. Tenreiro |
||||||||
Data |
Tipologia |
N.º de fotografias |
Tipologia |
N.º de fotografias |
|||||
1956 |
Fotografias p&b |
463 |
— |
— |
|||||
1957 |
Fotografias p&b |
309 |
Diapositivos a cores |
122 |
|||||
Diapositivos a cores |
2 |
— |
|
||||||
1958 |
Fotografias p&b |
32 |
Diapositivos a cores |
56 |
|||||
1959 |
— |
— |
Diapositivos a cores |
119 |
|||||
1960 |
— |
— |
Diapositivos a cores |
44 |
|||||
desc. |
Fotografias p&b |
71 |
Diapositivos a cores |
165 |
|||||
Totais |
— |
877 |
|
506 |
3a |
3b |
3c |
3d |
Fig. 3 – Fotografias realizadas no decurso do trabalho de campo de Francisco Tenreiro em São Tomé, 1956-1957. 3a e 3b bairro residencial ao longo da avenida marginal da cidade de São Tomé; 3c e 3d, interior do mercado de São Tomé. Figuras a cores disponíveis online
Fig. 3 – Photographs taken during Francisco Tenreiro’s fieldwork in São Tomé, 1956-1957. 3a e 3b, residential neighbourhood along the coastal avenue of the city of São Tomé. 3c e 3d, interior of the São Tomé market. Colour figures available online.
Fonte: (Fototeca do CEG-IGOT-ULisboa FT-1957-I-16, FT-AF-SNcx1-77, FT-1956-II-36 e FT-AF-SNcx1-31)
A oportunidade oferecida pela visualização do espólio fotográfico de Francisco Tenreiro que se encontrava à guarda da sua família permitiu-nos também constatar que este cobria algumas das principais viagens de trabalho que Tenreiro realizou até 1960, para além daquelas que acabámos de indicar, centradas no estudo do Golfo da Guiné. É o caso de um conjunto de cerca de 40 imagens referentes à viagem efectuada em 1958 à Etiópia, quando Francisco Tenreiro integrou a delegação portuguesa à Primeira Sessão da Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA), reunida em Addis Abeba. Outro tanto acontece com a subsérie que reporta a sua participação na VII Reunião da Conferência Internacional dos Africanistas Ocidentais (CIAO), que se realizou em Acra, no Gana, em 1959, sob a égide da Comissão de Cooperação Técnica na África a Sul do Sara (CCTA) – neste caso, trata-se de um conjunto de diapositivos que mais do que duplica as 35 fotografias a preto e branco referentes à mesma reunião que, entretanto, localizámos numa das séries não datadas da Fototeca.
No espólio fotográfico que a família de Francisco Tenreiro nos cedeu para análise e reprodução digital está também documentada a sua presença no IV Colóquio Internacional de Estudos Luso-Brasileiros, que decorreu em Salvador em 1959 e possibilitou a realização de uma excursão alargada pelo Recôncavo da Baía. Estas fotografias documentam ainda a participação de Tenreiro na delegação portuguesa à Segunda Sessão da CEA, realizada em Tânger em 1960, assim como a sua ida a Estocolmo, em agosto de 1960, por ocasião do XIX Congresso Internacional de Geografia (Tenreiro, 1961b; Amaral, 1963-1964; Brito, 1966). Neste último caso, não se trata de fotografias originais, mas de um conjunto de 12 diapositivos comprados, uma prática que também aparece repetida numa série de imagens de Roma. Fora isto, existem ainda fotografias realizadas por Tenreiro na Grécia e em diversas regiões do norte e sul de Portugal. Existe igualmente um pequeno conjunto de diapositivos de carácter familiar. Como atrás referimos, esta tipologia de imagens ajuda a iluminar o quotidiano do seu autor, completando, assim, para a esfera privada, tudo o que o restante espólio nos permite observar sobre a forma como a Geografia portuguesa em contexto de colonialismo tardio representada por Tenreiro estava profundamente imbricada numa densa teia de actores, redes de pesquisa, agências e fóruns de cooperação científica e técnica internacionais (Oliveira, 2022; Lérida Jiménez, 2024).
ORCID ID
Francisco Roque de Oliveira
https://orcid.org/0000-0002-5854-8971
Sandra Domingues
https://orcid.org/0009-0008-7579-8711
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Álvaro Barea Julve, Filipa Garcez Jardim, João Rodrigues, João Rosado, Maria João Raimundo e Telmo Pereira a colaboração prestada na digitalização e tratamento do espólio fotográfico de Francisco Tenreiro que está na base deste texto. À família de Francisco Tenreiro reiteramos o nosso particular agradecimento pela localização e cedência do espólio inédito que aqui descrevemos sumariamente e que completa o património fotográfico custodiado até hoje na Fototeca do CEG-IGOT-ULisboa.
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1Recebido: 20/11/2024. Aceite: 21/11/2023. Publicado: 25/11/2024.
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2 Centro de Documentação e Informação, Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal. E-mail: sandra.domingues@campus.ul.pt