Finisterra
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<p><span class="m_-2444256004570863675gmail-m_-5180113050507443613gmail-color_10">A Finisterra, editada desde 1966 pelo Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa (</span><a href="http://ceg.ulisboa.pt/" target="_blank" rel="noopener" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=http://ceg.ulisboa.pt/&source=gmail&ust=1496144760948000&usg=AFQjCNEby0DtTiySt_N3g7EsyC-3PfoOVw">CEG, Universidade de Lisboa</a><span class="m_-2444256004570863675gmail-m_-5180113050507443613gmail-color_10">), é a mais antiga e uma das principais revistas portuguesas de Geografia.</span> Publica textos inéditos dedicados à investigação em diversas vertentes da Geografia Física e Humana, Riscos ambientais, Planeamento Regional e Local, Ordenamento do Território, Desenvolvimento Regional e Local, Ciência da Informação Geográfica, entre outros. Enquanto plataforma privilegiada para investigadores/as jovens e seniores, bem como estudantes universitários/as e planeadores/as, publica em língua portuguesa, assim como em inglês, francês e espanhol. Na Finisterra, em cada artigo, estão incluídos o título, resumo e palavras-chave em quatro línguas, e títulos de figuras e quadros em dois idiomas. O controlo de qualidade dos manuscritos submetidos é efectuado através de um/a editor/a, uma comissão editorial e de uma dupla arbitragem por pares. Desde 2016 é publicada 3 vezes por ano (abril, agosto e dezembro). A Finisterra encontra-se indexada <span class="color_10"><a href="https://clarivate.com/webofsciencegroup/solutions/webofscience-esci/"><strong>Clarivate / Web of Science</strong></a> (Emerging Sources Citation Index – ESCI); <strong><a href="https://clarivate.libguides.com/webofscienceplatform/scielo">SciELO Citation Index</a></strong>; <strong><a href="https://www.scopus.com/home.uri">SCOPUS</a></strong>; <strong><a href="https://dbh.nsd.uib.no/publiseringskanaler/erihplus/">ERIH PLUS</a> </strong>(European Reference Index for the Humanities and the Social Sciences); <strong><a href="https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/veiculoPublicacaoQualis/listaConsultaGeralPeriodicos.jsf">WebQualis</a> </strong>(Capes); <strong><a href="https://www.scimagojr.com/">SCImago</a></strong>; <strong><a href="https://scielo.org/">SciELO – Scientific Electronic Library</a></strong>; <strong><a href="https://www.ebsco.com/">EBSCO</a> </strong>(Academic Search Complete); <strong><a href="https://doaj.org/">DOAJ</a> </strong>(Directory of Open Access Journals); <strong><a href="https://dialnet.unirioja.es/">Dialnet</a></strong>; <strong><a href="https://www.latindex.org/latindex/inicio">Latindex</a> </strong>(Sistema Regional de Información en Línea para Revistas Científicas de América Latina, el Caribe, España y Portugal); <strong><a href="https://www.redib.org/?lng=pt">REDIB</a> </strong>(Red Iberoamericana de Innovación y Conocimiento Científico); <strong><a href="https://v2.sherpa.ac.uk/romeo/">Sherpa/ROMEO</a></strong> (Journals database).</span></p>Centro de Estudos Geográficospt-PTFinisterra0430-5027<p>1. As opiniões expressas nos textos submetidos à Finisterra são da responsabilidade dos/as autores/as. </p> <p>2. Os/As autores/as conservam os direitos de autor/a e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" target="_blank" rel="noopener" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/&source=gmail&ust=1500721949753000&usg=AFQjCNEDqKdwMPrAiXD_eVCp7ep9nq5CbQ">Licença Creative Commons Attribution</a> que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</p> <p>3. Os/As autores/as comprometem-se a seguir as “<a href="https://revistas.rcaap.pt/finisterra/about/submissions#copyrightNotice" target="_blank" rel="noopener" data-content="http://revistas.rcaap.pt/finisterra/about/submissions#copyrightNotice" data-type="external">Normas para submissão de manuscritos</a>”, na plataforma RCAAP.</p> <p>4. Sempre que o texto precisar de sofrer alterações, por sugestão dos/as Revisores/as Científicos/as e/ou da Comissão Executiva, os/as autores/as comprometem-se a aceitar essas sugestões e a introduzi-las nas condições solicitadas. Sempre que houver alterações de que os/as autores/as discordem, devem ser apresentadas as respectivas justificações, caso a caso.</p> <p>5. A reprodução de material sujeito a direitos de autor/a foi antecipadamente autorizada.</p> <p>6. 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https://revistas.rcaap.pt/finisterra/article/view/39084
<p>A Fototeca do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa (CEG-IGOT-ULisboa) procedeu à recuperação integral do fundo fotográfico original de Francisco Tenreiro (1921-1963) depositado neste arquivo de ciência. Esta acção esteve associada à preparação da exposição <em>Francisco Tenreiro, geógrafo</em>, que a Fototeca organizou em colaboração com a Biblioteca Nacional de São Tomé e Príncipe, em 2024. Nesta oportunidade, localizou-se no Arquivo de Família de Francisco Tenreiro um conjunto de materiais fotográficos, maioritariamente obtidos em contexto de trabalho de campo, que foram integralmente digitalizados na Fototeca do CEG e integrados no espólio. O património fotográfico assim reunido abre novas perspectivas para o estudo do percurso e da obra científica de Francisco Tenreiro e permite antever novos usos e formas de difusão destes materiais.</p>Francisco Roque de OliveiraSandra Domingues
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2024-11-252024-11-2559127e39084e3908410.18055/Finis39084A TRANSFORMAÇÃO DA PAISAGEM ATRAVÉS DA LEITURA DE DUAS OBRAS DE ÁLVARO DOMINGUES
https://revistas.rcaap.pt/finisterra/article/view/36597
<p>A escrita de Álvaro Domingues adquire em A Rua da Estrada (2009) e a Vida no Campo (2012) uma singular perscrutação sobre as recentes metamorfoses da sociedade e do território portugueses. Isto significa que a escrita deste autor é, no modo que importa aqui tratar, de uma outra ordem, quando comparada com um convencional discurso académico.<br />Mas não se pense que os textos que integram estes dois ensaios não representam um importante contributo para uma expandida problematização em torno dos domínios eleitos de investigação deste geógrafo, nomeadamente aqueles que refletem criticamente sobre a transformação e a vocação polissémica da paisagem no presente próximo. Pelo contrário, o seu discurso revela-se inovador e incisivo nos trajetos questionadores que nos propõe, sobretudo ao premiar a emergência de novos paradigmas da Geografia, que ganham conforto nas Geografias da perceção e no estudo do espaço vivido, e que parecem contrariar um carácter excepcionalista que tende a sustentar o discurso paisagístico</p>Aquilino Machado
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2024-10-152024-10-1559127e36597e3659710.18055/Finis36597NOVOS ESPAÇOS URBANOS: TEORIA URBANA E A QUESTÃO DA ESCALA POR NEIL BRENNER
https://revistas.rcaap.pt/finisterra/article/view/36364
<p>Pode ser um pensamento comum, mas não há dúvida de que os espaços urbanos e as cidades estão passando por transformações muito significativas hoje. O desafio da reestruturação urbana afeta praticamente todo o espaço global, especialmente grandes metrópoles, mas também cidades em uma escala intra-urbana. É um processo indiscutivelmente associado à produção capitalista do espaço, realizada em múltiplas escalas e dimensões. Em “Novos Espaços Urbanos: Teoria Urbana e a Questão da Escala”, Brenner (2019) afirma que, para compreender essas mudanças, precisamos de uma renovação conceitual e metodológica que aspire a uma compreensão total, holística e integrada do fenômeno urbano, desde o tecido socioeconômico do espaço urbano em sua microescala, até a macroescala dos processos transnacionais que alimentam a produção capitalista do espaço urbano.<br />Neil Brenner nos apresenta a perspectiva da teoria urbana crítica sobre o processo de urbanização, que estamos testemunhando hoje em nível global, ao mesmo tempo em que revisa as bases epistemológicas, teóricas-conceituais e metodológicas dessa abordagem à luz das condições contemporâneas do século XXI. A obra é estruturada em dez capítulos, cada um explicando o melhor do estado da arte do pensamento do Professor de Planejamento Urbano e Regional de Harvard, para guiar a reflexão em torno das questões da urbanização capitalista e da teoria urbana crítica, cuja breve análise aqui decidimos estruturar em dois eixos fundamentais e transversais ao trabalho do autor: teoria urbana crítica e a lógica de reescalonamento.</p>Luis Mendes
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2024-10-152024-10-1559127e36364e3636410.18055/Finis36364DIPLOMACIA CULTURAL Y DEPORTIVA. NUEVOS CONCEPTOS Y HORIZONTES:
https://revistas.rcaap.pt/finisterra/article/view/36633
<p>O cãmpeonãto do Mundo de Futebol de 2030 serã reãlizãdo pelã primeirã vez em seis pãí ses e tre s continentes. Um se culo ãpo s o primeiro cãmpeonãto mundiãl, Espãnhã, Portugãl e Mãrrocos embãrcãm nã orgãnizãçã o tripãrtidã de um dos eventos desportivos mãis importãntes ã ní vel globãl. Estã colãborãçã o e reãlizãdã em comemorãçã o ão centenã rio dã competiçã o, contãndo tãmbe m com ã pãrticipãçã o, simbo licã e inãugurãl, de Argentinã, Pãrãguãi e Uruguãi. Neste contexto, 22 ãutores de diversãs disciplinãs, coordenãdos por Hãssãn Arãbi dã Universidãde Mohãmed I de Nãdor e Azeddine Ettãhri dã Universidãde Mohãmed V de Rãbãt, elãborãrãm, em 2024, um ensãio conjunto, intitulãdo Diplomacia cultural y deportiva: nuevos conceptos y horizontes, que oferece umã explorãçã o profundã dã diplomãciã desportivã. Prefãciãdo por Mohãmed Mehdi Bensãid, ministro dã Juventude, Culturã e Comunicãçã o do Mãrrocos, ã presente obrã ãnãlisã os interesses e perspetivãs cruzãdãs que surgem entre os tre s pãí ses orgãnizãdores, que se tornãm um nexo vitãl e umã zonã de trã nsito entre ã Europã e ã A fricã. Este trãbãlho ãcãde mico mergulhã nãs complexidãdes e oportunidãdes que ã colãborãçã o entre essãs nãço es ãpresentã, destãcãndo como o desporto pode servir como umã ferrãmentã estrãte gicã nã diplomãciã e nãs relãço es internãcionãis, promovendo o entendimento e ã cooperãçã o entre culturãs diversãs.</p>Alfonso Vázquez-Atochero
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2024-11-122024-11-1259127e36633e3663310.18055/Finis36633DEFINIÇÃO DAS ÁREAS PROPENSAS À INUNDAÇÃO EM ESTRELA E LAJEADO/RS COM USO DE MODELO HIDRÁULICO 2D DO IBER
https://revistas.rcaap.pt/finisterra/article/view/35402
<p>No Rio Grande do Sul/Brasil, muitas cidades são afetadas frequentemente por inundações, onde Estrela e Lajeado são exemplos. A utilização de modelos hidráulicos 2D auxiliam na identificação das manchas e das cotas de inundação. Neste contexto, os objetivos deste trabalho são: i) definir as áreas inundáveis e altura da água nas áreas urbanas de Estrela e Lajeado com base num modelo hidráulico 2D, ii) identificar o número de edificações e tipos de uso e cobertura expostos e iii) validar os resultados com trabalho de campo e histórico de inundações passadas. Os dados hidráulico basearam-se no trabalho de Oliveira et al. (2018) e o processamento do modelo hidráulico ocorreu no IBER 2.5.1. A validação do modelo deu-se por meio da comparação dos resultados com outro modelo hidráulico e dados de campo. Os dados indicaram uma satisfatória similaridade do modelo hidráulico 2D obtido com o IBER, tanto com os dados divulgados pelo IPH/UFRGS, com uma sobreposição espacial de 92,6% e 95,9% em Estrela e Lajeado, respetivamente. Os resultados permitiram quantificar de forma expedita as edificações, verificando-se que Lajeado possui 1958 e Estrela 3385 construções expostas, além dos tipos de uso e cobertura da terra que estão localizados em porções inundáveis do rio Taquari-Antas nas áreas urbanas dos dois municípios. Este trabalho contribui para a gestão da emergência e da resposta aos eventos de inundações. O modelo 2D gerado no IBER se mostrou uma opção adequada ao planejamento estratégico e apresenta-se como uma ferramenta para a redução dos danos e perdas gerados por eventos de inundação.</p>Anderson Augusto Volpato SccotiCarlos Valdir de Meneses BateiraLuis Eduardo de Souza RobainaSusana PereiraRomario Trentin
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2024-10-152024-10-1559127e35402e3540210.18055/Finis35402REVITALIZAÇÃO URBANA EM KASHAN, IRÃO:
https://revistas.rcaap.pt/finisterra/article/view/34826
<p>Após décadas de deterioração gradual dos edifícios nos bairros históricos do centro da cidade de Kashan, Irão, muitos edifícios históricos foram agora reconvertidos em instalações turísticas. Este artigo examina os vários atores e fatores que contribuíram para a revitalização urbana dos bairros históricos de Kashan. Utilizando a teoria da assemblagem, este artigo constrói uma explicação relacional, múltipla e multiescalar do processo de mudança urbana. Em vez de depender da compreensão convencional encontrada na maioria dos estudos existentes sobre gentrificação, o objetivo deste estudo foi oferecer uma interpretação localizada dos processos de transformação urbana. Os resultados da pesquisa demonstram que assemblagens de fatores humanos e não humanos estão a moldar e a remoldar o centro histórico de Kashan. Além disso, os resultados sugerem que as transformações dos bairros históricos de Kashan não são apenas o resultado de um único processo; em vez disso, múltiplos processos urbanos estão a ocorrer simultaneamente dentro e fora dos bairros históricos. Estes processos incluem a conservação do património (ou requalificação), a modernização dos incumbentes, formas suaves de revitalização, fases iniciais da gentrificação turística, bem como a suburbanização e a expansão urbana. Estas dinâmicas são influenciadas por uma variedade de fatores a níveis político, económico, cultural e de alterações legislativas, operando às escalas local, nacional e global. Sugerimos que a abordagem da assemblagem pode ser aplicada de forma eficaz para estudar transformações urbanas em cidades não ocidentais.</p>Naimeh RezaeiJordi Nofre
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2024-10-152024-10-1559127e34826e3482610.18055/Finis34826ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA PELOS MÉTODOS DE HARGREAVES-SAMANI E PENMAN-MONTEITH EM AMBIENTE MEDITERRÂNEO (PORTUGAL)
https://revistas.rcaap.pt/finisterra/article/view/33850
<p>Estimar com precisão a evapotranspiração de referência (ETo) é fundamental para avaliar as necessidades hídricas das culturas, apoiar programas de irrigação, estudos de alterações climáticas e muitas aplicações de análise e mapeamento. Sempre que faltam dados para o cálculo da ETo pelo método de Penman-Monteith (PM), a FAO-UNESCO aconselha a utilização do método de Hargreaves-Samani (HS). Estes dois métodos foram avaliados para a estimativa da ETo em 20 localidades distribuídas pelo território português. Para o efeito foram usados dados mensais normais (1971-2000) e os dados mensais e diários de dois anos (2019 e 2020). As estimativas mensais e diárias de ETo obtidas pelo método HS foram muito boas preditoras das obtidas pelo método de referência (método PM), mesmo quando as regressões lineares foram forçadas a passar pela origem. Ainda assim, as correlações foram sempre melhores com os dados mensais (R2≥0,97) do que com os dados diários (R20,90). Estes resultados tornam a equação HS fácil de calibrar, independentemente da base de tempo utilizada. Os valores corrigidos do coeficiente de ajustamento (Krs) dependem mais dos valores médios anuais da velocidade do vento speed (𝑉𝑎̅) ou da amplitude térmica (𝑇𝐴𝑎̅̅̅̅̅) que da altitude. Foram também obtidas boas correlações (R2 0.80) quando os valores de Krs foram correlacionados com pares de 𝑇𝐴𝑎̅̅̅̅̅ e 𝑉𝑎̅, permitindo a calibração da equação HS em função destas variáveis (regressão múltipla). Esta abordagem pode ser útil na calibração local da equação de HS sempre que se substitui o método PM.</p>José Alexandre AndradeRaquel Ventura
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2024-10-222024-10-2259127e33850e3385010.18055/Finis33850A ENCRUZILHADA ENTRE O DIREITO À CIDADE E AS SMART CITIES:
https://revistas.rcaap.pt/finisterra/article/view/36041
<p>Com o crescente debate sobre o uso de tecnologias e dados na gestão urbana, torna-se essencial identificar o lugar que o Direito à Cidade ocupa nesta discussão. O Direito à Cidade Inteligente representa um desafio no processo de urbanização contemporânea, destacando a importância de questionar a quem servem as tecnologias e os dados, e até que ponto beneficiam a sociedade como um todo. Este artigo examina o conjunto de investigações sobre os conceitos de Cidade Inteligente e Direito à Cidade no campo das Ciências Sociais, com base em dados bibliográficos extraídos da base Scopus entre os anos de 2010 a 2023, com um sistema de busca por palavras-chave em inglês . O objetivo é analisar as conexões inerentes entre estes referenciais teóricos e outros temas de pesquisa. Os resultados foram analisados com o software VOSviewer, gerando mapas e gráficos que revelam que as contribuições relacionando Cidade Inteligente e Direito à Cidade estão concentradas em um grupo pouco diversificado de pesquisadores, localizados principalmente em centros de pesquisa nos Estados Unidos e na Europa. Embora mencionem a necessidade de uma abordagem centrada no cidadão, estas investigações mostram que as experiências realizadas em diversas cidades do mundo muitas vezes excluem o Direito à Cidade, perpetuando a funcionalidade da cidade inteligente dentro de uma visão dominante de acumulação de capital.</p> <p> </p> <p> </p>María Emilia EstradaAldenilson CostaDorota Sikora-Fernandez
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2024-10-222024-10-2259127e36041e3604110.18055/Finis36041QUEBRAS NA CONTINUIDADE DO ESPAÇO PÚBLICO:
https://revistas.rcaap.pt/finisterra/article/view/34806
<p>As condições fundadoras do público (des)limitam o seu âmbito de ação e interpelação. Ao longo do tempo, numerosos grupos problematizaram este quadro e tentaram reformular a sua inserção nele através de ações coletivas. Para explorar as suas inconsistências, alternativas e pontos de fuga, toma-se o vetor género. Após descrever o regime público, a pesquisa passa para o espaço público, que, como extensão territorializada da esfera pública, apresenta na sua concepção clássica as mesmas limitações do público. Na tentativa de ir além desse espaço público institucional, grupos e movimentos sociais criaram os seus próprios espaços, como altifalantes e locais para se tornarem visíveis. O artigo centra-se na forma como os Centros Sociais, enquanto experiências espaciais e infraestruturais, reinventam o encontro público ao produzir um espaço público. Para isso, investiga-se a dissidência praticada pelo projeto feminista La Eskalera Karakola e o desafio que lançam contra o espaço público atual e a inserção das mulheres nesse espaço público e, portanto, na esfera pública. Em suma, o artigo lança uma reflexão que contribui para o debate sobre o espaço público e os seus possíveis múltiplos significados.</p>Aritz Tutor Anton
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2024-10-292024-10-2959127e34806e3480610.18055/Finis34806“SOL, PRAIA, MAR, VENTO E TRABALHO”:
https://revistas.rcaap.pt/finisterra/article/view/36741
<p>O turismo é uma atividade estratégica na economia devido às suas especificidades, com capilaridades em outras atividades económicas, tornando-se uma a peça-chave para o desenvolvimento regional. Assim, este artigo examina a dinâmica dos setores turísticos específicos dos municípios costeiros (litoral Leste e Oeste) do Estado do Ceará que contribuiram para o crescimento ou declínio do emprego formal entre 2010 e 2019. A metodologia é baseada na aplicação do método <em>Shift-Share</em> (diferencial-estrutural) e do Quociente Locacional para empregos e vínculos formais dos setores turísticos dos municípios costeiros (Amontada, Aracati, Beberibe, Fortim e Icapuí). Os resultados mostraram efeito líquido negativo para Icapuí, enquanto os demais obtiveram efeito líquido positivo, indicando que o crescimento do emprego formal pode ser atribuído à dinâmica do setor ou à vantagem competitiva locacional. Além disso, o Quociente Locacional revelou a existência de aglomeração produtiva nos setores turísticos dos municípios. Desta maneira, conclui-se a necessidade de debates estratégicos no âmbito das políticas públicas, de modo a impulsionar o desenvolvimento regional com base nos aglomerados produtivos existentes nas regiões.</p>FRANCISCO LAERCIO PEREIRA BRAGADavis Pereira de Paula
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2024-11-132024-11-1359127e36741e3674110.18055/Finis36741VIABILIDADE DE CONVERSÃO DOS ESPAÇOS VERDES DE 48 CAMPUS HOSPITALARES EM PORTUGAL EM JARDINS TERAPÊUTICOS, BASEADO NA SUA USABILIDADE, COBERTURA ARBÓREA E PROXIMIDADE
https://revistas.rcaap.pt/finisterra/article/view/37027
<p>Os Jardins Terapêuticos são espaços verdes focados na cura mental e física, proporcionando ainda bem-estar. Estes espaços verdes podem constituir uma importante extensão do espaço hospitalar, complementando-o, ou até acrescentando-lhes novas funcionalidades. O presente artigo pretende contribuir para avaliar a possibilidade de converter espaços verdes e áreas permeáveis em 48 <em>campus </em>hospitalares públicos portugueses em para Jardins Terapêuticos através da 1) usabilidade atual dos espaços verdes, de forma a avaliar se os espaços verdes existentes possuem estruturas, mobiliário, etc., que permitam a sua utilização; 2) existência de cobertura arbórea nos espaços verdes, uma vez que esta é estrutural e permite obter um jardim adulto com maior celeridade e 3) proximidade a edifícios hospitalares, uma vez que os acessos diretos se tratam de um requisito dos Jardins Terapêuticos. Conclui-se haver falta de espaços verdes que permitam a utilização direta por parte dos pacientes e falta de cobertura arbórea na maioria dos <em>campus </em>hospitalares, o que implicará um maior esforço na sua eventual reconversão. Por outro lado, os espaços verdes e a cobertura arbórea existentes localizam-se próximos dos edifícios hospitalares, o que é favorável. É ainda notória a falta de especificações para a construção de Jardins Terapêuticos, principalmente para hospitais especializados para crianças ou idosos e para a avaliação da qualidade dos espaços verdes dos <em>campus </em>hospitalares.</p>Bruno Gonçalves MartinsFrederico Meireles Rodrigues
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2024-11-182024-11-1859127e37027e3702710.18055/Finis37027O PATRIMÓNIO ARQUEOLÓGICO COSTEIRO EM ÁREAS DE GALGAMENTO E EROSÃO SEDIMENTAR EM PORTUGAL:
https://revistas.rcaap.pt/finisterra/article/view/36569
<p>As áreas costeiras desempenham um papel vital na compreensão da história e da cultura das comunidades passadas. No entanto, estas áreas de importância arqueológica são frequentemente submetidas a ameaças naturais, como o galgamento e a erosão sedimentar, que colocam em risco a preservação de estruturas e vestígios. O avanço do mar e o movimento de sedimentos costeiros são processos naturais que possuem implicações na conservação dos espaços com indícios de ocupação humana. A somar a este processo dinâmico que acarreta preocupações com a manutenção e salvaguarda dos sítios, acrescem os ritmos acelerados do impacto das mudanças climáticas que têm intensificando os desafios enfrentados. O projeto Coastline, desenvolvido pelo Laboratório de Arqueologia e Conservação do Património Subaquático, do Instituto Politécnico de Tomar, realizou um conjunto de análises para apuramento da relevância e extensão deste tipo de problema ao longo da costa portuguesa. Esta análise não concluiu apenas a fragilidade destes locais, como também ressalta a urgência de implementar estratégias eficazes de preservação e gestão. Este artigo propõe-se a apresentar os principais resultados obtidos com o entrosamento entre os dados provenientes da Agência Portuguesa do Ambiente, onde são identificadas várias áreas de alto risco de transformações nos próximos anos e os registos de sítios arqueológicos que, ao longo dos anos, têm sido integrados na base de dados Endovélico do Património Cultural – Instituto Público.</p> <p> </p> <p> </p> <p> </p>Alexandra Águeda de FigueiredoSarah Martinville
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2024-12-042024-12-0459127e36569e3656910.18055/Finis36569FLUXOS MIGRATÓRIOS DENTRO DE UM NORTE GLOBAL FRAGMENTADO:
https://revistas.rcaap.pt/finisterra/article/view/35692
<p>O debate sobre migrações e desenvolvimento tem-se centrado no Sul Global, sustentando uma divisão rígida entre um "Norte Global desenvolvido" e um "Sul Global subdesenvolvido." Este artigo questiona esta dicotomia alargando a discussão ao Norte Global. Argumenta-se que a manutenção da divisão Norte-Sul ignora os efeitos do capitalismo global no Norte, onde o desenvolvimento desigual e as migrações intra-regionais também são fenómenos recorrentes. Ao examinar os processos de reterritorialização e reestruturação neoliberal, particularmente dentro da União Europeia (UE), evidencia-se como os fluxos migratórios dentro da UE são expressões do desenvolvimento desigual entre os seus estados-membros. Com base na análise de indicadores económicos e da dinâmica dos fluxos migratórios, apresentam-se as contradições do capitalismo global e defende-se a inclusão do Norte no debate sobre o nexo migrações-desenvolvimento. A discussão enfatiza a necessidade urgente de investigação crítica que explore os efeitos das migrações no desenvolvimento, tanto ao nível nacional como regional, dentro da UE.</p>Maria Teresa Pinto da Silva e Conceição SantosMaria Lucinda FonsecaJorge Macaísta Malheiros
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2024-12-042024-12-0459127e35692e3569210.18055/Finis35692