Exotropia Intermitente: “Do sucesso cirúrgico à necessidade de reintervenção a longo prazo”

Autores

  • Diana Cristóvão Interno do Internato Complementar de Oftalmologia no Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
  • Raquel Seldom Assistente Hospitalar de Oftalmologia no Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
  • Maria de Lourdes Vieira Chefe de Serviço de Oftalmologia no Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto

DOI:

https://doi.org/10.48560/rspo.6148

Palavras-chave:

Exotropia Intermitente, recorrência, insuficiência de convergência, sucesso cirúrgico.

Resumo

Objectivo: Analisar as características da exotropia intermitente- X(T) em 6 doentes e as parti- cularidades que se relacionam com a recorrência da exotropia nesses mesmos doentes. Material e Métodos: Estudo retrospetivo de 6 doentes do IOGP com o diagnóstico de X(T), que foram operados pela primeira vez entre os 3 e os 10 anos de idade e que necessitaram de uma segunda intervenção na idade da adolescência, por aparecimento de uma exotropia recor- rente. A propósito destes casos clínicos exemplificativos avaliaram-se: idade do diagnóstico, características motoras e sensoriais do exodesvio, procedimento cirúrgico efetuado, resultado pós-operatório, reintervenção cirúrgica efetuada e resultados pós segunda cirurgia. Resultados: A idade média do diagnóstico da X(T) foi: 3.5 anos; A idade média aquando da primeira cirurgia foi: 7 anos. Na avaliação motora pré-operatória, o valor do desvio médio para perto foi: 16 DP BInt; o valor do desvio médio para longe foi: 31 DP BInt. Relativamente à ava- liação sensorial pré-operatória da primeira cirurgia: a maioria apresentou supressão intermitente para longe. O procedimento cirúrgico mais frequentemente realizado na primeira intervenção foi: ansa de recto externo bilateral. O intervalo de tempo médio entre a primeira cirurgia e a idade do diagnóstico da exotropia recorrente foi: 10 anos; o procedimento cirúrgico mais frequentemente realizado na segunda intervenção foi: encurtamento de recto interno unilateral. Na avaliação motora pós-operatória relativa à segunda cirurgia, o valor do desvio médio para perto foi: 0 DP; o desvio médio para longe foi: 1 DP BInt. Relativamente à função sensorial 6 meses pós-operatório da segunda cirur- gia: a maioria apresentou fusão. Conclusões: O sucesso cirúrgico de uma X(T) deverá ser relativizado, uma vez que depende do intervalo de tempo considerado. Mesmo após a sua correção sensorio-motora, pode verificar-se a longo prazo a instalação de uma exotropia com ou sem padrão de insuficiência de convergência.

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Como Citar

Cristóvão, D., Seldom, R., & Vieira, M. de L. (2014). Exotropia Intermitente: “Do sucesso cirúrgico à necessidade de reintervenção a longo prazo”. Revista Sociedade Portuguesa De Oftalmologia, 37(4). https://doi.org/10.48560/rspo.6148

Edição

Secção

Comunicações Curtas e Imagens em Oftalmologia