A MORFOLOGIA ENDOTELIAL E A ESPESSURA CENTRAL DA CÓRNEA EM IDADE PEDIÁTRICA -ANEXOS

Autores

  • Joana Cardigos Centro Hospitalar de Lisboa Central
  • Guilherme Neri Centro Hospitalar de Lisboa Central
  • Sara Crisóstomo Centro Hospitalar de Lisboa Central
  • Ana Paixão Centro Hospitalar de Lisboa Central
  • Mariza Martins Centro Hospitalar de Lisboa Central
  • Margarida Marques Centro Hospitalar de Lisboa Central
  • Alcina Toscano

DOI:

https://doi.org/10.48560/rspo.10169

Palavras-chave:

microscopia especular, paquimetria, densidade celular endotelial, coeficiente de variação, percentagem de células hexagonais

Resumo

INTRODUÇÃO:

A microscopia especular é habitualmente utilizada no estudo da patologia da  superfície ocular. Todavia, a análise celular endotelial é essencial para determinar a sua variação ao longo da vida.

O objectivo deste estudo é a avaliação da morfologia endotelial e espessura central da córnea (ECC) em crianças saudáveis entre os 5 e os 15 anos, avaliando a sua variação segundo a idade.

MÉTODOS:

Estudo de coorte prospectivo de 40 olhos de 40 crianças saudáveis, divididos em dois grupos. O grupo 1 formado por 20 crianças entre os 5-9 anos; o grupo 2 formado por 20 crianças entre os 10-15 anos. A densidade celular endotelial (DCE), o coeficiente de variação (CV) e a percentagem de células hexagonais (HEX) foram avaliados por microscopia especular de não contacto. A ECC foi avaliada por tomografia de segmento anterior.

RESULTADOS:

A DCE é maior no grupo 1 (2906.05 ± 344.91 cel/mm2) comparativamente ao grupo 2 (2597.89 ± 276.61 cel/mm2), (p= 0.003). Não foram encontradas diferenças paquimétricas significativas entre o grupo 1 (556.35 ± 29.03 μm) e o grupo 2 (537.90 ± 29.22 μm). A DCE correlacionou-se negativamente com a idade (r=-0.438 e p=0.005) e a percentagem de células hexagonais correlacionou-se negativamente com o CV (r= - 0.345; p= 0.029).

CONCLUSÃO:

A DCE diminui com o aumento da idade em crianças saudáveis.  Não se verificaram variações significativas da CV, HEX e da ECC entre os dois grupos etários.

Salienta-se a importância dos dados obtidos como base normativa e a sua relevância para estudo da patologia da superfície ocular na criança.

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Publicado

2018-03-01

Como Citar

Cardigos, J., Neri, G., Crisóstomo, S., Paixão, A., Martins, M., Marques, M., & Toscano, A. (2018). A MORFOLOGIA ENDOTELIAL E A ESPESSURA CENTRAL DA CÓRNEA EM IDADE PEDIÁTRICA -ANEXOS. Revista Sociedade Portuguesa De Oftalmologia, 41(4), 79–85. https://doi.org/10.48560/rspo.10169

Edição

Secção

Artigos Originais