Efeito da prática continuada do regadio sobre o complexo de troca do solo

Autores

  • J. M. Nunes
  • A. López-Piñeiro
  • J. P. Coelho
  • S. Dias
  • C. Silva
  • J. P. Trigueros
  • A. Muñoz

DOI:

https://doi.org/10.19084/rca.15679

Resumo

Tendo como principal objectivo a análise das alterações provocadas no complexo de troca do solo pela prática continuada do regadio, recolhemos, de forma georeferenciada, nos 12400 ha que constituem o Perímetro de Rega do Caia e áreas imediatamente adjacentes (situado nos Municípios de Elvas e Campo Maior, distrito de Portalegre, Portugal), 14280 amostras da camada superficial do solo (0-20 cm), as quais, depois de misturadas 10 a 10 de forma a que cada amostra compósita representasse 11,1 ha, foram analisadas no que respeita à composição do complexo de troca do solo e à capacidade de troca catiónica (CTC). Com recurso a software apropriado (sistemas de informação geográfica – SIG), foi possível relacionar individualmente as amostras de solo analisadas com o sistema cultural (sequeiro, menos de 15 anos em regadio, entre 15 e 25 anos em regadio e mais de 25 anos em regadio) e com o grupo de solos presente (Regossolos, Cambissolos, Vertissolos, Calcissolos, Luvissolos e Fluvissolos), sendo então possível analisar a influência do sistema cultural no complexo de troca do solo e a forma como os diferentes grupos de solos eram influenciados pelo regadio. Com excepção dos Vertissolos, os resultados obtidos confirmam um decréscimo generalizado dos valores da capacidade de troca catiónica, soma de bases de troca e grau de saturação em bases e um aumento do teor de sódio de troca nos solos explorados em regadio, que tende a agravar-se ao longo do tempo, pelo menos nos primeiros 30 anos desta prática.

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Publicado

2018-11-21

Edição

Secção

Geral