Novas linguagens e sociabilidades: como uma juventude vê novas tecnologias

Authors

  • Carlos Ângelo de Meneses Sousa Cátedra UNESCO de Juventude, Educação e Sociedade, Universidade Católica de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.25755/int.452

Keywords:

Juventude, Tecnologia, Sociabilidade, Educação.

Abstract

O trabalho apresenta as visões de jovens universitários sobre as novas tecnologias, especialmente a Internet, e sua relação com o desenvolvimento de uma sociedade democrática. Os dados da pesquisa foram coletados a partir de postagens em um fórum virtual, com a participação de 38 jovens do curso de Ciência da Informação, na modalidade de ensino presencial, de uma instituição de educação superior privada do Distrito Federal do Brasil, no ano de 2008.  A leitura das postagens nos permitiu constatar que para esses jovens as novas tecnologias, especialmente a Internet, são uma realidade irreversível na vida contemporânea, não obstante apresentarem aspectos contraditórios para a construção de relações sociais justas e igualitárias em vista da democracia. Os dados mostram um posicionamento que vê na sociabilidade virtual e suas linguagens formas de interações passageiras, frágeis e descartáveis e novas formas de exclusão e preconceitos, em suma, geralmente negativas; por outro lado, os dados patenteiam uma visão otimista, de possibilidade de personalização, ampliação dos contatos com o Outro, e o destaque à sua dimensão utilitária, prática, ágil e de acesso direto. Tais visões têm notórias implicações na vida social juvenil contemporânea, com a criação de novas linguagens, sociabilidades e interesses, explicitando o fato de que, historicamente, o conhecimento e a tecnologia têm sido um trampolim para o acesso ao poder e ao seu exercício, democrático ou não.

Published

2011-04-07

How to Cite

Sousa, C. Ângelo de M. (2011). Novas linguagens e sociabilidades: como uma juventude vê novas tecnologias. Interacções, 7(17). https://doi.org/10.25755/int.452

Issue

Section

Number 17 - The school and young people languages: resistance or openness to new possibilities? (II)