Os Sistemas de Classificação em Psiquiatria em Fase de Crise? Foco no DSM-5

Autores

  • Maria Luísa Figueira Clínica de Psiquiatria e Psicologia, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.25752/psi.14736

Palavras-chave:

Sistemas de Classificação, Validade, Psiquiatria.

Resumo

A história das classificações psiquiátricas norte-americanas ilustra o percurso classificatório que se iniciou nos anos 60 a partir do caos em que estava imersa a questão do diagnóstico. Os dois primeiros sistemas (DSM-I e DSM-II) estavam influenciados pela escola psicoanalítica. Após a introdução do DSM-III em 1980 emergiu o paradigma neo-Kraepeliniano e o modelo médico de doença. Apesar de ter introduzido um maior rigor na definição e descrição das entidades nosológicas, revelou as suas limitações em termos da validade. As criticas a este paradigma levaram à argumentação de que o sistema classificativo mostrava sintomas de crise num sentido Kuhniano e, por este motivo poderia ter chegado o momento de uma revolução paradigmática. A revisão do DSM-IV e a implementação do DSM-5 em 2013 mostraram que este objectivo é, por enquanto, inalcançável. O resultado final é um sistema “híbrido” que já demonstrou a sua vulnerabilidade tal o nível de crítica e refutação em curso.

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Publicado

2018-07-02

Edição

Secção

Actas