Revista Portuguesa de Educação
https://revistas.rcaap.pt/rpe
<p>A Revista Portuguesa de Educação (RPE) é uma publicação contínua do Centro de Investigação em Educação (<a href="http://www.cied.uminho.pt" target="_blank" rel="noopener">CIEd</a>) da Universidade do Minho (<a href="https://www.uminho.pt" target="_blank" rel="noopener">UMinho</a>).</p> <p>A revista tem como objetivos:</p> <p>a) difundir conhecimento original e atual na área da Educação;</p> <p>b) fomentar e facilitar o desenvolvimento de redes científicas nacionais e internacionais capazes de contribuir para o avanço do conhecimento nessa área.</p>Instituto de Educação - Universidade do Minhopt-PTRevista Portuguesa de Educação0871-9187<p>1. Autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="https://mail.uminho.pt/owa/redir.aspx?C=2QUSnQabVEa9r1oyvDO0o11jqjIiL9QI_CsCtBogrnWPUkg2NIIy-C0epIwdH2XDxOGPXFycihU.&URL=http%3a%2f%2fcreativecommons.org%2flicenses%2fby%2f3.0%2f" target="_blank" rel="noopener">Licença Creative Commons Attribution <em>4.0 CC-BY-SA</em></a> que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista;</p> <p>2. Autores e autoras têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: depositar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;</p> <p>3. Autores e autoras têm permissão e são estimulado/as a publicar e distribuir o seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja <a href="http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html">O Efeito do Acesso Livre</a>).</p> <p><br /><a href="http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/" rel="license"><img style="border-width: 0px;" src="https://i.creativecommons.org/l/by-sa/4.0/88x31.png" alt="Licença Creative Commons" /></a></p> <p id="tw-target-text" class="tw-data-text tw-ta tw-text-small" dir="ltr" style="height: 96px; text-align: left;" data-fulltext="" data-placeholder="Tradução"><span lang="pt">Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição Compartilhamento pela mesma Licença Internacional 4.0</span></p>Níveis de consciência histórica e tratamento de questões controversas em ambientes digitais: Um estudo de caso com futuros professores do Ensino Secundário espanhol
https://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/27835
<p>O objetivo desta investigação é descobrir, por um lado, os níveis de conhecimento histórico dos futuros professores do Ensino Secundário Espanhol (<em>n</em> = 61) em redes sociais/ambientes virtuais. Por outro lado, pretende abordar as representações do passado presente-futuro construídas por futuros professores nestes espaços, e interpretar as relações entre os seus níveis de consciência histórica e a sua interação com questões controversas com base nas suas próprias narrativas sociais (<em>n</em> = 169). O estudo segue uma abordagem qualitativa-dedutiva, a fim de testar a transferibilidade teórica dos níveis de consciência histórica de Rüsen para o contexto específico de uma universidade espanhola. Os resultados obtidos mostram, sobretudo, níveis exemplares e críticos de consciência histórica, com pouca variação entre as dimensões analisadas (pandemia global pela COVID-19 e saúde pública; memória histórica, identidades nacionais, crises migratórias e identidades de exclusão; identidades sexuais e de género e identidades de exclusão). Pode-se concluir que o trabalho sobre questões controversas, geradas em ambientes virtuais, na formação de professores poderia melhorar a aquisição de conceitos de terceira ordem, tais como a consciência histórica, permitindo aos futuros professores abordar com sucesso questões socialmente vivas na sala de aula de uma forma transversal e interdisciplinar.</p>Delfín Ortega-SánchezCésar Barba AlonsoBruno P. Carcedo de Andrés
Direitos de Autor (c) 2024 Delfín Ortega-Sánchez, César Barba Alonso, Bruno P. Carcedo de Andrés
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2024-07-252024-07-25372e24021e2402110.21814/rpe.27835Os estilos educativos parentais e o funcionamento familiar numa amostra de adolescentes
https://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/23809
<p>Esta investigação pretende explorar a perceção dos adolescentes sobre os estilos educativos parentais e o funcionamento familiar. A amostra foi constituída por 365 participantes, 213 do sexo feminino e 152 do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 15 e os 20 anos. Os instrumentos utilizados foram o <em>Questionários dos Estilos Educativos Parentais </em>(QEEP) e a <em>Systemic Clinical Outcome and Routine Evaluation </em>(SCORE-15). Foram realizadas correlações de <em>Pearson</em>, bem como análises de variância multivariada (MANOVA), com vista a analisar as diferenças em relação às variáveis sociodemográficas. Os resultados indicaram que os adolescentes com mães com idades entre os 46 e os 60 anos as percecionam como mais responsivas. Foi, ainda, possível observar a responsividade e a exigência como preditores negativos dos recursos familiares, assim como a comunicação na família.</p>Márcia MendesOtília FernandesInês Relva
Direitos de Autor (c) 2024 Márcia Mendes, Otília Fernandes, Inês Relva
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2024-07-252024-07-25372e24022e2402210.21814/rpe.23809Um breve relato das atitudes dos professores em relação à inclusão em Castilla-La Mancha, Espanha
https://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/30826
<p>Os professores são agentes essenciais para concretizar a inclusão educativa dos alunos com deficiência. O conceito atual de educação inclusiva traz à tona a necessidade de avaliação das atitudes dos professores em relação à inclusão, de modo que o objetivo do presente artigo foi analisar essas atitudes em professores em formação e em exercício. A versão espanhola da escala <em>Teachers’ Attitudes towards Inclusive Education</em> foi aplicada a um total de 320 alunos da Licenciatura em Formação de Professores e 89 professores em serviço. Os resultados não revelaram diferenças entre professores e alunos. No entanto, a formação específica e as experiências de contacto prévio com pessoas com deficiência mostraram um efeito positivo nas atitudes em relação à inclusão. Além disso, as mulheres apresentaram atitudes mais positivas. Para concluir, os resultados revelaram que é necessário incluir atividades para entrar em contacto com pessoas com deficiência e uma formação específica mais ampla sobre o tema para promover atitudes positivas em relação à inclusão nos professores.</p>Jorge AbellánJuan Gregorio Fernández-Bustos
Direitos de Autor (c) 2024 Jorge Abellán, Juan Gregorio Fernández-Bustos
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2024-07-262024-07-26372e24023e2402310.21814/rpe.30826Crenças dos professores face às medidas de intervenção para promover o sucesso escolar: Que relação com a retenção escolar?
https://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/27912
<p>Portugal apresenta uma das taxas de retenção escolar mais elevadas na Europa, especialmente no 2.º ano de escolaridade. O uso frequente da retenção sugere que os professores acreditam na sua efetividade apesar dos dados da literatura indicarem que tem efeitos nulos e/ou negativos. O presente estudo procurou compreender as crenças dos professores de 1.º ciclo sobre a efetividade e a dificuldade de implementação de medidas de intervenção utilizadas pelos professores para promover o sucesso escolar no 2.º ano de escolaridade, e como se relacionam com as suas crenças e práticas de retenção escolar. Participaram 273 professores do 1.º ciclo do ensino básico, da Região Autónoma da Madeira, que responderam a um questionário <em>online</em>. Os resultados indicaram que os professores consideram a retenção escolar menos efetiva que outras medidas, mas moderadamente efetiva para a promoção do sucesso escolar. O apoio individualizado e a redução do número de alunos por sala foram consideradas as medidas mais efetivas. Os professores também consideraram a retenção mais fácil de implementar que o acompanhamento familiar e o apoio psicopedagógico. Uma análise de trajetórias indicou que os professores que acreditavam mais na efetividade da retenção e do apoio individualizado e os que consideraram mais difícil a promoção de competências socioemocionais retiveram mais alunos no 2.º ano de escolaridade. Os resultados sugerem a importância do desenvolvimento de estratégias de diferenciação pedagógica, da promoção de competências socioemocionais e do envolvimento da família, que poderão contribuir para reduzir o uso da retenção escolar e promover o sucesso escolar.</p>Natalie Nóbrega SantosVera Monteiro
Direitos de Autor (c) 2024 Natalie Nóbrega Santos, Vera Monteiro
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2024-07-302024-07-30372e24024e2402410.21814/rpe.27912Relação entre a simulação em contexto académico e competências clínicas em estudantes de Terapia da Fala: Uma revisão sistemática
https://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/32901
<p>O nível de aceitação e integração de práticas de simulação tem crescido transversalmente em diferentes contextos educativos, entre os quais, o da Terapia da Fala. A simulação permite aprender e/ou aplicar diretamente os conhecimentos adquiridos num ambiente seguro, mas não é claro se estas competências são transferidas para os atos clínicos. O objetivo é analisar a relação entre as práticas de simulação em contexto académico e as competências clínicas de estudantes de Terapia da Fala. A presente revisão sistemática da literatura seguiu as orientações PRISMA. Os estudos primários foram extraídos por dois autores, das bases de dados PubMed-central, SciELO e via EBSCOhost sem restrições temporais ou de língua. Os artigos foram introduzidos, de forma independente, no programa Rayyan para a gestão do processo de triagem, seleção e duplicação de resultados. A avaliação de qualidade metodológica foi feita através da grelha <em>Quality Assessment Tool for Quantitative Studies </em>do <em>Effective Public Health Practice Project. </em>Da pesquisa, resultaram 590 artigos para triagem, e seis foram considerados elegíveis. Existem efeitos positivos reportados das práticas de simulação em contexto académico, em especial, simulações de alta-fidelidade (e.g., manequins; estudos de caso em realidade virtual) ao nível das competências clínicas interpessoais, de avaliação, de intervenção e de <em>follow-up</em>, bem como a autoperceção, a ansiedade e o <em>stress</em> dos estudantes. O nível de evidência variou de baixo a moderado. Os benefícios reportados na literatura suportam a integração de práticas educativas de simulação nos contextos de licenciatura e de mestrado em Terapia da Fala como complemento das práticas de aprendizagem mais tradicionais.</p>Claúdia RuncanIrina GolovanovaInês Tello Rodrigues
Direitos de Autor (c) 2024 Claúdia Runcan , Irina Golovanova , Inês Tello Rodrigues
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2024-08-012024-08-01372e24025e2402510.21814/rpe.32901Repensando a oralidade em ELI: Qual o lugar da inteligibilidade na sala de aula de ILE?
https://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/32003
<p>A aprendizagem de uma Língua Estrangeira (LE) é, em regra, vista pelos especialistas como um ativo importante para a compreensão global e a mobilidade das pessoas. O inglês encontra-se no topo da pirâmide como o idioma número um para atingir esses objetivos. Atualmente, ser capaz de se expressar de forma inteligível em inglês é decisivo para os estudantes que desejam prosperar tanto académica quanto profissionalmente. De facto, o conceito de inteligibilidade está agora firmemente estabelecido no campo da linguística aplicada como um dos fatores-chave para explicar o sucesso ou não na comunicação entre interlocutores de origens culturais e linguísticas diversas. Assim, a essência deste artigo reside na análise das práticas de ensino comunicativas de professores de inglês como língua estrangeira e como elas se refletem na proficiência e inteligibilidade da oralidade dos alunos. Os resultados mostram que o inglês continua a ser ensinado com pouca atenção ao seu uso no mundo real, criando uma lacuna entre as necessidades/expectativas dos alunos e a sua verdadeira aprendizagem. No geral, o artigo foca a necessidade de uma reconceptualização da oralidade, tendo por base o papel da inteligibilidade no mundo coevo em que vivemos. O artigo funciona como um desafio às visões tradicionais sobre práticas de ensino/aprendizagem ao reivindicar a necessidade de repensar as abordagens para a proficiência oral dos alunos com base no princípio da inteligibilidade.</p>Rúben Constantino Correia
Direitos de Autor (c) 2024 Rúben Constantino Correia
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2024-08-052024-08-05372e24026e2402610.21814/rpe.32003Estratégias de superação: Caminhos trilhados por professores iniciantes para a sobrevivência e estabilidade na docência
https://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/29699
<p>O artigo apresenta constatações decorrentes de uma pesquisa inscrita no campo da formação docente, que buscou analisar as possibilidades e os desafios da indução entre pares para o agir e o reagir de professores que estão nos seus primeiros anos de exercício profissional. O problema investigativo foi delineado em torno da seguinte questão: Como a indução entre pares mediada pelo fazer da pesquisa contribui para o agir e o reagir de professores em relação às dificuldades que afetam a docência nos seus primeiros anos de exercício profissional? Teórica e metodologicamente, o estudo baseou-se na pesquisa narrativa, na perspectiva da narrativa enquanto atividade (auto)biográfica que se traduz em pesquisa-formação. A pesquisa foi encaminhada de modo que as narrativas construídas pelos professores participantes acerca da sua experiência durante o seu período de inserção profissional se constituíssem como um dispositivo de pesquisa-formação. Com base nas análises, discutem-se os caminhos trilhados pelos participantes para a sobrevivência e estabilidade na docência, os quais apontam para a importância do exercício da mutualidade e a partilha entre pares; a formação continuada; a prática reflexiva articulada à prática narrativa; o cuidado com o planejamento da prática pedagógica; e a docência compartilhada.</p>Giseli Barreto da CruzIngrid Cristina Barbosa Fernandes
Direitos de Autor (c) 2024 Giseli Barreto da Cruz, Ingrid Cristina Barbosa Fernandes
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2024-08-082024-08-08372e24027e2402710.21814/rpe.29699Avaliação autêntica em contextos universitários através de portefólios eletrónicos para aprendizagem
https://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/29644
<p class="Resumo" style="line-height: 150%;">O objetivo deste artigo é apresentar os resultados de uma intervenção educativa que utiliza o portefólio eletrónico de aprendizagem como estratégia de avaliação autêntica. Este estudo decorreu numa instituição de ensino superior no México, no âmbito de uma aula para futuros professores que frequentam a licenciatura em ensino de francês como língua estrangeira no seu nono semestre. Os alunos aprenderam e utilizaram a estratégia de avaliação em função das necessidades da disciplina. Quanto ao trabalho metodológico, foram aplicados questionários para dar conta da perspetiva dos futuros professores sobre o portefólio de aprendizagem, mas também para verificar a apropriação do conceito. Além disso, este manuscrito apresenta a perspetiva do professor que conduziu a intervenção em termos do que aconteceu nos momentos inicial, intermédio e final através da observação participante. Os resultados revelam um elevado interesse dos alunos, uma aprendizagem significativa da estratégia e o desenvolvimento de processos de metacognição e de autoavaliação. No entanto, são detetadas necessidades significativas de tempo e recursos para a integração do e-portefólio na aula, o que leva a um aumento da carga de trabalho.</p>Hugo Trejo González
Direitos de Autor (c) 2024 Hugo Trejo González
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2024-08-122024-08-12372e24028e2402810.21814/rpe.29644Adaptação e rendimento académico dos estudantes portugueses de Engenharia do primeiro ano do Ensino Superior Politécnico
https://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/32480
<p>Vários estudos têm alertado para as dificuldades de adaptação e para um maior abandono nos cursos da área da Engenharia, sobretudo durante o 1.º ano do Ensino Superior (ES). Esta situação revela-se um problema para os(as) estudantes, para as instituições de ensino e para a economia em geral. Assim, o presente estudo tem como objetivo central analisar as diferenças na adaptação ao ES em função do género e do rendimento académico dos(as) estudantes de Engenharia, de forma a contribuir para a identificação de grupos vulneráveis e para a implementação de estratégias de intervenção. Neste estudo, participaram 461 estudantes primeiranistas de Engenharia de uma instituição de ensino superior politécnico público do norte de Portugal, com uma idade média de 17,91 anos; 33,8% eram mulheres e 66,2% eram homens. Para avaliar a adaptação ao ES, empregou-se o <em>Student Adaptation to College Questionnaire</em> e, para avaliar o rendimento académico, foram utilizadas as classificações obtidas nas unidades curriculares do 1.º semestre. Os resultados deste estudo indicaram que os(as) estudantes que obtiveram um melhor rendimento também se adaptaram melhor académica e pessoalmente ao ES e que, apesar de o rendimento académico ser similar para ambos os géneros, os homens adaptaram-se melhor a nível académico e pessoal-emocional. Concluiu-se, assim, que as mulheres se encontravam numa situação de maior vulnerabilidade neste contexto de estudos e que poderão beneficiar de programas de orientação para promover a sua adaptação.</p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> Adaptação ao ensino superior; Rendimento académico; Estudantes de engenharia; Ensino superior politécnico; Sexo.</p>Sónia Maria de Sousa Monteiro NouwsEulogio Real Deus María Emma Mayo País Zeltia Martínez-López Carolina Tinajero Vacas
Direitos de Autor (c) 2024 Sónia Maria de Sousa Monteiro Nouws, Eulogio Real Deus , María Emma Mayo País , Zeltia Martínez-López , Carolina Tinajero Vacas
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2024-08-142024-08-14372e24029e2402910.21814/rpe.32480Avaliação de um modelo pedagógico de educação para a Cidadania Ambiental por alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico
https://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/30935
<p>Este artigo avalia a implementação de um modelo pedagógico de educação para a Cidadania Ambiental no 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB) em Portugal (alunos entre seis e dez anos). O objetivo foi testar o modelo em contexto real escolar, de modo a ser avaliado pelos próprios alunos, procurando responder às seguintes questões de investigação: (1) Quais as perceções dos alunos do 1.º CEB sobre as atividades de Cidadania Ambiental realizadas?; e (2) Quais as aprendizagens que resultaram das atividades de Cidadania Ambiental realizadas? Esta testagem constitui uma das iterações de uma Investigação Baseada em Design destinada a conceber um Modelo Pedagógico de Educação para a Cidadania Ambiental no 1.º CEB em Portugal. A implementação do modelo pedagógico foi realizada em quatro escolas públicas do 1.º CEB, num total de 23 turmas (orientadas por 23 professoras) e cerca de 500 alunos, distribuídos pelos 4 anos de escolaridade. Com base em observação direta, notas de campo e entrevistas semiestruturadas realizadas aos alunos, procurou-se identificar as suas perceções acerca das atividades de Cidadania Ambiental realizadas e as aprendizagens que resultaram dessas atividades. De um modo geral, os alunos, após a realização das atividades de Cidadania Ambiental, desenvolveram competências de Cidadania Ambiental, mudaram os seus comportamentos e atitudes e demonstraram vontade em participar de forma mais ativa na resolução de problemas ambientais locais em conjunto com a comunidade escolar e local, tendo ficado, desta forma, mais empoderados para a ação.</p> <p>A implementação do modelo pedagógico foi realizada em quatro escolas públicas do 1.º CEB, num total de 23 turmas (orientadas por 23 professoras) e cerca de 500 alunos distribuídos pelos 4 anos de escolaridade. Com base em observação direta, notas de campo e entrevistas semiestruturadas realizadas aos alunos, procurou-se identificar as suas perceções acerca das atividades de Cidadania Ambiental realizadas e as aprendizagens que resultaram dessas atividades.</p> <p>De um modo geral, os alunos, após a realização das atividades de Cidadania Ambiental, desenvolveram competências de Cidadania Ambiental, mudaram os seus comportamentos e atitudes e demonstraram vontade em participar de forma mais ativa na resolução de problemas ambientais locais em conjunto com a comunidade escolar e local, tendo ficado, desta forma, mais empoderados para a ação.</p>Teresa MontePedro Reis
Direitos de Autor (c) 2024 Teresa Monte, Pedro Reis
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2024-09-102024-09-10372e24030e2403010.21814/rpe.30935Concetualizar a inovação enquanto processo fundacional da transformação da escola
https://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/31219
<p>Múltiplos estudos vêm sendo realizados sobre as dificuldades, as possibilidades e a sustentabilidade da mudança, bem como sobre o conservadorismo e a resiliência dos sistemas educativos. A inovação vem assumindo uma centralidade neste processo de mudança, por ser considerada um fator potenciador da transformação pedagógica, um pequeno elo de uma cadeia de necessárias metamorfoses que abarcam, de forma sistémica, toda a organização escolar. Nesta revisão narrativa de literatura foi concretizada uma abordagem histórico-social relativa ao conceito de inovação, visando sustentar a concetualização do construto, segundo duas dimensões: a ontológica e a epistemológica. Neste alinhamento, propomos um modelo diagramático e uma definição de inovação que sumarizam a essência plural do processo inovativo em educação. A definição de inovação, considerada a sua natureza multidimensional e o seu caráter sistémico e dinâmico, assenta em cinco eixos: o âmbito; o objeto; a responsabilidade, entendida como capacitação organizacional; o foco; e o percurso.</p> <p>Nesta revisão narrativa de literatura foi concretizada uma abordagem histórico-social relativa ao conceito de inovação, visando sustentar a concetualização do construto segundo duas dimensões, a ontológica e a epistemológica. Neste alinhamento, propomos um modelo diagramático e uma definição de inovação que sumarizam a essência plural do processo inovativo em educação. A definição de inovação, considerada a sua natureza multidimensional e o seu carater sistémico e dinâmico, assenta em cinco eixos: o âmbito, o objeto, a responsabilidade entendida como capacitação organizacional, o foco e o percurso.</p>Lídia SerraJosé AlvesDiana Soares
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2024-09-162024-09-16372e24031e2403110.21814/rpe.31219Validade estrutural e concorrente da versão brasileira do Questionário de Estratégias de Motivação para Aprendizagem (MSLQ)
https://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/29262
<p>O Questionário de Estratégias de Motivação para Aprendizagem (<em>Motivated Strategies for Learning Questionnaire</em> – MSLQ), desenvolvido por Pintrich e colaboradores na década de 1980, tem sido um instrumento amplamente utilizado no contexto educacional. Contudo, os estudos de validade realizados internacionalmente têm identificado fragilidades que devem ser aprofundadas sobre a qualidade psicométrica do instrumento. O objetivo desta pesquisa é explorar as evidências de validade estrutural e concorrente do MSLQ. Para isso, foram coletados dados de forma <em>online</em> com 403 estudantes universitários, os quais, além de responderem ao MSLQ, também avaliaram o seu desempenho escolar de “ruim” a “excelente” numa escala de seis pontos. Uma análise fatorial confirmatória foi utilizada para se avaliar a validade estrutural de três modelos: o unifatorial; o modelo original com 15 subescalas; e o modelo exploratório estimado com a <em>exploratory graph analysis</em>. Também se utilizou uma regressão logística ordinal para avaliar se escores fatoriais gerados por esses modelos eram capazes de predizer a autopercepção de desempenho. Os resultados indicam que o modelo exploratório apresentou melhor validade estrutural, bem como melhor validade preditiva em comparação com os outros dois modelos. Esse resultado demonstra algumas fragilidades da estruturação teórica original do MSLQ. Discutem-se as similaridades e idiossincrasias dos nossos resultados com outros estudos, bem como são feitas recomendações para estudos futuros sobre o MSLQ.</p>Ana Luiza Pedrosa Neves AichingerVithor Rosa FrancoRicardo Luiz Castro de Mesquita
Direitos de Autor (c) 2024 Ana Luiza Pedrosa Neves Aichinger, Vithor Rosa Franco, Ricardo Luiz Castro de Mesquita
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2024-09-242024-09-24372e24032e2403210.21814/rpe.29262As provas de aferição e a epistemologia da Educação Física
https://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/30795
<p>Em Portugal, as provas de aferição foram introduzidas na disciplina de Educação Física com o objetivo de fornecer informações que levem a melhores aprendizagens, o que se traduz em conhecimento novo posto à disposição dos agentes e, por isso, tem implicações na epistemologia da disciplina. Contudo, esse processo está a decorrer sem escrutínio científico, o que é relevante, porque sabemos que as avaliações externas das aprendizagens podem ter efeitos imprevistos e levar a discursos de autoridade ideológica sobre a escola. Assim sendo, importa questionar sobre quais são os discursos que justificam as provas de aferição, qual é a validade e confiabilidade das provas; e quais são as interações entre o conhecimento oferecido pelas provas e as práticas letivas. Para responder, foi implementada uma investigação, inscrita no paradigma interpretativo, na modalidade de estudo de caso instrumental e com abordagem qualitativa, com recurso a análise documental e a análise de conteúdo. Os resultados sugerem que as provas de aferição são implementadas, também, com objetivos de controlo das práticas de Educação Física no 1.º ciclo, de valorização social da disciplina e medem uma parte diminuída das aprendizagens dos alunos, através de processos muito pouco confiáveis. Ainda assim, os resultados são usados para influenciar a generalidade do processo de ensino, o que traduz encobrimento curricular. Conclui-se que as provas suportam a metamorfose epistemológica da Educação Física, do cuidado para o clínico, do sentido para o dever, do jogo para a repetição e da coevolução para a linearidade.</p>Nuno José Miranda e SilvaSónia Marisa Pereira Dinis e Silva Dinis e Silva
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2024-09-302024-09-30372e24033e2403310.21814/rpe.30795Desenvolvimento profissional docente no Ensino Superior: Contributos para uma reflexão
https://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/32680
<p>Na área de atuação do ensino, espera-se que os docentes do Ensino Superior se desenvolvam profissionalmente, aprofundando o seu conhecimento no domínio da pedagogia universitária e envolvendo-se em atividades de reflexão e indagação da pedagogia, com o objetivo de inovar e potenciar a sua prática pedagógica. Apesar da relevância do desenvolvimento profissional docente para o avanço da qualidade do ensino e da aprendizagem, verifica-se que aquele tem evoluído de forma diferenciada, e com impacto diverso, no contexto nacional e internacional. Este facto pode ser explicado por uma cultura organizacional que está fortemente enraizada nas políticas (trans)nacionais que orientam e fomentam a profissionalização docente. Existem contextos em que o desenvolvimento profissional é fortemente encorajado, valorizado e reconhecido, e outros em que está apenas associado à vertente de investigação ou a iniciativas muito isoladas ou pouco sustentadas no domínio da pedagogia. Este artigo apresenta uma reflexão sobre o desenvolvimento profissional docente baseada na literatura e em estudos de investigação conduzidos pela autora, com o objetivo de problematizar a importância e o impacto do desenvolvimento profissional no trabalho desempenhado pelos docentes na vertente do ensino a distância e supervisão da investigação. </p>Isabel Huet
Direitos de Autor (c) 2024 Isabel Huet
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2024-10-112024-10-11372e24034e2403410.21814/rpe.32680Implicações das equipas educativas nas aprendizagens dos professores e nas práticas de sala de aula
https://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/33097
<p>Nas últimas décadas, a colaboração entre os professores tem sido objeto de estudo a nível global, e a literatura tem demonstrado que a maioria dos docentes já colabora entre si e parece apresentar uma mentalidade mais colegial e colaborativa. Porém, a colaboração realiza-se numa gramática organizacional espartilhada e rígida, sendo um conceito complexo, que pode concretizar-se de diferentes formas, dependendo do contexto em que ocorre, dos seus participantes, da intensidade das diferentes interações, do seu conteúdo e objetivos. Assim, procuramos, neste estudo, compreender o tipo de interações colaborativas existente entre professores a trabalhar em equipas educativas, assim como os seus efeitos na sua aprendizagem e nas práticas de sala de aula. Nesse sentido, adotamos um paradigma de investigação tendencialmente qualitativo, que operacionalizamos através de um estudo de caso, em que conjugamos uma abordagem quali-quanti. Para analisarmos a frequência e amplitude das interações entre os professores, optamos por uma estatística descritiva, que submetemos a uma análise e interpretação estrutural e semântica. Recorremos, também, a uma abordagem qualitativa, no sentido de aprofundarmos alguns contextos singulares e a perspetiva de atores individuais: diretor; coordenadores das equipas educativas; professores; técnicas educacionais; e alunos. Feita a análise de dados, concluímos que continuam a predominar, nas equipas educativas, práticas de colaboração simples, baseadas essencialmente no intercâmbio de informação e materiais, num contexto de colaboração artificial, confortável, balcanizada, debilmente convergente e escassamente ativa, sendo, ainda, raros os momentos de coconstrução. Estas dinâmicas colaborativas podem estar a limitar uma aprendizagem profunda dos professores e a explicar a mudança ténue e lenta das práticas de sala de aula.</p>Generosa Pinheiro PinheiroJosé Matias Alves
Direitos de Autor (c) 2024 Generosa Pinheiro Pinheiro, José Matias Alves
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2024-10-182024-10-18372e24035e2403510.21814/rpe.33097Autoeficácia docente e indisciplina: Perceções de professores do 3.º Ciclo do Ensino Básico
https://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/28518
<p>Um clima escolar positivo prediz positivamente a autoeficácia dos professores. Este artigo reporta os resultados de um estudo que explorou as relações entre as crenças de autoeficácia de professores portugueses para gerir a indisciplina em sala aula, o clima escolar e clima de sala de aula. Participaram 400 professores do 3.º ciclo do ensino básico, os quais responderam a três questionários que avaliam as suas crenças de autoeficácia sobre gestão de sala de aula, clima escolar e clima de sala de aula. A análise de dados, baseada em medidas de estatística inferencial, revela que os professores, de modo geral, possuem crenças de autoeficácia elevadas na gestão da indisciplina. Conclui-se, ainda, que os professores com maior tempo de serviço docente, maior tempo de serviço na mesma escola e que receberam formação para gerir a indisciplina detêm crenças de autoeficácia sobre gestão da indisciplina mais elevadas. Por último, professores que percecionam o clima escolar e clima de sala de aula como sendo mais positivo apresentam níveis mais elevados de autoeficácia na gestão da indisciplina. Os resultados obtidos permitem confirmar a importância do clima escolar e de sala de aula, inferindo-se que a perceção de eficácia docente é influenciada pelo clima das organizações escolares onde os professores exercem a sua profissão. Com base nos resultados mais significativos são discutidas as implicações para a formação inicial e contínua de professores.</p>José Castro SilvaAdriana MadeiraNádia Ferreira
Direitos de Autor (c) 2024 José Castro Silva, Adriana Madeira, Nádia Ferreira
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2024-11-112024-11-11372e24037e2403710.21814/rpe.28518Hermenêutica e processos formativos: Elementos para uma pedagogia da escolha
https://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/28060
<p>Este artigo trata, no âmbito da filosofia da educação, da relação entre hermenêutica e processos formativos, tendo como princípio que esses processos envolvem tanto o conhecimento lógico-racional-objetivo quanto o saber da experiência, compreendidos pelos gregos antigos, respectivamente, como <em>máthema</em> e <em>páthei máthos</em>. A hermenêutica define-se como uma filosofia da interpretação que se concentra na condição histórica e linguística da experiência humana de mundo, portanto, além de textos propriamente ditos, ocupa-se também das manifestações artísticas e dos fenômenos da realidade, em busca da compreensão de seus sentidos. Essa compreensão opera como uma tradução no interior da língua, de modo que interpretar é o mesmo que conhecer, compreender um sentido é o mesmo que traduzi-lo. O referencial teórico-metodológico conta com as contribuições de Nietzsche, Gadamer, Ricoeur, Rorty e Vattimo, numa abordagem bibliográfica e exploratória que parte da evolução do conceito de hermenêutica para discutir suas implicações nos processos formativos contemporâneos na dimensão da experiência estética e da pedagogia da escolha. Os resultados apontam que a experiência estética, alcançada por meio das obras de arte, contribui não somente para o entendimento destas, mas também para a compreensão dos sentidos da realidade e para a formação de longa duração, pela qual se aprende a ser o que se é.</p>Rogério de Almeida
Direitos de Autor (c) 2024 Rogério de Almeida
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2024-11-132024-11-13372e24038e2403810.21814/rpe.28060Perceção de professores do 1.º ciclo do Ensino Básico da importância do ensino experimental e sua evolução num contexto de formação contínua
https://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/27920
<p>Com o objetivo de conhecer as perceções dos professores sobre o ensino experimental e a sua evolução com uma proposta de formação contínua, foram pedidas aos participantes frases sobre a importância atribuída a este tipo de metodologia, no início e no final do processo de formação, bem como o que destacam como novidade na formação e as dificuldades de aplicação no seu ensino. Após a formação, os participantes, evidenciaram um aumento das referências ao modelo didático subjacente, nomeadamente os conhecimentos dos alunos e os conteúdos programáticos como hipóteses a investigar, assim como a relação entre teoria e prática e a relevância das aprendizagens nos contextos de vida. Coerentemente, percecionam a novidade no contributo para a sua formação metodológica, na articulação da reflexão teórica com a prática das atividades em ambiente de formação, bem como o clima de trabalho propiciador de diálogo e partilha. Não obstante expressem a necessidade de mais formação, as dificuldades são essencialmente percecionadas no quadro institucional tanto no domínio da gestão e organização ao nível da escola como na necessidade de mais oferta de propostas didáticas de ensino experimental.</p>José Manuel Carmo
Direitos de Autor (c) 2024 José Manuel Carmo
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2024-11-222024-11-22372e24039e2403910.21814/rpe.27920Relação educativa intercultural no contexto indígena: Desafios epistemológicos na escola atual
https://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/28453
<p>O artigo discute a necessidade de repensar a relação educativa no contexto indígena, o que historicamente se caracteriza por tensões epistemológicas entre o professor e os estudantes indígenas, o que limita dar resposta aos desafios de interculturalidade que caracteriza a sociedade atual e a escola em particular. As discussões se marcam em um processo de análise e interpretação respaldado por um marco epistémico coerente e sistematizado de fundamentos teóricos educativos como a pedagogia crítica, o construtivismo e o enfoque intercultural. Esses fundamentos teóricos questionam a lógica hegemônica atribuída ao sentido da escola e das relações educativas que historicamente estabeleceram relações de poder, assimetria e invisibilidade dos quadros epistêmicos de sujeitos pertencentes a diferentes sociedades e culturas que foram negadas e minorizadas na educação escolar. Dessa forma, sustentamos que repensar a relação educativa no contexto indígena a partir de uma abordagem intercultural permitiria avançar para o pluralismo epistemológico na educação escolar em contextos de diversidade social, cultural e territorial. Concluímos na urgência de uma relação educativa em contexto indígena que permita formar cidadãos interculturais como desafios do século XXI caracterizado pela diversidade social e cultural que caracteriza a sociedade global.</p>Katerin Arias-OrtegaLazaro Blanco-Figueredo
Direitos de Autor (c) 2024 Katerin Arias-Ortega, Lazaro Blanco-Figueredo
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2024-11-222024-11-22372e24040e2404010.21814/rpe.28453A massificação e democratização da Educação Doutoral na encruzilhada entre a equidade e a meritocracia
https://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/30793
<p class="Resumo" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;">Nas últimas décadas, têm sido notórios, em Portugal e à escala global, processos de massificação e democratização da Educação Doutoral (ED) que promovem a abertura a doutorandos/as com características diversas, incluindo doutorandos/as não tradicionais, embora se reconheça a persistência de limitações à massificação e democratização do acesso e do valor do grau. Este estudo qualitativo explora as (des)continuidades entre os processos de massificação e democratização do acesso e do valor multidimensional da ED, procurando identificar linhas orientadoras para a promoção de uma maior continuidade entre esses processos. Os dados foram recolhidos através de 25 grupos focais com membros de órgãos de gestão, orientadores/as, doutorados/as e doutorandos/as de programas doutorais em Ciências Sociais ou da Saúde numa universidade portuguesa e analisados através de análise temática. Os resultados evidenciam continuidades que sugerem que a massificação contribuiu para a democratização do acesso, e esta contribuiu para a democratização do valor da ED. Contudo, identificaram-se, também, descontinuidades que expressam limitações e desafios à fluidez e harmonização destes processos, propondo-se medidas de promoção da continuidade que evidenciam duas perspetivas: a perspetiva da “equidade democrática” e a perspetiva da “meritocracia”. Este estudo poderá contribuir para o adensamento teórico do debate em torno da massificação e democratização da ED, com potenciais implicações no ajustamento de práticas pedagógicas, de seleção e avaliação, que promovam a ampliação e harmonização dos efeitos positivos destes processos.</p>Patrícia AlvesAmélia LopesRicardo Cruz-CorreiaIsabel Menezes
Direitos de Autor (c) 2024 Patrícia Alves, Amélia Lopes, Ricardo Cruz-Correia, Isabel Menezes
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2024-11-272024-11-27372e24041e2404110.21814/rpe.30793Co-criação da avaliação mediada pela tecnologia e seu relacionamento com a autorregulação e a agência do estudante universitário: A perspetiva dos professores
https://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/32964
<p>A co-criação da avaliação está emergindo progressivamente na co-conceção de práticas de co-desenho em ambientes de aprendizagem melhorados pela tecnologia no ensino superior. Assim, o objetivo deste estudo é analisar se estas práticas estão relacionadas com a autorregulação e a agência dos estudantes. Por conseguinte, realizou-se um estudo qualitativo de casos múltiplos com uma perspetiva fenomenológica. Para obter os dados, foram entrevistados seis professores (quatro do sexo feminino e dois do sexo masculino), seguindo uma abordagem semi-estruturada, a fim de obter as suas percepções sobre a sua experiência no processo de co-criação da avaliação e seus pontos de vista sobre a relação deste processo com a autorregulação e a agência dos estudantes. Para analisar os dados, foi adotado um método de codificação dedutivo utilizando a ferramenta de análise de dados Atlas.ti. Os resultados mostram que existem vários relacionamentos entre a co-criação da avaliação mediada pelas tecnologias e a autorregulação e agência dos estudantes desde o ponto de vista dos professores. Os entrevistados consideraram que a co-criação da avaliação ativou as capacidades de agência e de autorregulação dos estudantes. A partir dos resultados, conclui-se que, na perpetiva dos participantes, a co-criação da avaliação pode melhorar a autorregulação dos estudantes em todas as fases, mas, particularmente, na fase de antecipação. No mesmo jeito, a agência dos alunos parece ser reforçada pelo processo de co-desenho, destacando o efeito na dimensão individual. Por conseguinte, e em relação às áreas mais desenvolvidas da autorregulação e da agência dos alunos, a motivação parece aumentar durante a co-criação.</p>Jennifer Saray Santana MartelAdolfina Pérez Garcías
Direitos de Autor (c) 2024 Jennifer Saray Santana Martel, Adolfina Pérez Garcías
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2024-12-062024-12-06372e24042e2404210.21814/rpe.32964A educação sob dominação digital
https://revistas.rcaap.pt/rpe/article/view/38730
<p> </p>Licínio C. Lima
Direitos de Autor (c) 2024 Licínio C. Lima
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2024-11-082024-11-08372e24036e2403610.21814/rpe.38730