Silenciar a polissemia e invisibilizar os sujeitos: indagações ao discurso sobre a qualidade da educação

Autores

  • Maria Teresa Esteban Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.21814/rpe.13917

Resumo

O artigo parte de diagnósticos sobre insucesso escolar, presentes em documentos oficiais produzidos em Portugal e pela União Européia, para discutir processos de silenciamento e produção de invisibilidade e de subalternidade que atravessam o discurso hegemônico sobre qualidade. Uma das idéias centrais na argumentação tecida no artigo é que legitimar uma única perspectiva epistemológica, um único universo de conhecimentos, um único conjunto de valores, é um modo de desqualificar o que se diferencia do padrão. A diferença cultural é sistematicamente enunciada como causa de fracasso escolar. A despeito dos discursos amparados na generalização conduzida pela universalização de parâmetros, os sujeitos que fracassam se apropriam de conhecimentos, bem como os produzem, e as escolas onde o insucesso se expressa são espaços de produção de conhecimentos múltiplos. Uma escola pública de qualidade para todos demanda conhecimentos sobre seu cotidiano, para além do que se pode perceber através da avaliação do desempenho.

 

 Palavras-chave: Democratização; Avaliação; Fracasso escolar; Diferença cultural

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2018-02-27

Como Citar

Esteban, M. T. (2018). Silenciar a polissemia e invisibilizar os sujeitos: indagações ao discurso sobre a qualidade da educação. Revista Portuguesa De Educação, 21(1), 5–31. https://doi.org/10.21814/rpe.13917

Edição

Secção

Artigos