Posicionamentos em padrão antiespástico

Olhar sobre as práticas dos enfermeiros no contexto hospitalar

Autores

  • Emília da Conceição Marinho Pinto Centro Hospitalar Universitário do Porto, Porto, Portugal https://orcid.org/0000-0001-6807-9593
  • Maria Manuela Ferreira Pereira da Silva Martins Escola Superior de Enfermagem do Porto, Porto, Portugal; Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, Porto, Portugal
  • Olga Maria Pimenta Lopes Ribeiro Escola Superior de Enfermagem do Porto, Porto, Portugal; Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, Porto, Portugal https://orcid.org/0000-0001-9982-9537
  • André Filipe Morais Pinto Novo Instituto Politécnico de Bragança - Escola Superior de Saúde de Bragança, Bragança, Portugal; Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, Porto, Portugal https://orcid.org/0000-0001-8583-0406

DOI:

https://doi.org/10.33194/rper.2022.196

Palavras-chave:

Espasticidade Muscular, Posicionamento do Paciente, Enfermagem, Enfermagem em Reabilitação, Acidente Vascular Cerebral

Resumo

Objetivos: Analisar se o posicionamento é realizado em padrão antiespástico em pessoas após Acidente Vascular Cerebral (AVC), quais as posições mais utilizadas e se essas decisões são influenciadas pelas características dos pacientes ou dos enfermeiros.

Metodologia: Estudo quantitativo e transversal realizado num Hospital do Norte de Portugal. A amostra foi constituída pelos posicionamentos executados por enfermeiros a pessoas após Acidente Vascular Cerebral, internadas num serviço de Neurologia. A técnica de amostragem foi não probabilística por conveniência. A colheita de dados ocorreu entre fevereiro e maio de 2019 com recurso a formulário e observação dos posicionamentos em padrão antiespástico.

Resultados: Dos 376 posicionamentos, o mais frequente foi o decúbito dorsal (n=152) e o menos frequente o posicionamento sentado (n=28). O posicionamento em decúbito lateral para o lado afetado foi o que obteve uma pontuação média superior. A percentagem de posicionamentos com classificação máxima, ou seja, com todos os segmentos corporais posicionados em padrão antiespástico, foi residual. Relativamente aos doentes, o hemicorpo afetado, a espasticidade e a amplitude articular, relacionaram-se significativamente com as classificações atribuídas aos posicionamentos. Em relação à formação profissional, os enfermeiros de reabilitação posicionaram melhor em padrão antiespástico no decúbito dorsal e no decúbito lateral para o lado não afetado.

Conclusão: Durante o internamento, os enfermeiros não posicionam as pessoas após o AVC, de forma sistemática, em padrão antispástico, sendo que as lacunas identificadas no posicionamento de vários segmentos corporais exigem (re)pensar as práticas.

Biografia Autor

Olga Maria Pimenta Lopes Ribeiro, Escola Superior de Enfermagem do Porto, Porto, Portugal; Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, Porto, Portugal

Pós-doutorada em Ciências de Enfermagem desde 2020. Concluiu o Doutoramento em Ciências de Enfermagem em 2017/07/18 pela Universidade do Porto - Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Com Título de Especialista em Enfermagem (DL n.º 206/2009, de 31 de agosto). Mestrado em Ciências de Enfermagem em 2011/10 pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar - Universidade do Porto. Com Pós-licenciatura em Enfermagem de Reabilitação pela Escola Superior de Enfermagem do Porto. Licenciatura em Enfermagem em 2003/07 pela Escola Superior de Enfermagem do Porto. É Investigadora no Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde e Professora Adjunta na Escola Superior de Enfermagem do Porto. Autora de diversos artigos científicos. 

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Publicado

2022-01-19

Como Citar

1.
Marinho Pinto E da C, Ferreira Pereira da Silva Martins MM, Pimenta Lopes Ribeiro OM, Morais Pinto Novo AF. Posicionamentos em padrão antiespástico: Olhar sobre as práticas dos enfermeiros no contexto hospitalar. Rev Port Enf Reab [Internet]. 19 de Janeiro de 2022 [citado 10 de Maio de 2024];5(1):20-9. Disponível em: https://revistas.rcaap.pt/rper/article/view/29654

Edição

Secção

Artigo original reportando investigação clínica ou básica