Sintomas musculoesqueléticos nos estudantes de enfermagem em ensino clínico: um estudo piloto
DOI:
https://doi.org/10.33194/rper.2025.39950Palavras-chave:
Enfermagem em Reabilitação, Saúde Ocupacional, Ergonomia, Estudantes de Enfermagem, Sistema MusculoesqueléticoResumo
Introdução: Os sintomas musculosqueléticos nos estudantes de enfermagem a realizar ensino clínico são frequentes. A intervenção do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação é fundamental na capacitação dos estudantes através de um programa integrador. Este estudo tem como objetivos descrever os sintomas musculoesqueléticos em estudantes de enfermagem antes e após o ensino clínico e analisar as implicações e o grau de satisfação da formação em ergonomia.
Metodologia: Integrado num projeto de investigação no âmbito da sintomatologia músculoesquelética, a presente investigação constitui um estudo piloto de natureza quantitativa, exploratória e longitudinal. Amostra não probabilística de conveniência, incluiu estudantes do Curso de Licenciatura em Enfermagem em ensino clínico em contexto hospitalar. Instrumentos: Questionário sociodemográfico; Questionário de Satisfação e o Questionário Nórdico Músculo-Esquelético. Este ultimo questionário, foi aplicado antes e após a realização de vários ensinos clínicos em contexto hospitalar, com cerca de um ano de intervalo. Realizou-se uma intervenção formativa sobre ergonomia entre o primeiro e segundo momento de recolha de dados. Realizada estatística descritiva com recurso SPSS 28.0.
Resultados: A amostra foi constituída por 71 estudantes do Curso de Licenciatura em Enfermagem (3º ano) no início e 33 no final, maioritariamente do género feminino e sem formação/informação em Ergonomia, com idades entre 20 a 25 anos. Antes de iniciar os ensinos clínicos constatou-se que nos últimos 12 meses as suas queixas se situam maioritariamente a nível das regiões lombar, cervical e torácica, com nível de dor entre 2 e 4 da escala numérica que integra o Questionário Nórdico Músculoesquelético. Após realização de vários ensinos clínicos em contexto hospitalar, verificou-se que a área mais problemática foi a região lombar e o nível de dor situou-se entre 2 e 5.
Conclusão: Após a intervenção formativa, verificou-se diminuição do número de queixas em todas as áreas.
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