PERTURBAÇÃO DE HIPERATIVIDADE/DÉFICE DE ATENÇÃO SECUNDÁRIA A UM TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO:

CASO CLÍNICO

Autores

Palavras-chave:

Perturbação de hiperatividade/Défice de atenção secundária, Lesão cerebral, Traumatismo crânio-encefálico, Crianças, Adolescentes.

Resumo

A Perturbação de Hiperatividade/Défice de Atenção, uma das perturbações
mais frequentes do neurodesenvolvimento, pode ser secundária a uma lesão
cerebral grave, como por exemplo um traumatismo crânio-encefálico (TCE),
designando-se nestes casos por Perturbação de Hiperatividade/Défice de Atenção
Secundária. Com a elaboração deste artigo pretende-se explorar esta etiologia
através de uma breve revisão bibliográfica não sistemática do tema, a propósito de
um caso cínico de um jovem do sexo masculino, de 14 anos, que deu entrada na
Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos do Hospital de Santa Maria após ser
vítima de um atropelamento com TCE. Frequentemente as crianças e jovens vítimas
deste tipo de traumatismo descrevem dificuldades de atenção, diminuição da
concentração e alterações da memória. Habitualmente estas queixas são
consistentes com os relatos dos cuidadores e relatórios da escola. No caso deste
jovem, as queixas surgiram no período após alta clínica, quando regressou à
escola. A literatura refere que aproximadamente um terço dos casos diagnosticados
imediatamente após o traumatismo resolve dentro de 18 meses, mas quando os
sintomas persistem até 2 anos, pode ser considerada uma condição crónica.
Contudo ainda se sabe pouco sobre esta etiologia e o impacto a longo prazo, pelo
que são necessários estudos longitudinais para avaliar a sua evolução.

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Publicado

2021-05-10

Edição

Secção

Artigos