TY - JOUR AU - Geraldo, Ana AU - Albuquerque, Carlos AU - Martins, Rosa AU - Bica, Isabel AU - Ribeiro, Olivério AU - Dias, António PY - 2016/06/30 Y2 - 2024/03/29 TI - Vulnerabilidade ao stress na pessoa com esclerose multipla JF - Servir JA - Servir VL - 59 IS - 3 SE - Artigos DO - 10.48492/servir023.24008 UR - https://revistas.rcaap.pt/servir/article/view/24008 SP - 34-39 AB - <p class="p2"><strong>INTRODUÇÃO</strong></p><p class="p3">A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica que ao estar associada a dificuldades de ajustamento, devido à falta de cura e à deterioração dos sintomas, leva com frequência a reconhecidas consequências biopsicossociais.</p><p class="p2"><strong>OBJECTIVO</strong></p><p class="p3">Avaliar a vulnerabilidade ao stress na pessoa com esclerose múltipla.</p><p class="p2"><strong>MÉTODOS</strong></p><p class="p3">Conceptualizámos um estudo transversal, descritivo-correlacional, de natureza quantitativa, tendo recorrido a uma amostra constituída por 54 portadores de EM, maioritariamente do género feminino (61.1%), já com sequelas da doença (68.5%), e com uma média de idades de 42.11 anos (Dp=11.728). O instrumento de recolha de dados, além de uma Ficha de caracterização sócio-demográfica e clínica, incorporou escalas aferidas e validadas para a população portuguesa: Escala de Vulnerabilidade ao Stress (23QVS) e Escala Multiple Sclerosis Quality of Life (MSQoL-54).</p><p class="p2"><strong>RESULTADOS</strong></p><p class="p3">Tendo por referência o ponto de coorte da 23QVS, os resultados evidenciam que 48.1% dos utentes inquiridos manifestam estados de vulnerabilidade ao stress, expressando-se esta vulnerabilidade sobretudo em duas dimensões, com valores médios mais elevados: “carência de apoio social” (x̅=2.06) e “condições de vida adversas” (x̅=3.67). A vulnerabilidade ao stress, é significativamente maior nos sujeitos do sexo feminino, casados ou em união de facto, empregados e já com sequelas da doença. Já o efeito da idade não se revelou estatisticamente significativo.</p><p class="p2"><strong>CONCLUSÕES</strong></p><p class="p3">As inferências resultantes deste estudo convidam-nos a entrar neste mundo subjectivo onde se torna imprescindível um rigoroso conhecimento não apenas das características clínicas da doença, como também das suas implicações, no sentido da implementação precoce de um programa de prevenção de complicações, que potencie a melhor qualidade de vida do utente portador de EM.</p> ER -