MULHERES DA RUA DA ASSIMETRIA ENTRE HOMENS E MULHERES NA TOPONÍMIA DOS ARRUAMENTOS DE SANTARÉM street women of the asymmetry between men and women in the toponymy of the streets of Santarém
DOI:
https://doi.org/10.25746/ruiips.v5.i2.14495Palavras-chave:
mulheres, género, toponímia, Santarém, cultura local, Women, gender, toponymy, local cultureResumo
Na sequência de um convite que me fez um estagiário do Curso de Educação Social, Ernesto Nobre, a refletir sobre igualdade de género em Santarém e tendo em conta a minha ligação profissional ao Plano Municipal da Igualdade de Género, surgiu a ideia de olhar melhor para os nomes das ruas da cidade. Basta um pequeno passeio para rápida e inequivocamente nos apercebermos da assimetria entre homens e mulheres na toponímia local. Apresenta-se assim uma primeira e breve análise da toponímia na perspetiva do género.
Com base numa listagem em Excel dos nomes dos arruamentos da cidade, da Câmara Municipal de Santarém, procedeu-se a uma abordagem exploratória qualitativa e quantitativa dos dados a fim de identificar as pouquíssimas mulheres que deram nome aos arruamentos: quem são, de onde são, em que esfera(s) se movem, em que medida são conhecidas.
O estudo veio confirmar a gritante assimetria inicialmente percecionada de forma naturalista através de um passeio pelas ruas. As mulheres das ruas de Santarém são mulheres da rua (cortesãs, condinhas, linheiras), santas, mães, filhas, professoras… Existe pouca ou nenhuma informação sobre algumas das mulheres a nível local, como Maria Inês Schaller Dias ou Raquel Guedes de Amorim.
Pretende-se que este primeiro estudo conduza à reflexão sobre políticas locais relacionadas com o processo de atribuição de nomes aos arruamentos da cidade.
ABSTRACT
Following an invitation made by a trainee from the Social Education Course, Ernesto Nobre, to reflect on gender equality in Santarém and taking into account my professional connection to the Municipal Plan for Gender Equality, the idea came to look better at the street names of the city. It is only a short walk to quickly and unmistakably realize the asymmetry between men and women in local toponyms. A first and brief analysis of the toponymy in the gender perspective is presented in this poster.
Based on an Santarém City Council Excel listing of the names of the city streets, a qualitative and quantitative exploratory approach was taken to identify the very few women who named the streets: who they are, where they come from, in which sphere (s) they move, to what extent they are known.
The study confirmed the stark asymmetry initially perceived in a naturalistic way through a walk in the streets. The women of the streets of Santarém are street women (courtesans, condinees, sluts), saints, mothers, daughters, teachers ... There is little or no information on some of the women at the local level, such as Maria Inês Schaller Dias or Raquel Guedes de Amorim.
It is intended that this first study might lead to the reflection on local politics related to the process of naming the streets of the city.
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