A história através do sacrifício e da predação: território existencial tikmũ,ũn nas encruzilhadas coloniais entre os estados brasileiros de Minas Gerais e Bahia

Autores

Palavras-chave:

sacrifício, perspectivismo, terra, tikmũ,ũn, yãmĩyxop.

Resumo

Neste artigo analiso a história recente tikmũ,ũn (Maxakali) através das suas práticas sacrificiais e da relação que estabelecem com os yãmĩyxop (coletivo de espíritos cantores). Ao analisar historicamente o processo de “embranquecimento” da terra tikmũ,ũn, que consiste na sua desertificação e reterritorialização pela pecuária extensiva, observo que há diferentes territórios atravessando os corpos indígenas e não indígenas. O artigo desenvolve dois argumentos. O primeiro é que o sacrifício mobiliza uma construção do corpo da pessoa tikmũ,ũn que a coloca em caminhos outros, distintos de uma reterritorialização na agropecuária. O segundo é que, se não indígenas e pessoas tikmũ,ũn mobilizam em seus corpos territórios diferentes, isso me permite dizer que, se o ponto de vista está no corpo, então possivelmente ele é histórico e territorial, e que, diante da terra, o que varia é menos uma cultura do que uma natureza.

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Publicado

31-10-2025

Como Citar

Campelo, D. F. G. (2025). A história através do sacrifício e da predação: território existencial tikmũ,ũn nas encruzilhadas coloniais entre os estados brasileiros de Minas Gerais e Bahia. Etnográfica, 28(3), 699–724. Obtido de https://revistas.rcaap.pt/etnografica/article/view/43873

Edição

Secção

Artigos