Efeito da fonte de taninos e do pH na estabilidade dos complexos taninos-proteína e taninos-fibra

Autores

  • Maria T.P. Dentinho
  • Rui J.B. Bessa

DOI:

https://doi.org/10.19084/RCA15062

Resumo

O extrato de taninos de quebracho (Schinopsis quebracho-colorado Schlecht) é o extrato que mais tem sido estudado com o objetivo de melhorar a utilização da proteína dos alimentos para ruminantes. A esteva (Cistus ladanifer L.) e a grainha de uva (Vitis vinifera L.) são fontes alternativas de taninos condensados (CT). Foi objetivo deste estudo avaliar o efeito do pH na estabilidade dos complexos formados entre os taninos da esteva e da grainha de uva e a proteína e a fibra do bagaço de soja e comparar com a estabilidade dos complexos formados com os taninos de quebracho. Os resultados obtidos mostram que os taninos de esteva e da grainha de uva, tal como os de quebracho, têm a capacidade de se ligar à proteína de soja entre pH 6 e 8, reduzindo a solubilidade do azoto. Estes complexos são dissociados a pH 2, libertando a proteína. Este padrão de ligação suporta o conceito de utilizar estas fontes de tanino como aditivos para proteger a proteína dos alimentos da excessiva degradação ruminal. Existem contudo diferenças entre as fontes de tanino utilizadas parecendo ser os taninos de esteva e de grainha de uva mais eficazes na redução da degradação ruminal da proteína que os taninos de quebracho.

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Publicado

2019-01-05

Edição

Secção

Geral