Prevalência e determinantes das perturbações músculo-esqueléticas em Jovens

Autores

  • Rosa Martins Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de Viseu, CI&DETS, Viseu, Portugal https://orcid.org/0000-0001-9850-9822
  • Artur Almeida Centro de Saúde de Mangualde, Mangualde, Portugal
  • Helena Moreira Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de Viseu, Viseu, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.48492/servir025-6.23465

Palavras-chave:

Adolescentes, jovens, perturbações músculo-esqueléticas, dor, escola

Resumo

As perturbações músculo-esqueléticas nos jovens têm aumentado na última década para níveis bastante preocupantes, com tendência para a cronicidade e manutenção na idade adulta, o que representa um problema grave de saúde pública. Objetivos: Identificar a prevalência das perturbações músculo- esqueléticas em jovens e analisar a sua correlação com as variáveis sociodemográficas, circunstanciais e antropométricas.

Método: Trata-se de um estudo não experimental, transversal, descritivo-correlacional e de caráter quantitativo, que envolveu 137 jovens de três escolas do distrito de Viseu. O estudo foi realizado com recurso a um questionário que integra variáveis sociodemográficas, antropométricas, circunstanciais, um “questionário da atividade física” para avaliar a prática de atividade física e o “Questionário Nórdico Músculo-Esquelético” para avaliar as perturbações músculo-esqueléticas.

Resultados: Os dados mostram que 41,6% dos adolescentes/ jovens não apresentam qualquer perturbação músculo-esquelética nos últimos 12 meses, porém, em 58,4% esta está presente, localizando-se sobretudo nas pernas/ joelhos (47,4%), coluna dorsal (37,2%), coluna lombar (35,8%), coluna cervical (35,0%) e ombros (34,3%). Observa-se ainda que as perturbações músculo-esqueléticas são mais prevalentes nas raparigas, nos adolescentes com altura superior a 1,59 m e pertencentes a classes socioeconómicas mais baixas. Também os que usam a mochila apenas sobre um ombro, que vêem televisão por períodos superiores a 10 horas semanais e igual tempo a jogar jogos de vídeo/ computador apresentam maiores  perturbações.

Conclusão: O nosso estudo reforça a ideia que as perturbações músculo-esqueléticas nos adolescentes e jovens é elevada, têm origem dinâmica, multifacetada e multidimensional, tornando-se imperativa a implementação de intervenções de reabilitação e readaptação promotoras de um funcionamento músculo-esquelético otimizado.

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Publicado

2017-12-31

Como Citar

Martins, R., Almeida, A., & Moreira, H. (2017). Prevalência e determinantes das perturbações músculo-esqueléticas em Jovens . Servir, 59(5-6), 47–53. https://doi.org/10.48492/servir025-6.23465

Edição

Secção

Artigos