As Forças Armadas e a Grande Guerra

Autores

  • Aniceto Afonso Coronel de Artilharia na situação de reforma, membro da Comissão Portuguesa de História Militar e investigador do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa. Mestre em História Contemporânea Portuguesa pela Faculdade de Letras de Lisboa. Foi professor de História da Academia Militar, diretor do Arquivo Histórico Militar e do Arquivo da Defesa Nacional.

Resumo

A Grande Guerra deflagrou na Europa nos primeiros dias de agosto de 1914 e só terminou com a assinatura do Armistício, em 11 de novembro de 1918, com 65 milhões de homens mobilizados, oito milhões e meio de mortos, 20 milhões de feridos, milhares e milhares de prisioneiros e desaparecidos. Guerra da liberdade ou guerra da pátria, a verdade é que todos pensaram a guerra como uma ação rápida, fulminante, com a ideia de “passar o Natal em casa”. Resultados? A guerra não desatou o nó górdio. Também não foi a última das guerras. O mundo novo tão prometido não passou de uma grande ilusão. A Grande Guerra não foi a guerra decisiva, foi uma guerra de passagem. O que os estrategas pensaram para cinco meses durou mais de três décadas. Portugal deixou nos campos de batalha mais de oito mil mortos e mobilizou mais de cem mil homens. As suas forças foram divididas entre as expedições para Angola e Moçambique e o Corpo Expedicionário Português para França. Para Angola seguiram cerca de 10.000, para Moçambique cerca de 18.000 e para França mais de 50.000 homens. Outros foram para as ilhas Atlânticas e ainda outros asseguraram a defesa e a segurança do território português continental, dos portos e das rotas marítimas. Foi um esforço tremendo para Portugal e para as suas Forças Armadas.

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Publicado

2024-10-07