A Contestação da Autoridade Soberana

Política Económica Global, Guerra e Identidade em Transformação

Autores

  • Paulo Rigueira Institute of Commonwealth Studies, Universidade de Londres. Licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Completou um MsEcon em Política Internacional na Universidade de Gales, Aberystwyth e um Mphil em Política e Relações Internacionais na Universidade de Bath. Encontra-se a terminar o Doutoramento na Universidade de Londres.

Resumo

Este artigo pretende desagregar o conceito de Estado soberano e focar-se numa noção particular: autoridade. A ideia de que instituições e indivíduos responsáveis pelo Estado representam poder último e soberano, atuando como um tribunal de última instância, tem vindo a ser contestada por forças internacionais e transnacionais. Tendo em vista entender melhor como estas forças têm condicionado a noção de autoridade soberana, será feita uma distinção entre as construções horizontais e verticais. Horizontalmente, a autoridade soberana é criada por processos de expansão capitalista, alfabetização e comunicação, bem como através de guerra. Consolidar autoridade vertical, por outro lado, implica a criação de laços identitários, de pertença e memória. O artigo pretende avaliar a narrativa que advoga transformações de autoridade soberana na economia política global, guerra e questões identitárias num duplo sentido: por meio de um estudo da desagregação da autoridade única do soberano e através de um estudo da bifurcação da autoridade soberana.

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Publicado

2024-10-10

Edição

Secção

Extra dossiê