A Relevância Geoestratégica da Turquia para a Segurança Energética da União Europeia

O Caso do Gás Natural

Autores

  • Graça Ermida Visiting scholar no Center for Military and Strategic Studies, em Calgary, Canadá onde investiga os recursos energéticos e a segurança no Ártico. Possui um Mestrado em Ciência Política e Relações Internacionais pelo Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, um MBA pelo Rensselaer Polytechnic Institute, Troy, NY, EUA e uma licenciatura em Engenharia Eletrotécnica pelo IST/UTL.
  • José Pedro Teixeira Fernandes Licenciado em Direito pela Universidade Católica, Mestre em Estudos Europeus, Doutor em Ciência Política e Relações Internacionais pela Universidade do Minho. Auditor do Curso de Defesa Nacional em 2003. Professor Coordenador do Instituto Superior de Ciências Empresariais e do Turismo (ISCET) e Professor Auxiliar da Universidade Lusófona do Porto.

Resumo

Nos próximos anos a União Europeia terá crescentes necessidades de importação de gás natural, existindo uma preocupação com os riscos inerentes à dependência face ao gás russo, especialmente nos países do centro e leste europeu. Esses riscos foram evidenciados pelas crises e conflitos que opuseram a Rússia à Ucrânia e à Geórgia e mostraram à União Europeia a necessidade de encontrar alternativas que diminuíssem a sua vulnerabilidade. As alternativas possíveis passam por incrementar a produção de shale gas, aumentar a importação do Gás Natural Liquefeito e diversificar os fornecedores. A União Europeia tem apostado num corredor meridional de gás, cujo objetivo é obter fornecimento do Médio Oriente, do Cáucaso do Sul e da Ásia Central. Esta opção europeia faz ressurgir a importância geoestratégica da Turquia. No artigo propomo-nos discutir a estratégia europeia para diminuir a sua vulnerabilidade energética no abastecimento de gás natural e as vantagens que poderão resultar do reforço da relação com a Turquia nesta área.

Publicado

2024-10-20

Edição

Secção

Extra dossiê