CRIAÇÃO DAS EQUIPAS DE INTERVENÇÃO PERMANENTE. ESTUDO DE CASO: ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE AZAMBUJA
DOI:
https://doi.org/10.60746/8_17_42488Resumo
Portugal enfrenta, de forma recorrente, incêndios rurais que colocam em risco vidas humanas, destroem ecossistemas e comprometem a segurança das comunidades. Este estudo analisa o impacto da implementação das Equipas de Intervenção Permanente (EIP) no Corpo de Bombeiros de Azambuja nos últimos dois anos. Com base em observações diretas, contactos exploratórios e uma entrevista estruturada, foram identificadas alterações organizacionais significativas, tais como maior estabilidade institucional, melhoria nos tempos de resposta e aumento da motivação dos operacionais. As EIP contribuíram para a profissionalização parcial do serviço de bombeiros, promovendo formação contínua, reconhecimento de carreira e integração com os elementos voluntários. Apesar dos constrangimentos logísticos e financeiros, o modelo revelou-se sustentável e com efeitos positivos para a comunidade. A experiência da Azambuja constitui uma referência pertinente para outras corporações que equacionem processos semelhantes de transição organizacional.