Produção de azoto mineral durante a compostagem de fracção sólida de chorume da pecuária leiteira intensiva

Autores

  • L. M. Brito
  • I. Mourão
  • H. Trindade
  • J. Coutinho

DOI:

https://doi.org/10.19084/rca.15675

Resumo

A fracção sólida do chorume (FSC) de duas explorações de pecuária leiteira intensiva foi compostada: (i) em 2004, sobre o solo, incluindo, ou não, palha, e com diferentes níveis de revolvimento; e (ii) em 2005, sobre uma tela de cobertura do solo, com e sem revolvimento, com diferentes coberturas e diferentes volumes. O teor de matéria seca (MS) da FSC da primeira exploração (30%) apresentou um valor superior, embora o rendimento da máquina separadora da FSC tenha sido inferior (1 mhora-1) relativamente ao observado na segunda exploração (4 e 3 mhora-1correspondendo a 22% e 24% de MS, respectivamente, em 2004 e 2005). A FSC1 com 30% de MS atingiu elevadas temperaturas logo após a sua separação mas o mesmo não aconteceu com a FSC2 com menor teor de MS, particularmente quando foi compostada sem palha. O pH da FSC variou entre 8 e 9 durante a compostagem e a razão C/N foi semelhante entre tratamentos para o mesmo período de compostagem.

O teor de N-NH4foi muito elevado durante a fase termófila da compostagem, após a qual diminuiu, acentuadamente, enquanto que o teor de N-NO3-foi mínimo naquela fase e aumentou após três meses de compostagem. O maior teor de MS inicial da FSC1 em comparação com a FSC2 e a mistura com palha associaram-se a concentrações mais baixas de azoto amoniacal (NNH4+). Considerando estas observações e, ainda, que as elevadas temperaturas durante a compostagem e o pH alcalino da FSC potenciam, eventualmente, a volatilização de amoníaco, a redução deste tipo de perdas de N poderá ser conseguida: (i) diminuindo o rendimento da máquina separadora da FSC; (ii) misturando a FSC com um material com elevada razão C/N; e (iii) diminuindo o número de revolvimentos.

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Publicado

2018-11-21

Edição

Secção

Geral