Aplicação dos modelos PESERA e MEDALUS para avaliação dos riscos de erosão do solo e de desertificação da bacia hidrográfica do Vale do Gaio
DOI:
https://doi.org/10.19084/rca.15820Resumo
Neste trabalho testaram-se duas metodologias de avaliação dos riscos de erosão do solo e de desertificação na bacia hidrográfica de Vale do Gaio (513 km2), localizada no Alentejo. Os solos dominantes na bacia são os Cambissolos, Luvissolos e Regossolos. Os sistemas de Montado de Azinho e Sobro e os sistemas agrícolas de sequeiro dominam, por sua vez, a ocupação dos solos. O risco de erosão foi avaliado por estimativas das perdas do solo por erosão hídrica, através do modelo PESERA. As áreas em risco de desertificação foram determinadas com base na metodologia MEDALUS. As três classes mais representativas de perdas do solo por erosão hídrica, com base nos dados meteorológicos de 2001-2006, foram: <0,5 t/ha/ano em 32,1% da área; 5-10 t/ha/ano em 23,3% da área; e 10-20 t/ha/ano em 16,9% da área. Quanto ao risco de desertificação, considerando o mesmo período de tempo, a área da bacia foi assim classificada: 1,8% como não ameaçada; 3,9% como potencial; 68,4% como frágil; e 25,9% como crítica à desertificação.