Alumínio extraível e formas de AL na solução de solos derivados de rocha granítica em Portugal
DOI:
https://doi.org/10.19084/rca.15914Resumo
O alumínio (Al) extraível foi determinado em onze pedones (horizontes surperficiais e subsuperficiais) desenvolvidos sobre formações graníticas, em Portugal, sob condições de precipitação média anual bastante diferenciadas. Para o efeito efectuaram-se cinco extracções sucessivas com KCl 1 M, CuCl2 0.5 M e LaCl3 0.33 M. Foram ainda determinadas as formas monoméricas (inorgânicas) e orgânicas de Al na solução do solo extraídas nas condições de capacidade de campo dos mesmos horizontes. Os teores mais elevados de Al extraídos foram obtidos por CuCl2 0.5 M e os mais baixos por KCl 1 M; em qualquer dos casos observou-se uma forte correlação positiva com o teor de C orgânico no solo. Os teores de Al extraído por KCl 1 M, LaCl3 0.33 MeCuCl2 0.5 M(5.4-7.4, 8.4-10.1, 18.0-28.9 cmolc kg-1, respectivamente)foram mais elevados em solos com elevado teor de C orgânico (63-80 g kg-1) do que em solos com baixo teor de C orgânico (3-22 g kg-1), em que se observaram teores de 0.9-4.3, 4.1-17.1 e 2.2-7.2 cmolc kg-1 para a extracção com KCl 1 M, CuCl2 0.5 Me LaCl3 0.33 M, respectivamente. As concentrações de Al total (AlT), Al monomérico (Alm) e Al orgânico (Alorg) na solução do solo também apresentaram uma forte variação com o teor de C orgânico, mas só o Alm apresentou correlação significativa com esse teor. Solos com baixo teor de C orgânico mostraram as concentrações de AlT, Alm e Alorgmais baixas (0.09-1.60, 0.06-0.38 and 0.03-1.29 µg mL-1, respectivamente) na solução de solo. Por outro lado, as concentrações foram muito mais elevadas (7.1-17.7, 0.8-0.9 e 7.6-16.9 µg mL-1, respectivamente para o AlT,Alm e Alorg) em solos com elevado teor de C orgânico (3.7-7.3 g kg-1). Os efeitos do Al no solo e na qualidade das águas sub-superficiais carecem de estudos respeitantes às alterações da concentração de Al monomérico e à sua actividade na solução do mesmo.