Monitorizar para regar: o caso do castanheiro (Castanea sativa)

Autores

  • Margarida Mota
  • Teresa Pinto
  • Tiago Marques
  • António Borges
  • João Caço
  • Vasco Veiga
  • Fernando Raimundo
  • José Gomes-Laranjo

DOI:

https://doi.org/10.19084/RCA16015

Resumo

O castanheiro é uma cultura que beneficia com a rega devendo esta ser gerida de forma sustentável, do ponto de vista da racionalização do uso de recursos naturais (água) e da rentabilidade económica da exploração agrícola (custos energéticos, mão-de-obra e produtividade do souto). Dentro do âmbito dum estudo que possui como objetivos principais apurar o efeito da rega no castanheiro, otimização de um sistema de rega assim como a sua gestão, o presente artigo tem como enfoque avaliar a relação entre os parâmetros planta, solo e clima por forma a permitir a gestão da rega no castanheiro mais ajustada ao produtor. Em 2015, num souto adulto da variedade Judia localizado em Bragança, compararam-se árvores regadas e árvores não regadas. Monitorizou-se o potencial hídrico de ramo, a humidade do solo e parâmetros meteorológicos. Ao longo do ciclo vegetativo o potencial de ramo desceu de -0.6MPa para -1.6MPa, mas foi mantido perto -1.2MPa nas árvores regadas. Nestas últimas, a humidade do solo aos 30cm variou entre 15 e 22%, já nas árvores não regadas esteve abaixo de 13%. O potencial de ramo está bem correlacionado com a humidade do solo, mas é flutuável com as condições ambientais. A produção foi 20% maior nas árvores regadas relativamente às não regadas, mesmo com uma gestão de rega que se considera deficitária. O produtor beneficia do uso de equipamentos de monitorização ambiental e de humidade do solo que tenham registo contínuo automático e não destrutivo.

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Publicado

2019-01-09

Edição

Secção

Geral